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terça-feira, 1 de maio de 2012

VAMOS SABER MAIS SOBRE DANÇA DO VENTRE ?


A Dança do Ventre é considerada uma das danças mais antigas da história da civilização e sua origem exata é desconhecida. Sabe-se que é uma dança praticada originalmente em diversas regiões do Oriente Médio e Ásia Meridional e por isto é necessário um cuidadoso trabalho de pesquisa e muito bom senso no momento de identificar a veracidade das informações.
Uma dos registros mais confiáveis diz que a Dança do Ventre teria suas origens nos rituais religiosos do Antigo Egito, entre 7000 e 5000 AC onde a dança era praticada como forma de homenagear as divindades femininas associadas à fertilidade (rituais estes também documentados na Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia). O cerne destes rituais  era preparar a mulher, através ritos religiosos dedicados a deusas, para se tornarem mães.
Ela teria sido mais tarde incorporada às festas palacianas, e por fim conquistado também as classes mais inferiores. Outra versão atribui o surgimento da Dança do Ventre aos rituais Sumérios, a mais antiga civilização reconhecida historicamente.
Também há indícios históricos da existência de uma dança com características semelhantes à Dança do Ventre em países como Grécia, Turquia, Marrocos e norte da África.
Devido a invasão dos árabes a estes países, além da ação de viajantes, mercadores e povos nômades (como os ciganos e beduínos) ela se empalhou pelo mundo juntamente com outras características da cultura Árabe, tais como a culinária, a literatura e a tapeçaria. Isso deu uma identidade Árabe ao estilo da dança.
A expressão “dança do ventre” surgiu em 1893, usada por um grupo de bailarinas francesas em um show em Chicago (danse du ventre). No Oriente é conhecida pelo nome em árabe de Raqs El Sharq ou Raqs Sharqy (dança oriental ou dança do leste), ou Raqs Baladi (“dança do país”, e, por extensão, “dança popular”), ou pelo termo turco çiftetelli (e chamada assim na Grécia).
Também encontramos Rakkase na Turquia, Belly Dance nos EUA e Dança do Ventre aqui no Brasil e América do Sul.
Atualmente, no Egito, é comum haver apresentações de Dança do Ventre em cerimônias de casamento. Por vezes, os noivos desenham as suas mãos no ventre da dançarina. Isto seria uma referência ao relacionamento da dança aos cultos de fertilidade.
No ocidente, a dança teve mais força apartir do século XIX. Por possuir características próprias e pelo porte diferente das bailarias a dança foi reformulada sem perder o toque original e secular, adaptando-se ao espírito do novo mundo.
A base de toda dança são movimentos corporais e hipnóticos devidos à mágica combinação de elementos religiosos e profunda sensualidade. Seus movimentos permitem uma grande diversidade de variações. Apesar da variedade de estilos, uma característica permanece: os movimentos de quadril, alternadamente ondulatórios e vigorosos. Sua mensagem alegre e positiva vêm conquistando gerações, que buscam preservar e difundir as suas características: sensualidade, leveza, beleza, alegria, vitalidade e expressão.
Num show tradicional, além da Raqs Sharqy tradicional, acompanhada ou não de véus e Snujs (pequenos pratos metálicos que são tocados com os dedos), é comum serem apresentados números com elementos, como a Espada, o Punhal, o Candelabro (Raqs El Shammadan), a Bengala (Raqs El Assaya), o Jarro, o Lenço, as Flores e o Pandeiro.
As danças com a espada, o punhal e com o candelabro são inovações introduzidas recentemente. Tradicionalmente existem apenas as danças folclóricas da bengala, do jarro e do lenço.
Algumas dançarinas chegam a apresentar-se com serpentes, como forma de resgatar os misteriosos cultos ancestrais. A serpente é um complexo símbolo que representa os princípios masculino e feminino, e também a imortalidade.
Tradicionalmente, a dançarina apresenta-se descalça. Porém, desde o surgimento dos grandes espetáculos de Dança do Ventre, sobretudo no Egito e no Líbano, as dançarinas apresentam-se usando sapatos de saltos altos, talvez como uma forma de demonstrar a ascensão social desta prática oriunda do povo. Muitas dançarinas ainda preferem dançar sem os sapatos, como forma de estabelecer um contato direto com a energia da Mãe Terra.
Pela natureza dos movimentos a Dança do Ventre é feminina, enfatizando os músculos abdominais e os movimentos de quadris e tórax e caracteriza-se pelos movimentos suaves, fluidos, complexos e sensuais do tronco, alternados com movimentos de batida e tremido, ao contrário das “danças de passos”, praticadas no ocidente. Tradicionalmente, o joelho da dançarina de Dança do Ventre nunca se eleva acima do quadril. Talvez pelo fato desta dança possuir movimentos de pulsação e ondulação do ventre, tenha sido batizada de “Dança do Ventre”, embora ela possua diversos outros movimentos.
No aprendizado da dança do ventre, busca-se adestrar os passos, imitando um modelo a partir da repetição mecânica dos movimentos. Porém a dançarina precisa exercitar também o aspecto sensorial (conscientização e expressão), a respiração e o equilíbrio. Assim o corpo torna-se mais flexível, a interpretação torna-se mais harmoniosa, os movimentos tornam-se sinuosos e surgem gestos expressivos. A forma física se embeleza como um todo, e o psíquico muda simultaneamente e na mesma proporção: equilibram-se ansiedade e calma, introspecção e vivacidade. Chega-se ao reconhecimento do elo íntimo entre a mente e o corpo.

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