por Flávio Bastos
"Quando a alma está feliz, a prosperidade cresce, a saúde melhora, as amizades aumentam, enfim, o mundo fica de bem com você. O mundo exterior reflete o universo interior" (Mahatma Gandhi)
A ciência provou que os pensamentos são capazes de modificar nossas células, ou seja, somos co-criadores da nossa realidade e das doenças que podem afetar nossa saúde. Há evidências científicas de que qualquer pensamento, bom ou mal, libera agentes químicos no corpo. Os bons pensamentos geram um efeito relaxante, enquanto os maus acionam os mecanismos de tensão.
A visão sombria do mundo revela, em seus bastidores, o acúmulo de sentimentos não resolvidos à luz da consciência. Fato que provoca no indivíduo um estado de desarmonia psíquico-espiritual com reflexos no seu comportamento pela via das emoções. Energia que age diretamente no corpo físico, gerando doenças que comprometem a saúde.
O negativismo como hábito, isto é, a crítica contumaz, a desesperança, a vitimização, o fuxico, a inveja, entre outros vícios comportamentais, representam um verdadeiro coquetel de energias nocivas que aprisionam a pessoa em seu próprio campo magnético denominado aura.
Cativo de si mesmo e dependente da energia que o envolve, o indivíduo não percebe a sua situação até acontecer algo novo que o faça despertar de sua letargia existencial e libertar-se da sintonia do sofrimento. E esse "algo novo" ocorre com o processo de autoconhecimento, que traz à tona as verdades que se encontravam encobertas pelos mecanismos de defesa do inconsciente.
Experiências psiquicamente traumáticas geram complexos, recalques, decepções e frustrações, que quando intensificadas, tornam-se responsáveis pela sensação pessoal de "estar de mal com a vida". Tal sintonia tem potencial autodestrutivo que precisa ser desarmado pelos invisíveis instrumentos de pacificação interior, acionados pelos conscientes mecanismos da autodescoberta.
Portanto, o processo de conhecimento de si mesmo não se limita às sensações e percepções ligadas às experiências racionais e mundanas do indivíduo, mas também à demanda das necessidades que transcendem ao ego, de natureza espiritual que envolve a condição interdimensional do ser inteligente dotado de excepcional capacidade expansiva da consciência.
Nesta direção, algumas práticas de fácil execução tornam-se opções simples para quem deseja sair de um "estado de coisas" existencial e vislumbrar algo novo em sua experiência vital, como sorrir e abraçar mais ou a prece espontânea que eleva a sintonia do pensamento, assim como a meditação que higieniza a mente e traz paz ao coração. Outras opções (que servem apenas como sugestões): pertencer a um grupo religioso de fé raciocinada ou procurar uma psicoterapia que tenha em seu método investigativo, uma abordagem interdimensional do inconsciente profundo. Mas, acima de tudo, o que transforma o indivíduo a partir de sua própria energia, é a prática do bem no cotidiano da vida.
No início do terceiro milênio, o autoconhecimento de nível avançado surge como uma necessidade do ser humano adequar-se à transmutação energética que ocorre no planeta. Gradual mudança que exigirá, das próximas gerações de humanos, sintonia com a nova frequência vibratória da Terra. A necessidade de nos adequarmos à nova realidade do planeta nos estimula a quebrar paradigmas negativistas representados por modelos individuais ou coletivos, que são responsáveis por comportamentos arcaicos associados à sintonia da perversidade e do sofrimento.
A Era de Cristal, que começa a exigir transparência de atitudes pessoais diante da vida, é a mesma Era da Sensibilidade que começa a "desengessar" o indivíduo da rigidez emocional-comportamental gerada durante as muitas vidas do espírito imortal.
Vivenciamos uma fase de transição entre duas marcantes eras da humanidade. Energia em transmutação que interfere no emocional e no psicológico da pessoa, a ponto de provocar crises existenciais decorrentes da necessidade de adequação energética, cujo processo encontra-se em fase inicial.
Nível de autoconhecimento que levará o homem à indescritível sensação de "estar de bem com a vida", ou seja, em paz consigo mesmo, com o outrem e com o universo ao qual encontra-se intrinsecamente inserido. A Nova Era já começou e os sinais das mudanças estimulam o homem a despertar da letargia existencial e alterar modelos comportamentais cujo ego se torna um coadjuvante do eu verdadeiro no palco da vida.
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