sábado, 12 de janeiro de 2013
A PRÁTICA DA MEDITAÇÃO:
A Prática da Meditação
Meditar enquanto se está em um corpo material é calar para as imperfeições dos sentidos físicos, para que se possa focar em objetos superiores de contemplação. Não é possível atingir a compreensões da natureza da vida e do Conhecimento acerca de minha Absoluta Expressão sem que haja abstração do que pode interferir na apreensão da Luz que emana de tudo o que Eu Sou. Observar-me sem ver-me é fruto da incompreensão da mente e do raciocínio inferior, o que deve ser eliminado para que aquele que antes não me via, consiga enfim compreender-me enquanto me observa e me vê. Quem se refaz na Consciência Verdadeira, que o contém, contempla-me em todas as coisas que o cercam e em cada aspecto de sua existência, fazendo-se meu amoroso e fiel companheiro.
Para calar, no entanto, o ser humano precisa se convencer de que sua mente não lhe pode ajudar a obter os mais aprofundados estados de convicção, os quais lhe serão favoráveis ao amadurecimento e à superação. A mente se configura como aquela que controla ao ser enquanto este ainda não se convenceu do quão condicionada ela pode estar. Sua condição pode atingir ao máximo de desequilíbrio que é possível alguém conquistar por conta das inúmeras situações que tem de enfrentar como criatura humana que é e está, situada no mundo material, em meio às conturbadas manifestações do desequilíbrio dos muitos que ainda não conseguem resistir à materialidade que é externa à verdadeira natureza do ser e do estar. Desta forma, a pessoa é arrastada pela correnteza da vida e, muitas vezes, ela se sente desamparada e prestes a colapsar por falta de fé e convicção naquilo que pode a libertar.
Sentar e calar pode constituir ao primeiro impulso que se faz necessário para que a mente seja interrompida, mas deverá haver precisão no ato de sentar e calar, de modo que o silêncio interior se faça e com ele outras conquistas virão. O controle das emissões mentais, em determinadas circunstâncias, parece, àquele que não sabe meditar, impossível de conseguir ou, em alguns casos, nem mesmo é tido como meta ou objeto de interesse do que desconhece ao significado da meditação. Mas, ao que desperta para a vida espiritual é dada a compreensão do quão favorável será a atitude de introspecção, a ser cultivada através da atividade meditativa. Para este, abre-se um universo de oportunidades de aprofundamento em seu autoconhecimento, o que o conduz de volta para a Fonte de todo o Conhecimento, que me pertence, pois está em Mim.
O estado de meditação pode ser obtido através de técnicas que levam ao controle de como o corpo físico se expressa, mas, sendo ele intrínseco à alma, a qual existe originalmente sob condições de interiorização no mundo íntimo de todos os que se conhecem como seres humanos, permite-se ser revelado espontaneamente como elemento do avanço espiritual que se conquista através da rendição ao caminho que leva à sublimação e à emancipação. Sempre que existe busca pelo Conhecimento Transcendental, há aquisição de conceitos e de habilidades, que afloram naturalmente do amadurecimento espiritual. Dentre tais conquistas, a introspecção se faz, aumentando a disponibilidade e a predisposição para a atitude meditativa, pois quem se faz iluminar de percepções superiores deseja acrescentar-se continuamente de novas e engrandecedoras capacidades de aprofundar-se sempre mais, rumo ao que transcende o meramente material.
Técnicas de controle da respiração e da circulação de fluidos corporais podem ser empregadas, porém, não se deve desacreditar das habilidades intrínsecas à alma, que são elas as verdadeiras responsáveis pelas aquisições adquiridas através da aplicação das técnicas. Quem se entrega e à sua vida a conhecer-me, buscando a profundidade das explorações interiores que conduzem a Mim, adquire graus elevados de introspecção, na medida de suas mais puras e intensas descobertas. Afinal, a introspecção e o silêncio existem dentro de cada um, podendo ser ativados a partir da concentração no foco mais importante da vida, que é o Conhecimento Superior. Portanto, a meta deve ser a autorealização e a meditação um meio e nunca o fim.
Meditar é realizar uma ação necessária para que haja a Luz, e a Luz se faz sempre que o ser se identifica com a Verdadeira Fonte da introspecção. Conhecer a respeito do Absoluto é a finalidade de todos os aspectos da existência e a habilidade meditativa é consequência de saber se relacionar com o Absoluto, a qual espontaneamente se manifesta com a introspecção adquirida através da experiência consciente da Verdadeira Natureza do ser. No entanto, porque a alma se encontra esquecida disso, ela precisa eventualmente recuperar suas habilidades espirituais, então recomeça através da nova aquisição de capacidades que lhes conduzem à meditação. Para tanto, se conforma aos critérios que se fazem necessários para que haja sucesso nos momentos de busca por tal estado de silêncio e de autoentrega ao que de fato pode libertá-la das limitações conquistadas ao longo de sucessivas vidas. Eu Sou a Fonte da satisfação que se conquista através de tais estados de rendição, a Luz que se evidencia a partir da introspecção, e a Meta de qualquer busca que se dê por meio da meditação.
Lord Krishna (09/01/2013)
Conteúdo obtido por sintonização, através de Valéria Moraes Ornellas, Sacerdotisa da Ordem de Zadkiel e co-fundadora da Editora Sétimo Raio, Rio de Janeiro – RJ, e originalmente publicado em http://srikrishnaadishakti.blogspot.com.br. Este material faz parte dos recursos de apoio ao curso de Ciência da Autorealização, que será oferecido em breve pela Ordem de Zadkiel, na cidade do Rio de Janeiro. Se desejar divulgar este texto, favor citar devidamente a autoria e a fonte original da publicação.
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