Foi
na
Idade
Media,
época
de
obscuridade
social
e
religiosa
para
a
humanidade,
onde
o
Papa
era
soberano,
e
reis
e
monarcas
ante
ele
se
curvavam,
aproveitando
o
poderio
que
seus
dogmas
lhe
outorgavam,
que
surgiu
no
seio
da
igreja
a
idéia
de
formar
um
tribunal
eclesiástico,
que
julgaria
a
todos
aqueles
que
forem
contrários
a
igreja.
Logo
o
tribunal
ganhou
força
e
foi
instalado
em
diferentes
lugares:
Espanha,
onde
muitas
vidas
foram
ceifadas,
Portugal,
França
e
Peru
entre
outros,
até
em
nosso
Brasil,
propriamente
em
Pernambuco,
o
braço
da
Inquisição
alcançou.
Com
o
pretexto
de
dar
oportunidade
ao
herege
de
se
converter
do
seu
mal
caminho,
eram-lhe
aplicado
uma
série
de
tormentos,
fechados
em
calabouços
por
longos
dias,
incomunicáveis
resto
do
mundo,
os
réus
esperavam
sua
sorte,
confiando
que
Deus
não
os
desampararia.
A
fome,
o
frio
e
as
condições
precárias
de
higiene
faziam
com
que
até
fortes
fraquejassem,
mas
aqueles
que
permaneciam
firmes
na
sua
fé
e
em
princípios
que
a
igreja
católica
não
aceitava,
lhes
era
dado
a
oportunidade
de
passar
pela
tortura,
muitas
delas
foram
criadas
ou
copiadas
de
práticas
militares.
As
torturas
eram
aplicadas
perante
um
alto
representante
da
igreja,
o
réu
era
levado
perante
seu
carrasco
o
qual
sem
a
mínima
misericórdia
ao
ver
que
a
vítima
não
renunciava
a
sua
fé,
e
aceitava
a
fé
católica
romana
lhe
aplicava
o
castigo.
No
Peru,
foram
aplicadas
4
tipos
de
torturas:
A
tortura
do
peso
O
réu
era
amarrado
com
as
mãos
para
atrás
e
içado
a
uns
4
metros
do
chão
e
violentamente
solto
lá
de
cima,
segurando-o
antes
de
atingir
o
chão.
Este
ato
provocava
terríveis
dores
musculares.
Deitava-se o réu numa cama de tábuas e amarrava-se os pulsos e os tornozelos, ia pouco a pouco sendo estirado até muitas vezes romper os ligamentos. Enquanto o carrasco executava a tortura um padre convidava o réu para se retratar e aceitar a fé católica.
O prisioneiro ficava com sua cabeça e mãos presas, enquanto seu carrasco aplicava-lhe no mínimo 50 chibatadas e no máximo 200.
Consistia em deitar a vítima numa maca, totalmente amarrado, seu carrasco lhe obrigava a abrir a sua boca, e colocando um funil até a garganta, iam enchendo de água provocando a sensação de afogamento, a quantidade de água variava de 1 até 4 litros. Esta pena era aplicada mais para as mulheres.
O garrote espanhol: Um dos dois tipos de execução usados no Peru, para os réus que se recusavam a aceitar a fé católica
Meses e anos eram passados nos obscuros calabouços, incomunicáveis do resto do mundo, a espera do martírio
Assim era chamada a cerimônia de execução do réu que, não querendo renunciar a sua fé, e sendo esta contrária as doutrinas da igreja católica apostólica romana, esta crendo ter a autoridade de Deus para decidir entre a vida e a morte, se dava o direito de executar tal pessoa, não sem antes humilhá-la em público.
Na
cidade
de
Lima
os
autos
de
fé
aconteceram
42
vezes,
no
lugar
onde
hoje
está
a
praça
central
da
cidade,
em
frente
a
catedral.
No
réu
era
colocado
um
traje
branco
com
uma
cruz
vermelha
virada
para
abaixo,
e
na
sua
cabeça
um
enorme
chapéu
com
desenhos
de
demônios.
Era
feita
uma
procissão
pela
cidade
até
chegar
na
praça
onde
todo
o
povo
era
obrigado
a
assistir,
sob
pena
de
ser
excomungado
e,
ali
na
frente
da
multidão
sedenta
de
sangue,
era
armada
a
pira
onde
o
réu
recebia
a
sentença
final,
morrer
no
fogo.
Executado
o
réu,
suas
cinzas
eram
esparzidas
ou
se
morto
no
garrote
espanhol,
seu
corpo
era
jogado
numa
vala
comum.
Hoje
muitos
séculos
se
passaram,
mas
o
sangue
destes
mártires
da
verdade,
clama
desde
a
terra,
sabemos
que
biblicamente
um
dia
Deus
lhes
dará
a
sua
recompensa,
assim
como
também
seus
executores
serão
levados
perante
o
tribunal
divino.
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