A
cada dia, novas descobertas assustam e deixam os astrônomos perplexos.
Muitas coisas que sabemos sobre o universo ainda não têm explicação,
enquanto outras funcionam de maneira tão perfeita ou misteriosa que nos
fazem crer em algo maior. Confira algumas das coisas mais interessantes
sobre o universo em que vivemos:
1 – O UNIVERSO É (MUITO) ANTIGO
O
universo começou com o Big Bang. Os cientistas estimam que ele tenha
cerca de 13,7 bilhões de anos (para mais ou menos 130 milhões de anos).
Os
astrônomos fizeram esse cálculo através da medição da composição da
matéria e densidade de energia no universo, o que lhes permitiu
determinar quão rápido o universo expandiu-se no passado. Como
resultado, eles poderiam “voltar no tempo” e identificar quando o Big
Bang ocorreu. O tempo entre a explosão e agora compõe a idade do
universo.
2 – O UNIVERSO ESTÁ EXPANDINDO
Na
década de 1920, o astrônomo Edwin Hubble fez a descoberta
revolucionária de que o universo não é estático, mas sim está se
expandindo.
Por
muito tempo se pensou que a gravidade da matéria no universo tornaria
essa expansão lenta, ou até mesmo faria com que ela se contraísse.
Em
1998, o Telescópio Espacial Hubble estudou supernovas muito distantes e
concluiu que, há muito tempo, o universo estava se expandindo mais
lentamente do que acontece hoje. Esta descoberta intrigante sugeriu que
uma força inexplicável, chamada energia escura, é o motor da expansão
acelerada do universo.
Enquanto
a energia escura pode ser a força estranha que está puxando o cosmos em
velocidades cada vez maiores, ela continua a ser um dos maiores
mistérios da ciência, já que sua detecção permanece indefinida.
3 – O UNIVERSO ESTÁ ACELERANDO
A
misteriosa energia escura não só pode ser a condução da expansão do
universo, como parece estar puxando o cosmos em velocidades cada vez
maiores. Em 1998, duas equipes de astrônomos anunciaram que não o
universo não estava apenas em expansão, mas acelerando também.
Segundo
os pesquisadores, quanto mais longe uma galáxia está da Terra, mais
rápido ela está se afastando. A aceleração do universo também confirma a
teoria de Albert Einstein da relatividade geral, e, ultimamente, os
cientistas têm revivido a constante cosmológica de Einstein para
explicar a estranha energia escura que parece neutralizar a gravidade e
fazer com que o universo se expanda a um ritmo acelerado.
Três
cientistas ganharam o Prêmio Nobel 2011 de Física por sua descoberta de
1998 de que a expansão do universo estava se acelerando.
4 – O UNIVERSO PODE SER PLANO
A
forma do universo é influenciada pela luta entre a força da gravidade
(com base na densidade da matéria no universo) e sua taxa de expansão.
Se
a densidade do universo exceder um certo valor crítico, então o
universo seria “fechado”, como a superfície de uma esfera. Isto implica
que o universo não é infinito, mas não tem fim. Neste caso, o universo
eventualmente irá parar de se expandir e começar a colapsar sobre si
mesmo, em um evento conhecido como “Big Crunch”.
Se
a densidade do universo for menor que o valor de densidade crítica,
então a forma do universo seria “aberta”, como a superfície de uma sela.
Neste caso, o universo não tem limites e vai continuar a se expandir
para sempre.
No
entanto, se a densidade do universo for exatamente igual à sua
densidade crítica, então a geometria do universo é “plana”, como uma
folha de papel. Nesse caso, o universo não tem limites e se expandirá
para sempre, mas a taxa de expansão irá gradualmente se aproximar de
zero depois de uma quantidade infinita de tempo. Medições recentes
sugerem que o universo é plano, com uma margem de cerca de 2% de erro.
5 – O UNIVERSO ESTÁ CHEIO DE COISAS INVISÍVEIS
O
universo é majoritariamente composto de coisas que não podem ser
vistas. Na verdade, as estrelas, planetas e galáxias que podem ser
detectadas representam apenas 4% do universo. Os outros 96% são
substâncias que não podem ser vistas ou facilmente compreendidas.
Estas
substâncias elusivas, chamada de energia escura e matéria escura, ainda
não foram detectadas, mas os astrônomos baseiam sua existência na
influência gravitacional que ambas exercem sobre a matéria normal, as
partes do universo que podem ser vistas.
6 – O UNIVERSO TEM ECOS DE SEU NASCIMENTO
A
radiação cósmica de fundo do universo é composta por ecos de luz que
sobraram do Big Bang que criou o universo, 13,7 bilhões de anos de
atrás. Esta relíquia da explosão coloca um véu de radiação em torno do
universo.
Uma
missão da Agência Espacial Europeia mapeou o céu inteiro à luz de
micro-ondas para revelar novas pistas sobre como o universo começou.
Essas observações são os pontos de vista mais precisos da radiação
cósmica de fundo já obtidos.
Os
cientistas esperam usar os dados da missão para resolver algumas das
questões mais debatidas no campo da cosmologia, como o que aconteceu
imediatamente depois que o universo foi formado.
7 – PODE HAVER MAIS DE UM UNIVERSO
A ideia de que vivemos em um multiverso, que nosso universo é um dos muitos, vem de uma teoria chamada inflação eterna, que
sugere que logo após o Big Bang, o espaço-tempo se expandiu a taxas diferentes em lugares diferentes.
Segundo
a teoria, isso deu origem a “universos bolha” que poderiam funcionar
com as suas próprias leis da física. O conceito é polêmico e era
meramente hipotético, até que estudos recentes procuraram marcadores
físicos da teoria do multiverso no fundo cósmico de micro-ondas, que é
uma relíquia do Big Bang.
Pesquisadores
buscaram as melhores observações disponíveis do fundo cósmico de
micro-ondas para detectar sinais de colisões, mas não encontraram nada
de conclusivo. Se dois universos se colidiram, os pesquisadores afirmam
que isso teria deixado um padrão circular para trás na radiação cósmica
de fundo
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