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sexta-feira, 19 de julho de 2013

MUNDO SUBTERRÂNEO DE MINAS GERAIS É O MAIOR EM TODO O PAÍS:



Cavernas de Minas, como a Gruta da Lapinha, são fonte de pesquisa e de turismo


Curso de espeleologia na Gruta da Lapinha



Brasil tem 11 mil grutas catalogadas, sendo quase 5.000 no Estado.


A primeira morada do homem agora é abrigo da ciência. Cercadas de mistérios e de rico material para a paleontologia, biologia, mineração e outras áreas, as cavernas instigam os espeleólogos, especialistas no mundo subterrâneo que fazem pesquisas para descobrir essas cavidades, desvendando seus recursos e a nossa história.


Mas o grande desafio enfrentado no país é o fato de as cavernas serem um patrimônio ainda pouco conhecido e, por isso, elas demandam incentivo para a sua descoberta.


Atualmente, apenas 11 mil grutas estão catalogadas, o que não representa 10% da capacidade do país, afirma o geógrafo Jocy Brandão Cruz, coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav), vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).


Em Minas Gerais, segundo ele, existem mais de 4.800 cavernas registradas, sendo o Estado de destaque no ramo, seguido pelo Pará, com mais de 1.800.

“As cavernas são únicas, diferentes uma da outra. Há um encantamento, uma magia ligada ao submundo no imaginário das pessoas. A caverna é a primeira casa do homem, e esse fascínio é o que leva as pessoas a quererem conhecer, ver essas formações”, diz.


Segundo ele, em uma recente prospecção feita em 25 cavernas em território nacional, em 23 havia espécies novas.


VIDA. A importância dessas pesquisas vão além da indústria e passam a atender a medicina. “Nos últimos tempos, têm sido descobertos, principalmente, micro-organismos que podem ser extremamente interessantes sob o ponto de vista biotecnológico. Em um estudo que está sendo feito nos Estados Unidos, os pesquisadores acharam (em uma caverna) uma bactéria nova que produz uma substancia antiangiogênica – que impede a geração de novos vasos sanguíneos. Alguns cânceres de mama têm sido tratados com sucesso com base nesse organismo”, afirma o biólogo Rodrigo Lopes Ferreira, professor da Universidade Federal de Lavras (Ufla). “A vida nesses ambientes subterrâneos é o que tem se revelado algo extremamente diferenciado”, destaca.


Dessa forma, a missão desses especialistas é fazer a chamada análise de relevância do ambiente, segundo explica o espeleólogo Luís B. Piló, pesquisador do Instituto do Carste e sócio-fundador do grupo Bambuí, sediado em Belo Horizonte e que há 30 anos faz exploração de cavernas no país.


“Depois da descoberta (da caverna), é feito o mapa topográfico – a carteira de identidade da caverna – e, com ele, é possível a elaboração de estudos biológicos, paleontológicos, físicos, arqueológicos.Muitas cavernas possuem atributos que são merecedores de conservação. Por outro lado, temos muitas cavernas que não têm atributos importantes e, realmente, não haveria problema utilizá-las para outras demandas, pois faz parte da economia a exploração desses recursos minerais”, destaca.


A legislação atual permite a supressão de cavernas, mas há poucos pesquisadores na área, o que dificulta o mapeamento dos recursos, segundo Ferreira.


“A gente está correndo um sério risco de perder uma série de coisas muito bacanas sem sequer ter a oportunidade de conhecê-las. O investimento de pesquisa nessa área é muito pequeno e tudo isso é muito problemático”, destaca o biólogo.


Assim, por ser uma área nova no Brasil – o início foi por volta da década de 30 –, a espeleologia tem o desafio de conquistar investimentos e profissionais qualificados.


“Precisamos investir em pesquisa, para se estudar bem esses ambientes e conseguir responder a pergunta mais difícil: o que temos e o que estamos dispostos a perder em função desse ganho da modernidade, do bem material que estamos extraindo da rocha”, fala Ferreira.



LEGISLAÇÃO


Algumas leis que envolvem a espeleologia brasileira:


1988. Constituição Federal determina que “as cavernas formam o patrimônio espeleológico nacional e cultural brasileiro e são constituídas como bens da União”.


1990. Decreto Federal 99.556 determina que a preservação, a conservação, a fiscalização e o controle do uso do patrimônio espeleológico brasileiro são competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e define a obrigatoriedade do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para atividades em área de ocorrência de cavernas ou potencial espeleológico.


2012. Instrução Normativa nº 30 do Instituto Chico Mendes regulamenta os procedimentos administrativos e técnicos adotados pelo instituto para a execução das outras formas de compensação previstas em partes descritas no Decreto 99.556/90.



Curso reúne espeleólogos renomados em BH


Para aprimorar o conhecimento de gestores ambientais e profissionais ligados à espeleologia, no mês passado, o Cecav, o Instituto Terra Brasilis e a Anglo American realizaram o IV Curso de Espeleologia e Licenciamento Ambiental. Renomados espeleólogos do país apresentaram suas aulas a 45 participantes de instituições ambientais de vários Estados,como Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco e Paraná.


Os profissionais realizaram duas atividades de campo na Grande Belo Horizonte, sendo uma no Parque Estadual do Rola Moça e a outra no Parque Estadual do Sumidouro, em Lagoa Santa. “É importante disseminarmos esse conhecimento sobre cavernas para conscientizarmos as pessoas sobre a importância da preservação das cavidades naturais”,comenta Sônia Rigueira, presidente do Instituto Terra Brasilis.




Fonte: O Tempo

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