Todo mundo sabe o que é deja vu, mas esse não é o único fenômeno misterioso relacionado ao cérebro que vivenciamos todos os dias. Nosso cérebro é um órgão incrível, mas muito difícil de estudar, e só com os avanços científicos relativamente recentes temos sido capazes de examinar fenômenos mentais comuns, mas extremamente bizarros, como ….
A Lavagem cerebral
Grifos em Negrito;Mônica F De Jardin
Lavagem cerebral é a prática de mudar completamente a forma como uma pessoa pensa ou no que ela acredita, utilizando técnicas hostis. Muitas vezes usada em prisioneiros de guerra, vítimas de sequestro, e outros em situação parecida, a lavagem cerebral praticamente depende das pessoas estarem em uma posição de subserviência. Envolve a destruição de tudo o que a vítima acredita sobre si mesma. É uma estranha combinação de abuso físico e mental, juntamente com a promessa de salvação, que cria as condições ideais para essa manipulação. Uma vez que a pessoa acredita que está absolutamente errada em todos os sentidos, a ficha fica “limpa” para que ela seja reconstruída. Também existem outros tipos de lavagem cerebral que são menos óbvios, e acontecem todos os dias, como as propagandas, que são projetadas para serem manipuladoras e mudar sua maneira de pensar. Até mesmo os amigos que tentam manipulá-lo a fazer algo praticam uma forma leve de lavagem cerebral.
Pouca coisa se sabe sobre como ela realmente funciona e quão bem sucedidas diferentes técnicas são, porque replicá-las em um ambiente formal de investigação é considerado altamente antiético, por razões óbvias. Grande parte do que sabemos sobre a lavagem cerebral e seus métodos vem de entrevistas com prisioneiros de guerra, mas ainda há muito em debate. Uma teoria geral, no entanto, é que a eficácia da lavagem parece depender muito da autoconsciência e força de caráter de uma pessoa.
Fundamentalismo religioso poderá ser considerado doença mental
Pesquisas desenvolvidas recentemente sugerem que em breve seremos capazes de tratar o fundamentalismo religioso e outras formas de crenças ideológicas potencialmente prejudiciais para a sociedade como uma forma de doença mental.É o que defende a neurologista Katheleen Taylor, daUniversidade de Oxford (Inglaterra).De acordo com ela, as ideologias muito radicalizadas em breve poderão ser vistas não como uma escolha pessoal, feita com base no livre-arbítrio, mas sim como uma categoria de transtorno mental. Katheleen também disse que os novos estudos da neurociência poderiam considerar extremistas, por exemplo, os integrantes do Hamas (Movimento da Resistência Islâmica), como pessoas com doença mental, ao invés de criminosos terroristas.Prevendo o choque da sociedade, a neurologista disse: “Uma das surpresas pode ser a de ver pessoas com certas crenças como pessoas que podem receber tratamento médico por conta disso”.
Muito além do islamismo…
Para Katheleen, o rótulo do que pode ser considerado “fundamentalismo” é um tanto abrangente, e pode ir além do que você imagina. “Eu não estou falando apenas dos candidatos óbvios, como o islamismo radical ou alguns cultos mais extremos. Estou falando sobre coisas como acreditar que bater nos filhos é normal. Essas crenças também são perigosas, mas normalmente não são categorizadas como doença mental”, afirma.
Complicações morais e éticas
A questão se torna complicada na hora de classificar e rotular coisas como o fundamentalismo. Afinal, o que é ser “fundamentalista”? Outra dificuldade é estabelecer um limite entre o que pode ser considerado uma escolha, consciente e feita com base no livre-arbítrio, e o resultado de uma lavagem cerebral, que pode ser diagnosticada como doença mental.(Do ponto de vista da mente ocidental, por exemplo, a tendência para equiparar “fundamentalismo” exclusivamente com o islamismo radical é muito tentadora, principalmente por conta do teor das notícias que estamos acostumados a ler sobre o que acontece no Oriente Médio. Mas fica a reflexão: quão menos “fundamentalista” que um Osama Bin Laden é uma nação capitalista que bombardeia impunemente regiões civis e urbanas de países como Laos, Camboja e Coreia do Norte?Aliás, quão menos fundamentalista é uma pessoa que aceita vender todos os seus bens para entregar tudo o que tem a um pastor que garante a ela um terreno no céu?Em uma escala muito maior, e potencialmente mais frutífera, está o reconhecimento de que todo o domínio das crenças religiosas, convicções políticas e fervor nacionalista patriótico poderiam ser considerados não só perigosos, mas uma ferramenta de manipulação em massa.)
“Todos nós mudamos nossas crenças. Todos nós persuadimos uns aos outros para fazer certas coisas. Todos nós assistimos publicidade. Todos nós somos educados e temos experiências com religiões. E a lavagem cerebral, se você deixar, é o extremo disso. É forte, é coerciva, e é como um tipo de tortura psicológica”, declara Katheleen.
Apesar da contradição ciência x religião, em um mundo globalizado, as migrações e o medo da instabilidade econômica aumentam, e quando os valores das pessoas são ameaçados, a religiãoprospera.Sendo assim, com certeza não vamos nos livrar dela(?), como algumas pessoasdesejariam.Então, qual seria a forma de religião ideal?Segundo especialistas,(?) as religiões atuais vêm em quatro “gostos”: “festa sagrada”, como a queima de incenso, os sinos e a música coral celestial no catolicismo; “terapia”, por exemplo, as práticas de cura e expulsão de demônios entre alguns cristãos evangélicos; “busca mística”, como a busca do nirvana budista, e “escola”, como estudos detalhados do Corão na cultura islâmica ou a leitura do Torá no judaísmo.(Todos eles tocam em necessidades e desejos humanos básicos. Uma nova religião mundial seria uma mistura harmoniosa de todos eles: a euforia e a pompa de uma festa sagrada, a simpatia e o conforto da terapia, os mistérios e as revelações de uma jornada eterna e o carinho e ambiente didático de uma escola.(??)Vários festivais, feriados e rituais iriam manter seus seguidores viciados. Ritos muito bizarros, como a mutilação do corpo, por exemplo, não fariam parte da religião ideal;Mesmo assim, rituais traumáticos podem ainda figurar como cerimônias de iniciação, porque as pessoas tendem a se comprometerem mais com uma religião, bem como serem mais tolerantes com suas falhas, depois de pagar um alto preço para entrar nela).
Já os encontros regulares dessa religião focariam na dança e no canto para estimular a liberação de endorfinas, fundamentais para a coesão social. Para fazer com que as pessoas voltem, deverá também haver alguns mitos que quebrem as leis da física – mas não muitos. Nenhum extremo misticismo, pois tende a levar a divergências.Com muitos deuses e grande tolerância a práticas locais, a nova religião seria altamente adaptável às necessidades de diferentes congregações sem perder sua identidade unificadora. A religião também enfatizaria assuntos mundanos com os quais a população é muito preocupada, como promover a utilização de contraceptivos e estimular famílias pequenas, além de defender grandes questões ambientais, a filantropia, o pacifismo e a cooperação.Pronto, montamos uma religião ideal. (E, como tudo que é ideal, é apenas uma idealização, muito longe da realidade.)
Fontes de pesquisa de dados;[NewScientist]
Carl Sagan – Contra a força das superstições e fundamentalismo
Carl Sagan foi professor de Astronomia e Ciências Espaciais e diretor do Laboratório de Estudos Planetários da Universidade de Cornell, EUA. Desempenhou um papel de liderança no programa espacial estadunidense desde o seu início. Foi consultor e conselheiro da NASA desde 1950, ajudou a resolver os mistérios das altas temperaturas de Vênus (resposta: efeito estufa maciça), as mudanças sazonais em Marte (resposta: poeira trazida pelo vento), e a névoa avermelhada de Titã (resposta: moléculas orgânicas complexas).Como um cientista formado em astronomia e biologia, Carl Sagan fez contribuições essenciais para o estudo das atmosferas planetárias, superfícies planetárias, a história da Terra, e exobiologia que é o estudo da origem, evolução, distribuição, e o futuro da vida no Universo. Sua capacidade de capturar a imaginação de milhões e de explicar conceitos difíceis em termos compreensíveis é uma realização magnífica, comprovando que não é o vocabulário que faz o homem, mas sim como o utiliza e manifesta seu conhecimento.
VEJA MAIS;Assista Stephen Hawking, Carl Sagan e Arthur C. Clarke conversando sobre o universo
Carl Sagan foi mais do que um simples homem. Foi um homem dotado de inteligência capaz de questionar, estudar e ensinar àqueles que quisessem aprender além do que está escrito na bíblia, ou nos livros do ensino fundamental. Reforçou a idéia de que o universo é um mistério que anseia por ser descoberto. E que as superstições são obstáculos criados para interromper a evolução humana. Somos dotados da capacidade de pensar, raciocinar e questionar, e infelizmente, não é isso que o poder governante quer.Porém, é graças à iniciativa de pessoas como Doutor Sagan que o mundo caminha para novos horizontes. Se existissem pessoas deste porte se envolvendo em todas as áreas de estudo, tornar-se-ia possível imaginar um mundo onde o que importa é a evolução humana, e não sómente a religião que se segue, a roupa que se veste, ou o sapato que se usa.“Com suas revelações sobre um pequenino mundo embelezado pela música e pelo amor, a nave Voyager já saiu do sistema solar e se dirige ao mar aberto do espaço interestelar. A uma velocidade de 70 mil quilômetros por hora, projeta-se em direção às estrelas e a um destino com o qual só podemos sonhar. Estou cercada por pacotes do correio, cartas de pessoas de todo o planeta que lamentam a perda de Carl. Muitos lhe dão o crédito por tê-los despertado. Alguns dizem que o exemplo de Carl os inspirou a trabalhar pela ciência e pela razão contra as forças das superstição e do fundamentalismo. Esses pensamentos me consolam e me resgatam de minha dor. Permitem que eu sinta, sem recorrer ao sobrenatural, que Carl vive.”
Ann Druyan, esposa de Carl Sagan.
Cientistas se aproximam da Teoria da Consciência
Provávelmente desde que os seres humanos foram capazes de entender o conceito de consciência, eles têm procurado compreender o fenômeno. Estudar a mente foi uma vez o domínio dos filósofos, alguns dos quais ainda acreditam que o assunto é inerentemente incognoscível. Porém, os neurocientistas estão tendo progressos no desenvolvimento de uma verdadeira ciência do “eu”.
Cogito ergo sum
Um conceito difícil de definir, a consciência tem sido descrita como o estado de estar acordado e ciente do que está acontecendo ao seu redor, e de ter um senso de si mesmo. O filósofo francês René Descartes propôs no século XVII a noção de “cogito ergo sum” (“Penso, logo existo”), a idéia de que o simples ato de pensar sobre a própria existência prova que há alguém lá para fazer o pensamento.Descartes também acreditava que a mente era separada do corpo material – um conceito conhecido como dualidade corpo-mente – e que estes reinos interagem na glândula pineal do cérebro. Os cientistas céticos rejeitam a última idéia.Enquanto abordagens filosóficas podem ser úteis, os cientistas dizem que elas não constituem teorias de consciência testáveis. “A única coisa que sei é: ‘Eu estou consciente’. Qualquer teoria tem que começar com isso”, afrima Christof Koch, neurocientista e diretor científico do Instituto Allen para a Neurociência, em Seattle (EUA).
Correlatos da consciência
Nas últimas décadas, os neurocientistas começaram a atacar o problema da compreensão da consciência de uma perspectiva baseada em evidências. Muitos pesquisadores têm tentado descobrir neurônios ou comportamentos específicos que estão ligados a experiências conscientes.Recentemente, pesquisadores descobriram uma área do cérebro que atua como uma espécie de interruptor para o cérebro. Quando esta região, chamada de claustro, é estimulada elétricamente, o paciente fica inconsciente instantâneamente. Na verdade, Koch e Francis Crick, o biólogo molecular que ficou famoso ao ajudar a descobrir a estrutura de dupla hélice do DNA, já haviam proposto a hipótese de que esta região poderia integrar informações entre diferentes partes do cérebro, como o maestro de uma sinfonia.Contudo, segundo Koch, procurar conexões neurais ou comportamentais para a consciência não é suficiente. Por exemplo, tais ligações não explicam por que o cerebelo, a parte do cérebro que coordena a atividade do músculo, não dá origem à consciência, enquanto que o córtex cerebral (a camada mais externa do cérebro) dá. Isto acontece mesmo que o cerebelo tenha mais neurônios do que o córtex cerebral.
Leia mais;A consciência não está no cérebro
Estes estudos também não explicam como dizer se a consciência está presente ou não, como no caso de pacientes com lesão cerebral, outros animais ou mesmo computadores.De acordo com Koch, a neurociência precisa de uma teoria da consciência que explique o que este fenômeno é e que tipos de entidades o possuem – e, atualmente, existem apenas duas teorias que a comunidade científica leva a sério.
Informação Integrada
O neurocientista Giulio Tononi, da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), desenvolveu uma das teorias mais promissoras para a consciência, conhecida como teoria da informação integrada, na qual Koch também trabalhou, em parceria com Tononi.
Entender como o cérebro produz o material de experiências subjetivas, tais como a cor verde ou o som das ondas do mar, é o que o filósofo australiano David Chalmers chama de “problema difícil” da consciência. Tradicionalmente, os cientistas têm tentado resolver este problema com uma abordagem que vai de baixo para cima, um tipo de processamento de informação baseado em dados vindos do meio ao qual o sistema pertence para formar uma percepção. “Você pega um pedaço do cérebro e tentar espremer o suco de consciência [dali]”, explica o diretor científico do Instituto Allen. “Mas isso é quase impossível”.Em contraste, a teoria de informação integrada começa com a própria consciência e tenta trabalhar de marcha ré para entender os processos físicos que dão origem a este fenômeno. A idéia básica é que a experiência consciente representa a integração de uma grande variedade de informações e que esta experiência é irredutível. Isto significa que quando você abrir os olhos (supondo que você tenha uma visão normal), você não pode simplesmente optar por ver tudo em preto e branco, ou ver apenas o lado esquerdo de seu campo de visão.
Em vez disso, seu cérebro tece perfeitamente em conjunto uma rede complexa de informações dos sistemas sensoriais e processos cognitivos. Vários estudos têm mostrado que é possível medir o grau de integração utilizando técnicas de estimulação cerebral e de gravação.A teoria da informação integrada atribui um valor numérico, “phi”, ao grau de irredutibilidade. Se o phi é zero, o sistema é redutível a suas partes individuais, mas se o phi é alto, o sistema é mais do que apenas a soma de suas partes. Este sistema explica como a consciência pode existir em diferentes graus nos seres humanos e em outros animais. A teoria incorpora alguns elementos do pampsiquismo, a filosofia de que a mente não está presente apenas em humanos, mas em todas as coisas.
Um corolário interessante da teoria da informação integrada é que nenhuma simulação de computador, não importa o quão fielmente replica uma mente humana, jamais poderia tornar-se consciente. Koch colocar desta forma: “Você pode simular o tempo em um computador, mas ele nunca vai ficar ‘molhado’”.
Espaço de trabalho global
Outra teoria promissora sugere que a consciência funciona um pouco como a memória do computador, que pode lembrar e manter uma experiência mesmo depois dela ter passado. Bernard Baars, neurocientista doInstituto de Neurociências de La Jolla, Califórnia (EUA), desenvolveu esta teoria, que é conhecida como a teoria do espaço de trabalho global. Tal idéia é baseada em um conceito antigo de inteligência artificial chamado de quadro negro, um banco de memória que diferentes programas de computadores possuem.Qualquer coisa, desde a aparência do rosto de uma pessoa a uma memória de infância pode ser reproduzida na lousa do cérebro, onde a informação pode ser enviada para outras áreas do cérebro que irão processá-la. De acordo com a teoria de Baars, o ato de transmissão de informações no cérebro a partir deste banco de memória é o que representa a consciência.
A teoria do espaço de trabalho global e a teoria da informação integrada não são mutuamente excludentes, diz Koch. As primeira tenta explicar em termos práticos se algo é consciente ou não, enquanto a segunda procura explicar como a consciência funciona de forma mais ampla. “Neste momento, ambas podem ser verdade”, conclui.
Fonte;[LiveScience]
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CONCLUSÃO;
Não há, até o momento, nenhuma explicação, plenamente satisfatória, para o mecanismo de formação da consciência. O modelo do computador, conquanto talvez válido para explicar a memória, revelou-se insatisfatório em relação à consciência, posto que a máquina, além de não criar nem “sentir”, não atende a outros requisitos necessários para explicar a característica unitária da consciência, a qual se expressa pela fusão, durante um período variável de tempo, de todas as nossas percepções, pensamentos e emoções.Sem essa unidade, sem essa fusão, a pessoa não experimenta, à medida que “vivencia” as múltiplas experiências do dia a dia, a sensação de individualidade, de ser um ser uno e indivisível. E é precisamente isso que a consciência representa : individualidade, subjetividade. O “eu”, o “self”. Portanto, temos ainda um longo caminho a percorrer para atingirmos um conhecimento mais pleno a respeito do assunto em pauta. Particularmente, temos de tentar entender o mencionado mistério : de que forma coisas intangíveis, como pensamento e consciência, são construidas à partir de elementos detectáveis e mensuráveis, como fases condensadas, atividade elétrica e neurotransmissores ? É possível, assim esperamos, que o “gap” entre o concreto e o abstrato possa vir a ser, um dia, preenchidos. Talvez quando a interrelação entre determinados fenômenos quânticos e biológicos for totalmente compreendida.
Mônica F De Jardin
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Referências Bibliográficas;
Bloom, F. E. and Lazerson, A. 1988. Brain, Mind and Behavior. W. H. Freeman Co. New york
Bogen, J. E. (1995). On the Neurophysiology of Consciousness. Consciousness and Cognition, 4:1, 52-62
Cottingham, J. (1995). Dicionário DESCARTES. Edição em lingua portuguesa. Zahar Editora. Rio de Janeiro.
Dennett, D. (1991). Consciousness Explained. Back Bay Books. New York.
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