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terça-feira, 7 de agosto de 2012

Bendito e Maldito Esquecimento

                                                            
      Temos por conteudo Akáshico todas as informações relativas às nossas vivências anteriores, este contéudo é acessado quando retornamos ao plano espiritual, seja no desencarne, ou quando em projeção astral ao dormirmos temos a oportunidade de assim acessá-lo, antes de retornarmos ao corpo físico novamente, na reencarnação, todo este conteúdo é apagado de nossas memórias com o fim de que possamos através de nossa vivência física compensarmos erros de vidas pretéritas, tendo em vista que todas as pessoas que fazem parte mais diretamente de nossas vidas enquanto encarnados, serem personagens de vivências anteriores,agora em diferentes personas, eis aí o o bendito esquecimento, para que se perfaça a lei da compensação através do amor e da reconciliação, fazendo que subamos os degraus da escada evolutiva, ainda mais, se sem nenhum esforço meditativo e indagativo soubessemos que somos perfeição e pura luz, centelha divina, nenhum mérito teriam aqueles que labutam no sentido de se aperfeiçoarem, por se acharem prontos, nada se faria para o fim da necessária ascensão, para se separar o joio do trigo, se faz mister que cada encarnado perceba e sinta a centelha divina que habita o seu desavisado coração.
      O esquecimento se torna maldito, no sentido do adormecimento generalizado que assola a humanidade, seres descrentes de suas condições de pura luz divina, se veem tão assoberbados com os problemas terrenos a fazerem destes verdadeiros empecilhos para suas interiores evoluções, vivemos no mundo do consumismo, das inversões de valores e da banalização do amor, mundo da pouca solidariedade e egocêntrismo, muito se dedica ao conhecimento das formas de se reforçar mais a gana pelo ter, e se esquece definitivamente de se ser, há muitos ditos sábios renomados, doutores nisso e aquilo outro, que muitas das vezes nas frias madrugadas sentem o amargor de não saberem o sentido de se ser, pouco é o interesse pelas espiritualidade, pela essência do ser, pela salutar iluminação, o que faz muitos desses doutores abarrotarem os consultórios psiquiátricos sem saberem que antes de se tratar o orgânico há de se equlibrar a alma, o espírito, o verdadeiro ser, e a vida segue, seres zumbis, adormecidos, imbuídos tão somente em entupirem ainda mais as suas veias em detrimento do verdadeiro viver útil, e a vida passa, e outras encarnações serão ainda necessárias, até que um dia se para para pensar no exato motivo de aqui estarmos senão para se perceber enquanto seres não humanos que somos.
      Sabe-se que muito pouco se favorece os conhecimentos dos chacras, dos meridianos, da projeção astral, do poder transmutador da chama violeta, da chama trina, da evocação da presença do Eu Sou, da necessidade diária meditativa elixir da alma, conhecimentos estes por anos a fio concentrados em templos reservados budistas, há muito o ocidente tem a oportunidade de se deleitar com conhecimentos que outrora eram motivos de se jogar um ser humano nas brasas de uma fogueira, tudo está mais acessível, porém,não há de se falar em acessibilidade se não há o interesse em se labutar questões da alma, os condicionamentos mundanos nos tornam verdadeiros sonâmbulos que tanto nos faz esquecermos que somos espíritos, que pouco se sabem nem se lidar com o desencarne físico, e o tabu morte se torna um martírio, devido a concepção enganosa de que a vida terrena é a verdadeira vida e não um palco onde ensaiamos os nossos desacertados passos com o fim de evolução, há muitos até que por não acreditarem na perenidade da vida, tiram suas próprias vidas, com a errônea noção que estariam assim eliminando suas angusturas e desassossegos, terível engano, somos consciencias imortais e perenes, e apenas estamos encaixados em um corpo físico, a consciência jamais morre, é eterna, pórem, mutável,mas, o maldito esquecimento não nos permite enxergarmos isso, e vagamos em busca de respostas que jamais virão, a não ser que se aquiete a alma e que no silêncio se consiga perceber as palavras sutis com exatidão, somos luz, estamos aqui aprendendo e temos cada um uma importante missão.     
 
Felipe Padilha (O Poeta do Deserto)
 
 
 

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