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quinta-feira, 24 de maio de 2012

CENTAURO A: A GALÁXIA QUE NÃO PARECE, MAS É...


Centauro A: a galáxia que não parece, mas é

Redação do Site Inovação Tecnológica - 16/05/2012
Centauro A: a galáxia que não parece, mas é
A peculiar galáxia Centauro A (NGC 5128) aparece nesta imagem, feita com um tempo total de exposição de mais de 50 horas.[Imagem: ESO]
Rádio galáxia
Esta nova imagem feita pelo Observatório Europeu do Sul mostra a estranha galáxia Centauro A (ou Centaurus), com seu jeitão difícil de identificar como uma galáxia elíptica.
Com um tempo total de exposição de mais de 50 horas, esta é provavelmente a imagem mais profunda já criada deste espetacular e incomum objeto celeste.
A Centauro A, também conhecida como NGC 5128, é uma galáxia elíptica muito estranha, cheia de características incomuns.
Ele é enorme, com grande massa e um buraco negro supermassivo no seu centro e distingue-se por ser a rádio galáxia mais forte do céu.
Os astrônomos acreditam que o núcleo brilhante, a forte emissão de rádio e os jatos da Centauro A são produzidos por um buraco negro central com uma massa de cerca de 100 milhões de vezes a massa do Sol.
A matéria situada na regiões centrais densas da galáxia liberta enormes quantidades de energia à medida que cai em direção ao buraco negro.
Remendo
O brilho que enche a maior parte da imagem vem de centenas de bilhões de estrelas velhas e frias.
Contrariamente à maioria das galáxias elípticas, a forma homogênea da Centauro A é perturbada por uma faixa larga e "remendada" de material escuro, que obscurece o centro da galáxia.
A faixa escura contém grandes quantidades de gás, poeira e estrelas jovens.
Aglomerados de estrelas jovens brilhantes situados nas extremidades superior direita e inferior esquerda da faixa apresentam o brilho vermelho característico de nuvens de hidrogênio onde se formam estrelas, enquanto algumas nuvens de poeira isoladas podem ser vistas contrastando com o fundo de estrelas.
Estas características, juntamente com a emissão rádio intensa, apontam para o fato provável da Centauro A ter resultado da fusão entre duas galáxias. A faixa de poeira é provavelmente resultado dos restos desfeitos de uma galáxia espiral destroçada pela atração gravitacional da galáxia elíptica gigante.
Estrelas variáveis
Centauro A foi já extensivamente estudada em comprimentos de onda que vão desde o rádio até os raios gama.
Em particular, observações em rádio e raios X foram cruciais no estudo das interações entre a emissão altamente energética vinda do buraco negro de grande massa e os seus arredores.
Muitas das observações de Centauro A utilizadas na criação desta imagem foram obtidas no intuito de ver se era possível usar rastreios terrestres para detectar e estudar estrelas variáveis em galáxias fora do nosso Grupo Local, tais como Centauro A. Foram descobertas mais de 200 novas estrelas variáveis em Centauro A.
telescópio móvel ALMA também já começou a estudar a estranha Centauro A
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