Idosos fogem da Holanda com medo da “eutanásia não solicitada”
A eutanásia não desejada virou o pesadelo dos holandeses |
Se
o leitor estiver fazendo turismo na Holanda com algum parente idoso ou
doente e este passar mal, tome cuidado na hora de chamar uma ambulância:
se discar o número errado, poderá receber a visita de uma “ambulância da morte”, encarregada de “eutanasiar” idosos ou doentes.
A eutanásia não desejada virou o pesadelo dos holandeses, informou a
rádio oficial alemã Deustche Welle. Muitos procuram novo asilo na cidade
alemã de Bocholt, perto da fronteira, temerosos de serem mortos contra a
própria vontade.
Na Alemanha, a eutanásia não por enquanto é oficial. Os nazistas a
praticaram em larga escala contra deficientes físicos e mentais, e em
outras pessoas que eles consideravam indignas de viver. Mas esta
lembrança não atrapalha os adeptos da“Cultura da Morte”, nem na Holanda nem no Brasil.
Nazismo, fascismo, etc. são meros slogans dos cultores da morte na
hora de tentarem impor leis e regulamentos cristianofóbicos que o
próprio Hitler teria assinado.
Ocupada pelos nazistas, a Holanda aplicou as regras que eles lhe
impuseram. Isso não a impediu de se tornar pioneira de medidas liberais,
inimagináveis na maior parte do mundo, como a legalização das drogas,
prostituição, aborto e eutanásia.
O povo holandês foi o primeiro a adotar o criminoso “direito à morte abreviada e assistida por médicos”. Mas o medo da eutanásia é grande entre muitos holandeses idosos.
Segundo a Universidade de Göttingen, 41% dos sete mil casos de
eutanásia praticados na Holanda foram a pedido da família, que queria
liberar-se do “incômodo velho”. 14% das vítimas estavam totalmente
conscientes na hora em que foram liquidadas.
Os médicos – ou frios exterminadores – escreveram que em 60% dos
casos a eutanásia se justificava legalmente, por falta de perspectiva de
melhora dos pacientes. Em 32% dos casos, eles alegaram incapacidade dos
familiares para lidar com a situação.
A eutanásia ativa mata anualmente quatro mil pessoas na Holanda.
De acordo com Eugen Brysch, presidente do Movimento Alemão Hospice, a
liberalidade da lei deixa os médicos de mãos livres para praticá-la de
acordo com a sua própria interpretação do texto legal.
Resultado: há grande perda de confiança dos idosos holandeses na
medicina nacional, levando-os a procurar mais os médicos alemães. É o
que afirma Inge Kunz, da associação alemã Omega, voltada para a
assistência de pacientes terminais e de suas respectivas famílias.
A lei determina que a eutanásia só pode ser permitida por uma
comissão constituída por um jurista, um especialista em ética e um
médico. Cinicamente, na prática a realidade é outra, conforme a citada
análise da Universidade de Göttingen.
Esta é uma realidade a ser vista muito seriamente no Brasil, onde se
quer inocular certa “principiologia” em inúmeras reformas legais.
Desconhecida dos brasileiros, essa“principiologia” deixa via livre para aplicações legais iguais ou mais terríveis das que estão em curso na Holanda.
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