A ajuda que os espíritos da umbanda dão aos espíritas e os espíritas não sabem
Publicado em 21/04/2012
Quando uma pessoa começa um trabalho de auxílio espiritual ela sempre acha que está ajudando os outros e que ela é o meio para que a espiritualidade faça o seu serviço no plano terreno. Entretanto, se aquilo que as pessoas tanto estudam na teoria tivesse sido absorvido como sabedoria ao invés de mero conhecimento intelectual e se tivessem o mínimo de autoconhecimento saberiam que, a bem da verdade, são elas que estão sendo ajudadas e que o trabalho que prestam aos outros é o meio pelo qual estão pagando os próprios pecados. É muito cômodo para qualquer pessoa que esteja inserida no trabalho de amparo espiritual colocar-se na posição de amparador, da “pessoa que ajuda”, vez que o verdadeiro motivo de seu trabalho é ignorado. Esta é uma das razões pela qual as pessoas não lembram de suas vidas passadas, já que se soubessem do que fizeram e o que foram a culpa lhes tiraria a alegria de viver. E, como alguns grupos espirituais trabalham, o negócio é “alegria! alegria!”.
Pessoas que jamais se interessaram em espiritualidade, que nunca procuraram Deus porque queriam, mas porque precisavam para resolver seus próprios problemas, que elas mesmas criaram, diga-se, repentinamente caem de paraquedas em um trabalho de ajuda espiritual e não se questionam o porquê. Adotam rapidamente a postura de “eu ajudo os outros” e passam a viver nesta ilusão. Mal sabem que na verdade fazem aquilo porque elas mesmas precisam, não os outros. Mal sabem que no meio de tantos casos “horríveis”, dos outros, o caso delas é o mais horrível de todos e que a espiritualidade abriu as portas para que elas se redimissem de seu tenebroso passado através disto. Em um universo criado por um Deus justo e perfeito nada poderia deixar de ser justo e perfeito e tudo está em perfeita harmonia, cabe apenas ao homem desenvolver a capacidade de perceber este equilíbrio entre todas as coisas. A ajuda que prestam na vida atual equilibra o que antes fizeram.
Muitos acham que a ajuda espiritual é a sua “missão” na Terra, quando de fato é apenas seu resgate kármico. Um exemplo disso são as pessoas que combateram nas duas guerras mundiais e hoje exercem a medicina como forma de compensação; antes tiravam vidas, hoje às mantém. E assim, o Deus justo e perfeito, a espiritualidade maior, a Providência Divina, dá a todos a chance de se redimir, sempre, pela ação, pelo trabalho, e quanto mais consciência a pessoa tiver sobre isto melhor será tanto para ela quanto para as pessoas que ela “ajuda”. A vida, e tudo que nela se encontra, como um grande laboratório para as almas permite que cada um tenha à disposição todas as ferramentas para poder evoluir e o trabalho espiritual é um destes, não obstante o seu efeito de compensação. Ocorre que esta ajuda que vem do lado de lá acaba sendo desvirtuada e as pessoas que estão sendo ajudadas acabam achando que são elas que estão ajudando; o que lhes cega à Verdade e compromete suas realizações.
Na ajuda espiritual prestada há tanto a necessidade de resgate como de aprendizado e as pessoas que “ajudam” devem cuidar muito antes de se colocar e assumir a posição de “quem ajuda”, já que pode ser que aquela pessoa que ela pensa estar ajudando é que à está ajudando ao permitir ser ajudada. A Terra não está tão lotada de santos para que se pense que todas as pessoas que prestam ajuda espiritual aos outros são espíritos evoluídos que vieram para iluminar e salvar o mundo e as pessoas que se propõem a ajudar espiritualmente têm a obrigação de ter competência para isso, competência que vem pelo autoconhecimento e ciência de sua própria história. Quando uma pessoa sabe porque, de fato, está “ajudando” os outros a ajuda é mais efetiva; do contrário, é como um cego em um tiroteio. A consciência acalenta o coração e é do coração que a ajuda deve vir. A Vontade que vem do coração é tudo. Não são os livros lidos nem as horas de cursos, é o coração.
Nos centros espíritas do Brasil, bem como nas chamadas “mesas brancas”, existem grupos de mentores espirituais que auxiliam nos trabalhos. O que os espíritas não sabem é que na maioria dos casos estes espíritos que os auxiliam são da umbanda, os quais não tomam a iniciativa de se declarar desta forma para evitar entraves dos que participam fisicamente do trabalho. Sendo o espírita um religioso cristão se soubesse que quem lhe auxilia são espíritos da umbanda este poderia gerar bloqueios emocionais e psíquicos, o que comprometeria o fluxo de energia, a egrégora e consequentemente o trabalho feito. Para as pessoas com um desenvolvimento espiritual mais apurado é fácil identificar tais espíritos, entretanto, a maioria dos espíritas não têm essa capacidade e apenas se preocupa em se escorar em seu conhecimento intelectual da doutrina espírita e no seu tempo de religião para ditar verdades. Para o espírita importa mais o tempo de espiritismo do que o desenvolvimento espiritual .
Assim como nas mesas brancas, nos centros espíritas existe grande atividade dos espíritos da umbanda e aí entra a questão do motivo de tantos espíritos da umbanda se colocarem à disposição para auxiliar nos trabalhos espirituais: um dos karmas do Brasil. O ciclo de encarnações segue um processo anti-horário. Quer dizer: quem nasceu no Brasil nesta vida tende a nascer na África na próxima e assim por diante, seguindo um sistema anti-horário pelo globo. Milhões de brasileiros tiveram suas últimas encarnações na antiga América escravocrata, principalmente no Brasil, onde desarmonizaram-se com os escravos africanos e hoje estão resgatando seu karma justamente com os espíritos da umbanda, os quais possuem ligação direta com a África. Por isso há tantos espíritos da umbanda atuando nos centros espíritas, mesas brancas e nos próprios terreiros de umbanda em todo o Brasil. Os espíritos da umbanda estão ajudando os brasileiros a resgatar seus karmas. Ressalta-se por oportuno que a corrupção é o maior karma coletivo do Brasil.
Tais espíritos estão ajudando nos trabalhos espirituais realizados na Terra, independente da denominação a que as pessoas pertencem. Nos locais onde lhes é propício se anunciarem como sendo da umbanda, assim o fazem e quando não é, não o fazem. Se para ajudar espiritualmente alguém mediante as circunstâncias presentes é preciso que os mentores espirituais terrestres deixem de se declarar como e quem são, assim o fazem. Como os espíritas são os que fazem o maior trabalho espiritual prático e efetivo no Brasil, com os espíritas os espíritos da umbanda trabalham, não se declarando prontamente a qualquer um como sendo da umbanda, apesar de não negarem este estado aos que possuem capacidade para percebê-los como são. Nisto, há grupos espíritas de anos em que seus membros não sabem que seus mentores espirituais são da umbanda, pois se soubessem o trabalho poderia ser prejudicado em razão das percepções individuais equivocadas que cada membro poderia ter sobre a umbanda.
Nos trabalhos espirituais assistidos pelos espíritos da umbanda para evitar qualquer obstrução de energia por um pensamento ou uma emoção do espírita que poderia se travar pela ciência de ser ajudado por espíritos da umbanda, tais espíritos, desejando ajudá-los a ajudar, não tomam a iniciativa de se declarar como sendo da umbanda e os espíritas, que como religiosos não buscam de fato a Verdade, já que colocam a religião como verdade e não a Verdade como religião, além de que a maioria não possui desenvolvimento espiritual para perceber e identificá-los, acabam nem sabendo quem são estes espíritos que os ajudam, pois em sua fixação pelo trabalho espiritual, o dogma-mor da salvação em sua religião que lhes empurra temeraria e unicamente para o trabalho espiritual acima de tudo, deixam de procurar saber quem são os espíritos que os ajudam. Para o espírita importa o trabalho espiritual e se tem espíritos ali para ajudar a trabalhar, pronto, vão tocando em frente porque a caridade é a sua salvação.
Em minhas experiências práticas com os espíritos da umbanda pude perceber algumas particularidades em suas manifestações. Tais espíritos costumam rodear o recinto impondo um ritmo circular ao passar, o que diz respeito ao princípio do ritmo, pelo qual, também, os pajés usam o chocalho, os terreiros o atabaque e os budistas balançam o corpo ao meditar e os muçulmanos ao decorar as suras etc. Veja-se que não é à toa que existem os movimentos de rotação e translação no universo. Eles se manifestam de uma forma demasiadamente simples, eis que trabalham para ajudar pessoas demasiadamente simples e/ou de fé simples. Pessoas se identificam e se abrem mais, em todos os planos, com quem usa da sua linguagem. Em alguns de meus contatos com tais entidades estes espíritos me passaram alguns recados a serem passados justamente para espíritas incapazes de percebê-los. Em outros momentos anteciparam em dias que estariam em certo local em certo tempo, o que se consumou.
Compreendendo a ajuda espiritual como um efeito, a pessoa que “ajuda” deve saber a causa deste efeito e saber porque está fazendo isso. Com toda certeza se as pessoas que dizem que “ajudam espiritualmente os outros” fossem buscar o motivo que as levou a isto saberiam que ali não há nenhum sacrifício pela humanidade, um estado crístico, de mestre ou avatar ou santidade, mas, pelo contrário, um resgate kármico. Estão ajudando porque elas mesmas precisam, pois é na ajuda aos outros que elas se ajudam equilibrando, compensando, o que fizeram anteriormente. A pessoa que diz que ajuda espiritualmente os outros antes de fazer tal afirmação deve buscar e saber se não é ela que está sendo ajudada e os espíritas devem buscar o desenvolvimento para ter a capacidade de perceber quem são os espíritos que os ajudam em seus trabalhos, do contrário continuarão a receber ajuda de espíritos que nem eles mesmos sabem quem são; pois, conforme diz a própria bíblia: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (João 8:32), não o trabalho.
Contato: http://rudyrafael.wordpress.com/contato/
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