Ramatís: A necessidade do ápice da tribulação
Ramatis no livro “Mensagens do Astral”
deixou claramente explicado porque seriam necessários eventos de grande
magnitude para a higienização planetária, confirmando as profecias de
Jesus e demais profetas consagrados e apontando para o mesmo caminho: o
ápice dos eventos , cujo impacto doloroso varrerá os lobos e saneará a
atmosfera psíquica do planeta. A seguir algumas dessas análises em 5
perguntas:
Pergunta —
Alguns filósofos espiritualistas afirmam-nos que não se dará um evento
como o ‘juízo final’, motivado pela modificação do eixo terráqueo.
Acreditam eles que o “juízo final” é uma época simbolizada por Jesus
naquela expressão, mas referente apenas ao amadurecimento interior do
homem, isto é, ao desaparecimento do mundo anticristão, mas
sem essas consequências bruscas, materializadas nas profecias que, por
isso, não são absolutamente exatas. Qual o vosso parecer?
Ramatis: — Duvidar das profecias consagradas nas tradições bíblicas seria atribuir a Jesus o título de embusteiro,
pois ele ratificou as predições dos profetas e sempre as acatou e
repetiu. João Evangelista, na ilha de Patmos, aos 96 anos de idade,
quando do seu desterro determinado por Domiciano, ouvindo a voz que
vinha da esfera de Cristo, registrou suas impressões e descreveu a
“Besta do Apocalipse”. Isso vos demonstra a fonte divina de suas
profecias. Ainda mais: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Marcos e João
Evangelista anotaram, com ricos detalhes, os eventos em questão. Mais
tarde, ainda outros trouxeram novo cabedal e esforço para que a alma
terrícola, descrente, se compenetrasse da realidade espiritual e
retificasse o seu caminho tortuoso. Podeis destacar, entre eles, o Monge
Malaquias, Santa Odila, o Cura d’Ars, Catarina de Emmerik, o campônio
Maximino, o profeta de Maiença, Frau Silbiger, Paracelsus, Mãe Shipton,
bem assim lembrar-vos das profecias cientificamente comprováveis pelas
medidas padronais das pirâmides do Egito e nas ruínas dos templos
astecas.
Mas
é ainda Nostradamus, o famoso vidente e ocultista do século dezesseis,
que oferece matéria mais aproximada dos eventos dos vossos próximos
dias. Michel de Nostradamus, conceituado médico, em uma de
suas existências anteriores, foi um dos mais célebres profetas bíblicos.
Embora variem as interpretações acerca de suas “centúrias”,
realizaram-se até o momento todas as suas predições, com acentuada
exatidão. Há, na língua de vossa pátria, excelente obra de interpretação
das profecias de Nostradamus, inspirada, daqui, ao seu interprete*,
pelo próprio vidente francês. Essa obra, sob os nossos olhos
espirituais, guarda a maior fidelidade com os próximos acontecimentos.
As modificações e os acontecimentos previstos estão enquadrados dentro
das próprias leis estabelecidas pelos Organizadores do Orbe. A função
dos profetas tem sido apenas a de noticiar o que há de suceder, sem
intervenção de idéias próprias. ( Capitulo 2, “O Juízo final”, Pagina
80)
* A referência aqui é o Marquês da Cruz, que lançou na mesma época (1948) o livro “Profecias de Nostradamus”
Pergunta
— Em face de acontecimentos científicos e de movimentos
confraternistas, como os que se realizam na Terra atualmente, não
poderíamos alcançar elevação espiritual, independentemente de sucessos
catastróficos?
Ramatis: — Em virtude da
tradicional versatilidade humana, que se deixa seduzir pelo mundo das
formas, dificilmente poderíeis conseguir a sanidade espiritual coletiva,
sem os recursos purificadores das seleções proféticas. Materializa-se pouco a pouco o vaticínio tenebroso
quanto à “Besta do Apocalipse”, cujo corpo e alma estão sendo
alimentados pelos crimes, aberrações, guerras, ciúmes, impiedades,
avareza e perigo à idolatria sedutora da forma! A fermentação vigorosa
das paixões inferiores, aliada à ingestão de vísceras sangrentas da
nutrição zoofágica, não favorece a escultura do cidadão crístico do
milênio futuro! A aura do vosso orbe está saturada de magnetismo
coercitivo, sensual e estimulante das inferioridades do instinto animal.
O “reino da besta” se estabelece lenta mas inexoravelmente,
aprisionando incautos nas suas redes sedutoras; a hipnose à matéria se
processa vigorosamente e os valores tradicionais se invertem, eliminando
as linhas demarcativas da moral humana! A sublime Luz do Cristo que, no
sacrifício do Gólgota, iluminou amorosamente o vosso mundo, encontra
imensa dificuldade para banhar as almas impermeabilizadas pela “casca”
das paixões desregradas. Recorda o
esforço exaustivo que fazem os raios do Sol para atravessar as vidraças
empoeiradas! Mas esse pó, que se incrusta no vosso espírito e impede o
acesso íntimo às vibrações altíssimas do Cristo, será varrido sob o
impacto doloroso dos “tempos chegados” e do “juízo final”, quando o Anjo
Planetário julgará os vivos e os mortos e separará o “joio” do “trigo”.
A nova transfusão do amor crístico ser-vos-á dada pelo imperativo da justiça e da dor! (Capitulo 2, “O Juízo final”, Pagina 81)
Pergunta: - Poderíamos saber quais as nações sobreviventes dessa catástrofe proveniente da modificação do eixo da Terra?
Ramatís: - Não nos cumpre
indicar nominalmente quais os conjuntos sobreviventes, mas
conhecê-los-eis pela sua maior afinidade com os ensinos do Cristo, pelo
seu maior afastamento do mercantilismo e da corrupção moral. É a
característica "fraternismo",o que principalmente os distinguirá na
sobrevivência. Serão os povos que revelam a preocupação constante de
auxiliar o próximo e que se dedicam imensamente em "servir", bem como em
anular fronteiras raciais. São os que, embora sob múltiplos aspectos eu
formas devocionais - na variedade polimorfa de intercâmbio com o Alto -
procuram o Cristo Interno, num auto-compromisso assumido no Espaço. São
os que realizam movimentos espirituais tendo à frente líderes que
revelam a força coesa no trabalho e a segurança completa nos seus
ideais. São aqueles cujos exemplos contaminam e atraem os forasteiros e
imigrantes que sentem a decadência das velhas fórmulas dos seus países.
São nações que constituem atrações contínuas para o afluxo de artistas,
filósofos, cientistas e religiosos de todos os matizes, que as "sentem"
como preservadas do perigo na hora trágica do "juízo final".
Mas, advertimos-vos (e procurai distinguir!): o essencial para
sobreviver é a procura do Cristo Interno! (Capitulo 2, "O Juízo Final",
Pagina 79)
Pergunta: - Temos a impressão de que, se as profecias oferecem detalhes tão convincentes, a ponto de despertarem o pânico, poderão, de outro lado, estimular a dissolução de costumes, pois que a certeza absoluta de que o "fim do mundo" está às portas apressará o desregramento, para que se aproveite o tempo que resta. Temos notado que nos períodos de guerras, revoluções ou misérias, a disciplina costumeira enfraquece e as paixões dominam perigosamente. Que nos dizeis a esse respeito?
Ramatís: - A profecia não
provoca o clima psicológico desregrado, mas apenas revela objetivamente
as tendências à devassidão, já existentes em potencial nas criaturas. O
profeta anuncia o acontecimento trágico e o seu prazo irrevogável, como
advertência espiritual; é lógico, porém, que cada um recebe a
advertência conforme as suas próprias disposições idiossincrásicas.
Sabeis que, enquanto as paixões inferiores eclodem em alguns homens
negligentes e os escravizam aos mais repugnantes delitos da carne,
noutros as suas energias despertam a tenacidade ou a coragem,
sustentando-os como almas franciscanas no socorro aos desesperados.
(Capitulo 6, "O Valor da Profecia", Pagina 109)
Pergunta: - Supondo-se que uma predição possa causar pânico antecipado entre os seres atemorizados, como no caso da aproximação do astro "intruso", não poderá ser considerada como má a profecia?
Ramatís: - Não
são as profecias as culpadas pelo pânico entre criaturas humanas
atemorizadas, mas sim as condições psicológicas dessas mesmas criaturas.
O descontrole emotivo e o desequilíbrio psicológico é que avolumam
perigosamente a visão dos acontecimentos na mente humana. É
suficiente um simples brado de "fogo!" no interior de um cinema, para
que ocorra uma tragédia, conseqüente da feroz ansiedade de cada um
salvar a sua pele! O pânico, ou seja, o desespero causado pelo medo, tem
por causa fundamental o demasiado apego à vida humana; é comum às
criaturas egoístas, que, para sobreviverem a qualquer preço, não se
importam de sacrificar muitas vidas alheias! É o instinto vigoroso de
sobreviver a todo custo, que ateia o pânico. Diante de um naufrágio ou
catástrofe iminente, as criaturas humanas tratam logo de ferir, de
trucidar impiedosamente, a fim de continuarem a subsistir no plano
carnal, visto que o terror, estando latente em suas almas, as faz
tripudiarem sobre os mais sublimes valores do espírito, em lugar de se
sacrificarem pelo próximo! O pânico é o medo recalcado e supervisionado
pelo egoísmo humano; manifesta-se, também, em todos os atos onde se vêem
ameaçados os interesses individuais dos seres ( Capitulo 6, "O Valor da
profecia", Pagina 108)
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