No Brasil ainda há esperança:
O
Mercado Popular de Alimentos foi impedido de comercializar produtos
oriundos da agricultura camponesa pelo Ministério da Agricultura,
Agropecuária e Abastecimento (MAPA) na manhã desta quinta-feira
(24/05), em São Gabriel da Palha-ES.
Foram esvaziadas bancas e
congeladores, e os produtos foram lacrados e armazenados no depósito
do mercado. Os técnicos levaram amostras para a realização de uma
análise da qualidade sanitária dos alimentos. Cerca de 30 litros de
cachaça, 20 litros de vinho de jabuticaba e 200 kg de poupa de frutas
foram impossibilitados de serem vendidos pelos camponeses.
O
dirigente do Movimento dos Pequenos Agricultores, alega que a sanidade
dos alimentos é na verdade uma questão de barreira de mercado. “Há
inúmeros escândalos como a soda cáustica usada no leite, as
adulterações nas bebidas alcoólicas, a contaminação de vários alimentos
por uso de agrotóxicos, os transgênicos e muitas outras coisas que
inviabilizariam o consumo humano” questionou a dirigente do MPA, ao
defender que por trás do falso discurso higienista, grandes
corporações transnacionais lucram com o modelo químico de produção e as
doenças dele decorrentes, pois são as mesmas empresas que produzem a
doença e a saúde.
“Para isso
haverá embates, mobilizações e enfrentamentos. Não queremos impor
nosso modelo, queremos dialogar com a sociedade e apresentar
alternativas ao que está estabelecido. É a população que tem que
decidir por entre um produto legalizado, cheio de veneno, transgênico,
contaminado, cancerígeno ou, um produto camponês, artesanal, produzidos
em bases agroecológicas, que não põe em risco a saúde de quem se
alimenta, que não desrespeita o meio ambiente, e que por isso, é
perseguido pelo sistema. Contamos com o envolvimento da sociedade na
busca por alimentos saudáveis”, apostou.
(*) Matéria reproduzida da página do Movimento dos Pequenos Agricultures (MPA).
fonte: Gilson Sampaio
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