Maria mantém no plano espiritual inúmeras organizações ; uma delas é a Legião dos Servos de Maria.
Nessas instituições podemos reconhecer o amor maternal da Mãe de Jesus que é, a medida que mais se observa, mais abrangente; uma imagem dessa abrangência é a dos braços maternais que abraçam o bebê de encontro ao seio, envolvendo-o por completo.
Na Terra quando o Sol se põe, muitos elevam suas preces à Mãe de Jesus.
No plano espiritual também assim acontece.
A suavidade do crepúsculo, as estrelas que principiam a surgir, a natureza que silencia, tudo convida ao recolhimento...
Acreditamos que isso que acontece na Terra é reflexo de uma atitude muito maior e mais profunda que ocorre no Mundo dos Espíritos.
Eis como a sensibilidade de Camilo registrou a hora da Ave Maria na Cidade Esperança:
As solenidades do Ângelus encontravam-nos, frequentemente, ainda no parque.
Acentuava-se a penumbra em nossa cidade e nostalgia dominante envolvia nossos sentimentos.
Do Templo, situado na Mansão da Harmonia, região onde se demoravam com frequência os diretores e educadores da Colônia, partia o convite às homenagens que, naquele momento, seria de bom aviso prestarmos à Protetora da Legião a que pertencíamos todos - Maria de Nazaré.
Pelos recantos mais sombrios da Colônia ressoavam então doces acordes, melodias suavíssimas, entoadas pelos vigilantes.
Era o momento que a direção geral rendia graças ao Eterno pelos favores concedidos a quantos viviam sob o abrigo generoso daquele reduto de corrigendas, bendizendo a solicitude incansável do Bom Pastor em torno das ovelhinhas rebeldes, tuteladas da Legião de sua Mãe amorável e piedosa.
E era ainda quando ordens desciam de Mais Alto, orientando os intensos serviços que se movimentavam sob a responsabilidade dos dedicados servos da mesma Legião.
Todavia, não éramos obrigados a orar.
Fálo-ía-mos se o quiséssemos.
Em Cidade Esperança, porém, jamais tivéramos conhecimento de que algum aprendiz ou interno recusasse agradecer ao Nazareno Mestre ou à sua Mãe boníssima, por entre lágrimas de sincera gratidão, às mercês recebidas do seu inapreciável amparo !
(Obra: Maria Mãe de Jesus - Chico Xavier e Yvone A. Pereira)
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