PODEMOS CONFIAR NA TECNOLOGIA DO FUTURO?
Grifos em Negrito;Mônica F De Jardin
È bastante comum imaginar como será o futuro e fazer conjecturas do que podemos esperar daqui algumas décadas (quem sabe finalmente carros voadores ou hoverboards?). Hoje, já temos várias tecnologias emergentes que serão aprimoradas nos próximos anos e que até 2050 devem se popularizar imensamente.Se já tivemos tantas mudanças significativas nos últimos 35 anos, é no mínimo empolgante idealizar as novidades até 2050 – apesar de algumas perspectivas também serem um tanto sinistras também. Inúmeros especialistas fizeram previsões desse iminente futuro com base na tecnologia atual e têm alguns palpites, como vamos conferir logo abaixo:
1 – A ascensão da energia solar
A energia solar já existe há tempos, porém não é algo tão popular. Felizmente, o custo médio dos painéis solares tem diminuído bastante com o passar dos anos. Por exemplo, nos Estados Unidos um painel por watt custava aproximadamente US$ 75 em 1972, valor que hoje é de somente alguns dólares.De acordo com pesquisas da Agência Internacional de Energia (IEA), é esperado que até 2050 os painéis solares sejam capazes de gerar 27% da energia total do mundo, tornando-se assim a nossa principal fonte de energia no planeta (fonte de eletricidade que também é considerada bastante limpa). Se isso se concretizar, aproximadamente 6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono poderiam ser evitadas todos os anos.(Isso vai fazer realmente a diferença em nosso futuro,pois a energia limpa é uma das grandes soluções para a sobrevivência do planeta;resta sabermos se não vai virar outro cartel de empresas)
2 – Um trilhão de sensores conectados à internet
Para ela se tornar realidade, é necessário que a internet esteja muito mais presente em nossas vidas do que hoje. Como o custo dos sensores tem diminuído e a demanda por eles tem aumentado, é cogitado que até 2025 mais de 1 trilhão de sensores se conectem à internet.A Internet das Coisas oferece um grande potencial para modificar as nossas vidas e só o tempo dirá se essas projeções realmente se confirmarão. Inclusive, especialistas prevêem que 10% da população mundial estará vestindo roupas com chips embutidos que se conectam à internet até 2022. Hoje já temos um bom leque de dispositivos vestíveis no mercado, incluindo relógios inteligentes, pulseiras e óculos que se conectam à web.(Tudo isso é um modo de monitoramento e fornecimento de dados,não tenham dúvida;até onde isso nos ajuda ou ajuda “eles”?)
3 – O primeiro carro feito em impressão 3D entrará em produção
A demanda de impressoras 3D tem crescido muito desde o lançamento das primeiras versões desses aparelhos. Por exemplo, em 2014, mais de 130 mil impressoras 3D foram vendidas em todo o mundo, um aumento de quase 70% em relação aos números de 2013 (quantia que deve subir ainda mais em 2016).Conforme as impressoras 3D ficam mais poderosas e baratas, novas aplicações surgem para esses equipamentos. Algumas empresas já estão utilizando a tecnologia para criar protótipos de automóveis, imprimindo peças específicas de veículos. A Audi exibiu recentemente um carro de tamanho diminuto criado pelas suas impressoras 3D de metal. A empresa Local Motors já disse que vai fabricar um automóvel completo e em tamanho real somente através de impressão 3D nos próximos anos – inclusive, vários protótipos já foram criados.
4 – Os celulares implantáveis serão realidade
Estar constantemente conectado pode adquirir um significado completamente diferente em 2025. De acordo com especialistas, é provável que nos próximos dez anos o primeiro celular implantável esteja comercialmente disponível em grande escala. O aparelho (que consistirá básicamente em um chip mais robusto) será capaz de monitorar vários dados do indivíduo, permitindo que o usuário se comunique através de ondas cerebrais ou sinais verbais.Já existem alguns dispositivos implantáveis atualmente, como os marca-passos, porém o chip em questão trará muitas outras possibilidades, já que poderá se conectar à internet. Resta-nos saber se as pessoas realmente adotarão tal aparelho, principalmente por esse ser um material não natural que emite ondas eletromagnéticas.(Este é um perigo latente entre as tecnologias do futuro próximo;permitiremos que sejamos monitorados com a desculpa das facilidades,rapidez e seguraça?pode acreditar,mais o admirável mundo novo de George Orwell está batendo em nossa porta)
5 – Quase todo o planeta estará conectado
É esperado que até 2050 praticamente todas as pessoas do mundo se conectem facilmente à internet. Indivíduos de países em desenvolvimento estão entrando em contato pela primeira vez com a rede através de smartphones e de tablets – e não pelos computadores. Atualmente, aproximadamente 40% da população mundial tem acesso à web.Empresas como Google e Facebook têm projetos variados para conectar populações de porções remotas do mundo (como os drones que distribuem internet na África) com o intuito de que elas também criem as suas próprias identidades digitais. Cogita-se que mais de 90% da população mundial terá um smartphone até 2025, permitindo o acesso rápido e fácil à rede, e que 97,5% se conecte em 2050 (o que será mais de oito bilhões de pessoas).(Mais uma vez, as gigantes da internet oferecendo serviços que podem ajudar ,mas também tem o preço de monitoramento e compartilhamento de dados, que é uma forma de manipular e induzir ao consumo)
6 – Um tradutor universal
Imagine se pudéssemos viajar para outros países e nos comunicar com a população local mesmo sem saber o idioma da região? De acordo com o jornal The Economist, os tradutores automáticos que vemosStar Trek têm tudo para se tornar realidade. No futuro, será permitido se comunicar com pessoas que não falem o mesmo idioma ao utilizar um equipamento semelhante a um par de óculos ou um app no telefone.Conforme as pessoas falam no idioma estrangeiro, traduções serão feitas simultaneamente (no caso dos óculos, será como se estivéssemos vendo as legendas de filmes). O inventor William Powell já fez um protótipo de tal equipamento, possibilitando que falantes do inglês e espanhol se comunicassem em tempo real. É esperado que até 2050 tecnologias desse tipo sejam aperfeiçoadas, livres de bugs, e permitam maior comunicação mundial;(Essa é uma tecnologia bastante útil, libertando as barreiras da língua, o que pode facilitar muito a comunicação e o entendimento entre as pessoas de várias nações…esperemos que se torne realidade em breve).
7 – Órgãos artificiais poderiam acabar com as filas de transplantes
De acordo com as estatísticas dos Estados Unidos, um entre 18 indivíduos morre no país esperando na fila por um transplante de órgão – realidade que também ocorre em outras proporções em vários países. Já existem tecnologias para ampliar a vida desses pacientes, porém nada substitui um órgão de fato.Emaproximadamente 35 anos, é cogitado que os laboratórios criarão soluções mais permanentes para as pessoas que aguardam ansiosamente nesses filas. Não será necessário esperar alguém morrer para você receber um órgão novo, pois eles serão fabricados nos próprios laboratórios. Já existem casos de bexigas totalmente artificiais que foram transplantadas em pacientes, e hoje eles estão bem e sem efeitos colaterais.Outros órgãos, como corações, já estão a caminho. O mais impressionante é que a tecnologia das impressoras 3D também pode entrar nesse procedimento, pois os cientistas poderão utilizar as células-tronco de um paciente para criar um órgão preciso e específico para ele. Esse processo envolve o crescimento de células-tronco no laboratório após removê-las do paciente para então utilizá-las na impressão 3D e criar a nova parte do corpo – tecnologia chamada de bioimpressão.(Todas essas tecnologias são fantásticas, na medida em que promove a qualidade de vida para pessoas que possuem comprometimento motor e de outras naturezas orgânicas;vamos torcer para que seja para todos e que não haja intuitos financeiros de alguns em jogo)
8 – Popularização de carros autônomos
As fabricantes de carros já planejam lançar na próxima década carros autônomos capazes de estacionar sozinhos, de acordo com o Instituto Milken. Os pesquisadores dizem que a grande maioria dos automóveis autônomos não terá nenhum comando realizado por seres humanos em 2035. Os veículos que se dirigem serão mais seguros e poderão eliminar os riscos de acidentes por erro humano, que passam da marca dos 90%.Além disso, os carros autônomos também vão contribuir para evitar o congestionamento e os engarrafamentos em cidades grandes. Segundo estimativas atuais dos Estados Unidos, esses modelos podem evitar mais de 30 mil mortes por ano, o que é um número bastante significativo. Os carros autônomos têm crescido consideravelmente no mercado e mais de 60% dos americanos já diz confiar plenamente em tais automóveis.Os carros elétricos também serão bem mais comuns em 2050, além de trazerem benefícios ao meio ambiente. De acordo com a Enel (maior companhia de energia da Itália), as produções de automóveis elétricos subirão para 7 milhões em 2020 e para 100 milhões em 2050, reduzindo em até 30% a emissão de CO2 nos transportes e diminuindo o consumo de combustíveis. O Rocky Mountain Institute diz que 50% dos carros dos EUA serão elétricos em 2050.(Mais uma tecnologia á favor do meio ambiente que pode ajudar na locomoção de milhões de pessoas por dia, além da energia limpa, a robótica (inteligencia artificial) entra com tudo para ficar e expandir sua atuação em todas as áreas da nossa vida.Será que chegamos finalmente na hora da revolução das máquinas?)
FONTES
TECH INSIDER
BUSINESS INSIDER
BIG THINK
********************************************************************************************CONCLUSÃO
O mundo atual está cada vez mais se apresentado como uma sociedade internacional da informação. Os desenvolvimentos recentes da Ciência da Computação têm-nos proporcionado inúmeras ferramentas, as mais diversas possíveis, que nos permitem, com grande facilidade, produzir, processar e disseminar globalmente os mais diversos tipos de informação. Sem dúvida, um dos exemplos de sucesso mundial mais evidente é o da Internet. Por meio dessa teia mundial de computadores, podemos ter acesso, de qualquer lugar do planeta a ela conectado, a informações nela colocadas por um usuário de qualquer outro ponto de conexão. A disseminação da informação em escala mundial tornou-se extremamente fácil e barata. Além disso, sobre a plataforma da Internet, inúmeros tipos de softwares foram desenvolvidos que facilitam enormemente a manipulação da informação. Dentre eles, podemos mencionar os conhecidíssimos correio eletrônico, os softwares de busca textual online (por exemplo, o google search), além de inúmeras aplicações que desenvolvem atividades de processamento de informações sobre a Internet, como as bibliotecas e livrarias eletrônicas.As inovações na área da Tecnologia da Informação estão nos atropelando a cada dia. Um dos exemplos de aplicação relativamente recente é a disponibilização, na página do google na Internet, de imagens de satélite e mapas, com incrível detalhamento, de qualquer ponto do planeta. Por meio de uma interface simples, o usuário pode selecionar gráficamente uma localização ou digitar o texto do endereço desejado, o que lhe permite ter acesso a imagens de satélite da localização, em variados graus de detalhamento, que possibilitam, inclusive, visualizar casas, carros e pessoas nas avenidas. Os avanços da comunicação móvel, da qual o exemplo mais conhecido é, sem dúvida, o da telefonia celular, permitem-nos um grau de conectividade pessoal sem precedentes na história. Podemos conversar com pessoas de qualquer ponto do planeta, a partir de qualquer lugar. Como se vê, os avanços da Ciência da Computação, que progride a olhos vistos, proporcionam-nos incontáveis facilidades no trato da informação. A todo momento, somos bombardeados com novas terminologias, siglas que representam novas tecnologias que agregam ainda outras funcionalidades à vida do dia-a-dia.Entretanto, existe um aspecto potencialmente negativo nesse progresso todo, que sómente recentemente tem sido analisado por especialistas, mas que já está mais “digerido” na doutrina dos países mais avançados tecnológicamente. Com os progressos nos meios tecnológicos de obtenção, processamento e disseminação das informações, torna-se cada vez mais possível o desrespeito ao princípio constitucional da intimidade, por meio do acesso ou utilização indevida de informações de cunho pessoal. Um exemplo simples, de atualidade real, é quantidade de informações pessoais que se disponibilizam na Internet, por exemplo,a mais famosa é o Facebook e por meio de notícias de jornais, de bancas realizadoras de concurso público e diversos tipos de bancos de dados públicos, as quais se tornam disponíveis públicamente a qualquer pessoa conectada à rede mundial.Essa facilidade moderna no trato das informações de caráter pessoal tem uma aplicação óbvia, de estreita vinculação com o potencial problema de desrespeito ao princípio da intimidade. À medida em que a sociedade dispõe de mais informações – e meios de processá-las e disseminá-las com eficiência – sobre os cidadãos da comunidade internacional, tornam-se mais factíveis os mecanismos de controle social. Assim, por exemplo, com relação á segurança pública,quando a prefeitura de uma cidade brasileira instala câmeras de vídeo escondidas nas partes mais violentas da região metropolitana, conectadas a receptores de vídeo remotamente instalados, observados por funcionários durante as 24 horas do dia, certamente tem-se o potencial de diminuir a criminalidade da região, em virtude do fator inibitório decorrente do fato de as pessoas saberem que estão sendo observadas em seus comportamentos públicos e, também, da possível atuação tempestiva do corpo policial, integrado ao mecanismo de vigilância. No mesmo sentido, quando se utilizam bancos de dados com informações específicas sobre as pessoas da comunidade internacional, torna-se possível, com o uso das modernas tecnologias de processamento de dados, realizar diversos tipos de levantamento de inteligência policial, no sentido de tornar mais efetiva a investigação criminal. É o caso, por exemplo, de uma base de dados com informações datiloscópicas digitais sobre a população de um dado país, o que tornaria possível a identificação rápida e efetiva de impressões digitais colhidas na cena do crime.Como se vê, com os progressos da Tecnologia da Informação, as aplicações em mecanismos de controle social – ou não – são as mais variadas possíveis. Entretanto, as possibilidades de abuso, decorrentes da potencial violação à intimidade das pessoas, são reais. Exemplos atuais seriam os questionamentos a respeito do possível abuso no uso das informações a respeito dos valores remuneratórios das pessoas, por exemplo, por companhias de crédito; a utilização indevida das informações de exames médicos, disponíveis na Internet sob proteção de senhas pessoais, por companhias de planos de saúde; os possíveis fornecimentos indevidos das informações relativas aos lançamentos das compras com cartões de crédito, também disponíveis online, a diversas empresas de outros segmentos; o possível fornecimento indevido de informações genéticas a companhias de seguro de vida e de saúde; a tendência ao uso de possíveis bancos de dados genéticos, construídos para identificação pessoal e investigação criminal, na obtenção de outros tipos de informação, como raça e potenciais doenças, o que poderia levar a discriminações;A situação torna-se ainda mais preocupante quando vislumbramos algumas tendências atuais de progresso da Tecnologia da Informação, como a tecnologia RFID – Radio Frequency Identification (Identificação por Radiofreqüência), o GPS – Global Positioning System (Sistema de Posicionamento Global), os Sistemas de Reconhecimento Facial, as tecnologias de Biometria e a Computação Pervasiva. O termo RFID é usado para descrever genéricamente um sistema de transmissão de uma identificação única de um objeto ou pessoa – contida em um microchip, instalado no substrato –, remotamente, por meio de radiofreqüência. Um processador lê a identificação e a transmite a um sistema computacional, sem a necessidade de intervenção humana. O GPS, já bastante conhecido, é um sistema de navegação e posicionamento preciso, que, com o uso de uma constelação de satélites e estações terrestres, permite determinar a posição de um receptor na superfície da Terra ou em órbita. Sistemas de Reconhecimento Facial são softwares que permitem a identificação automática de uma pessoa por meio da comparação de uma imagem dela obtida com uma base de dados de imagens pessoais. Mais genéricamente, a Biometria é um conjunto de técnicas que permitem a identificação automática de pessoas por meio da obtenção de medidas de características biológicas, fisiológicas ou comportamentais. Por sua vez, a Computação Pervasiva consiste em dotar o ambiente físico – por exemplo, uma casa –, por meio de pequenos processadores embutidos nos objetos, de capacidade computacional, tornando-o inteligente e permitindo-lhe interagir com os seres humanos, com obtenção, inclusive, de informações de caráter pessoal do usuário.Percebe-se que as possibilidades de obtenção, processamento e disseminação de informações pessoais, de acordo com esse cenário, tornam-se excepcionalmente elevadas, o que nos permite afirmar que estamos nos dirigindo a um modelo de sociedade em que são enormes e reais as possibilidades de uso indevido de informações de caráter pessoal, com violação do princípio constitucional da intimidade. Alguns passos além nesse cenário aterrador podem ser proporcionados por pesquisas científicas ainda mais recentes, como as Tecnologias de Leitura de Mente (Mind-Reading). Se congregarmos todas essas tecnologias, poderíamos falar na construção de uma sociedade hiper-informacional, em que a disponibilidade de trato – obtenção, processamento e disseminação – de informações pessoais dos cidadãos seriam muito elevadas, o que poderia anular o consagrado princípio da intimidade.Tornada disponível uma dada tecnologia útil, é de conhecimento comum, conforme comprovam os inúmeros exemplos históricos, que é muito difícil prevenir seu uso. Deve-se tratar então, não de proibi-la, mas de disciplinar sua utilização, para que não seja empregada de forma abusiva.
Consultoria e colaboração;Laerte Ferreira Morgado;Engenheiro de Computação pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. Mestre em Engenharia Elétrica pela Unicamp. Acadêmico de Direito da Universidade de Brasília – Unb. Analista de Controle Externo do Tribunal de Contas da União – TCU 2000/2009. Consultor Legislativo do Senado Federal
*************************************************************************************************************
Nota:Biblioteca Virtual–CONSULTE NOSSO CANAL DE VÍDEOS
Divulgação: A Luz é Invencível
A “Luz é Invencível” tem por norma não publicar links que não estejam ligados ao texto postado.Pedimos a compreensão de todos, e para qualquer dúvida, temos nossa caixa de sugestões onde todos podem livremente fazer suas colocações que serão arquivadas para consultas posteriores.
Nós agradecemos a compreensão de voces.
Nenhum comentário:
Postar um comentário