Bendito e Maldito Esquecimento
Temos por conteudo Akáshico todas as informações relativas às nossas
vivências anteriores, este contéudo é acessado quando retornamos ao
plano espiritual, seja no desencarne, ou quando em projeção astral ao
dormirmos temos a oportunidade de assim acessá-lo, antes de retornarmos
ao corpo físico novamente, na reencarnação, todo este conteúdo é apagado
de nossas memórias com o fim de que possamos através de nossa vivência
física compensarmos erros de vidas pretéritas, tendo em vista que todas
as pessoas que fazem parte mais diretamente de nossas vidas enquanto
encarnados, serem personagens de vivências anteriores,agora em
diferentes personas, eis aí o o bendito esquecimento, para que se
perfaça a lei da compensação através do amor e da reconciliação, fazendo
que subamos os degraus da escada evolutiva, ainda mais, se sem nenhum
esforço meditativo e indagativo soubessemos que somos perfeição e pura
luz, centelha divina, nenhum mérito teriam aqueles que labutam no
sentido de se aperfeiçoarem, por se acharem prontos, nada se faria para o
fim da necessária ascensão, para se separar o joio do trigo, se faz
mister que cada encarnado perceba e sinta a centelha divina que habita o
seu desavisado coração.
O esquecimento se torna maldito, no sentido do adormecimento
generalizado que assola a humanidade, seres descrentes de suas condições
de pura luz divina, se veem tão assoberbados com os problemas terrenos a
fazerem destes verdadeiros empecilhos para suas interiores evoluções,
vivemos no mundo do consumismo, das inversões de valores e da
banalização do amor, mundo da pouca solidariedade e egocêntrismo, muito
se dedica ao conhecimento das formas de se reforçar mais a gana pelo
ter, e se esquece definitivamente de se ser, há muitos ditos sábios
renomados, doutores nisso e aquilo outro, que muitas das vezes nas frias
madrugadas sentem o amargor de não saberem o sentido de se ser, pouco é
o interesse pelas espiritualidade, pela essência do ser, pela salutar
iluminação, o que faz muitos desses doutores abarrotarem os consultórios
psiquiátricos sem saberem que antes de se tratar o orgânico há de se
equlibrar a alma, o espírito, o verdadeiro ser, e a vida segue, seres
zumbis, adormecidos, imbuídos tão somente em entupirem ainda mais as
suas veias em detrimento do verdadeiro viver útil, e a vida passa, e
outras encarnações serão ainda necessárias, até que um dia se para para
pensar no exato motivo de aqui estarmos senão para se perceber enquanto
seres não humanos que somos.
Sabe-se que muito pouco se favorece os conhecimentos dos chacras, dos
meridianos, da projeção astral, do poder transmutador da chama violeta,
da chama trina, da evocação da presença do Eu Sou, da necessidade diária
meditativa elixir da alma, conhecimentos estes por anos a fio
concentrados em templos reservados budistas, há muito o ocidente tem a
oportunidade de se deleitar com conhecimentos que outrora eram motivos
de se jogar um ser humano nas brasas de uma fogueira, tudo está mais
acessível, porém,não há de se falar em acessibilidade se não há o
interesse em se labutar questões da alma, os condicionamentos mundanos
nos tornam verdadeiros sonâmbulos que tanto nos faz esquecermos que
somos espíritos, que pouco se sabem nem se lidar com o desencarne
físico, e o tabu morte se torna um martírio, devido a concepção enganosa
de que a vida terrena é a verdadeira vida e não um palco onde ensaiamos
os nossos desacertados passos com o fim de evolução, há muitos até que
por não acreditarem na perenidade da vida, tiram suas próprias vidas,
com a errônea noção que estariam assim eliminando suas angusturas e
desassossegos, terível engano, somos consciencias imortais e perenes, e
apenas estamos encaixados em um corpo físico, a consciência jamais
morre, é eterna, pórem, mutável,mas, o maldito esquecimento não nos
permite enxergarmos isso, e vagamos em busca de respostas que jamais
virão, a não ser que se aquiete a alma e que no silêncio se consiga
perceber as palavras sutis com exatidão, somos luz, estamos aqui
aprendendo e temos cada um uma importante missão.
Felipe Padilha (O Poeta do Deserto)
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