Terremoto de magnitude 5,9 atinge Washington; Pentágono é esvaziado & "Terremoto que atingiu os EUA é raro", afirma especialista
Um terremoto de 5,9 graus na escala Ritcher atingiu a Costa Leste do país. O epicentro foi na cidade de Mineral, no estado da Virgínia, mas há relatos de tremores em Nova York, Ohio, Filadélfia e Washington. Edifícios do governo foram esvaziados.
O epicentro foi na cidade de Mineral, que é próxima à capital Washington, onde vários prédios públicos foram esvaziados. O terremoto causou poucos danos. Duas usinas nucleares foram fechadas rapidamente e já voltaram a funcionar.
Extraído de: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1606516-7823-TE...
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23/08/2011 -
Estados Unidos
Terremoto de magnitude 5,9 graus atinge Washington
Pentágono, Casa Branca e Suprema Corte foram esvaziados por precaução. Não há relatos de danos ou vítimas
Um terremoto de magnitude 5,9 graus na escala Richter sacudiu a costa leste dos Estados Unidos nesta terça-feira, abalando prédios em Washington e chegando a ser sentido em Nova York. O Pentágono, a Casa Branca e a Suprema Corte foram evacuado por causa do tremor, que, segundo o US Geological Survey, teve seu epicentro perto de Richmond, Virginia, a 139 quilômetros da capital americana.
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Até o momento, contudo, não há relatos de danos ou vítimas. As torres de controle dos aeroportos internacionais de John F. Kennedy e Newark, localizados em Nova York, foram evacuadas. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o tremor aconteceu às 13h51 no horário local (14h51 em Brasília), mas não apresenta grande profundidade (apenas seis quilômetros).
“É um dos maiores terremotos que já tivemos aqui”, disse à rede americana CNN Lucy Jones, sismologista do USGS. O tremor foi sentido em Filadélfia, Pensilvânia, Nova York e Massachussetts, onde o presidente Barack Obama está passando suas férias. Parte da cidade de Nova York foi evacuada, e o serviço de telefonia foi interrompido.
Pequenos terremotos são sentidos na região central de Virginia de dois em dois anos, em média, sem causar grandes danos. A zona sísmica da região é conhecida por ser cheia de falhas (que causam terremotos), e há ainda numerosas falhas menores em profundidade que não foram detectadas. Contudo, um tremor de magnitude 5,8 é incomum na região - só ocorre a cada 50 anos.
Consequências - O terremoto provocou o fechamento de dois reatores nucleares operados pela empresa Dominion Generation e localizados no centro de Virginia, próximo ao epicentro do tremor, informou a Comissão de Regulação Nuclear dos Estados (NRC, na sigla em inglês). Ambos os reatores foram desativados, mas estão operando com a ajuda de três geradores diesel, indicou à imprensa um porta-voz da NRC, Roger Hannah.
Torre da Catedral Nacional de Washington que foi danificada após terremoto
Além disso, a Catedral Nacional de Washington, o edifício mais alto da cidade, teve três pináculos na torre central da construção quebrados. Há ainda um quarto pináculo danificado que está inclinado e a torre central do edifício, que é do tamanho de um prédio de 30 andares, sofreu danos menores. A embaixada do Equador também teria sido atingida, mas ainda não há detalhes sobre o ocorrido.
(Com EFE e France-Presse)
Geofísica
"Terremoto que atingiu os EUA é raro", afirma especialista
A costa leste dos Estados Unidos fica em uma região mais estável, longe do encontro de placas tectônicas, como o Brasil
Marco Túlio Pires
Funcionários evacuam prédios em Nova York após terremoto (Spencer Platt/Getty Images)
O terremoto que teve epicentro em Richmond foi 100.000 vezes menos intenso que o de Fukushima, que atingiu o Japão em março
O terremoto que atingiu a costa leste dos Estados Unidos nesta terça-feira não foi comum. Apesar de a região ser alvo constante de pequenos tremores, um abalo de magnitude 5,9 na escala Richter só ocorre a cada 50 anos, de acordo com Marcelo Assumpção, professor do Instituto de Geofísica da Universidade de São Paulo. "É uma estimativa. Quanto mais forte o terremoto, mais raro ele é."
De acordo com Assumpção, é por isso que houve tantas reações ao tremor. "A costa leste não está acostumada a tremores como a oeste. Por isso as pessoas se assustam mais". A região está muito longe do encontro de placas tectônicas, áreas mais sensíveis aos tremores. "A costa leste é uma região mais estável, como o Brasil", afirma Assumpção.
Mesmo longe do encontro das placas tectônicas da América do Norte, os terremotos ocorrem na costa leste porque a crosta está sujeita a pressões muito grandes, explica o professor. "A placa está sendo pressionada na direção leste-oeste. Quando essa pressão a faz trincar, ela treme e causa terremotos".
Assumpção explica que o terremoto que teve epicentro em Richmond, no estado de Virgínia, e abalou a capital Washington, foi 100.000 vezes menos intenso que o de Fukushima, que atingiu o Japão em março. "Como foi um terremoto raso, com apenas 6 quilômetros de profundidade, é possível que algumas estruturas próximas ao epicentro tenham rachado", disse Assumpção. De acordo com o especialista ele foi sentido em um raio de até 300 quilômetros e pode ter causados estragos em um raio de 20 quilômetros.
A costa leste dos Estados Unidos já viu terremotos mais fortes. O mais intenso, de 7 graus na escala Richter, aconteceu no estado da Carolina do Sul em 1886.
O Brasil já teve tremores parecidos com o que atingiu os EUA nesta terça em 1955: ambos com magnitude de 6,2 graus na escala Richter.
O tremor em solo americano foi sentido por equipamentos brasileiros. A Universidade de São Paulo está implantando uma rede de detecção sismográfica e os aparelhos localizaram o epicentro e calcularam a magnitude automaticamente. O Instituto de Geofísica ficou sabendo do terremoto momentos depois que ele ocorreu.
Saiba mais sobre tremores de terra no vídeo abaixo:
clique aqui: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/terremoto-que-atingiu-os-e...
Afonso Vasconcelos Lopes
Doutor em geofísica e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP)
Doutor em geofísica e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP)
Quais são as principais causas de um terremoto?
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