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sexta-feira, 8 de novembro de 2013
ESTRANHOS RAIOS CÓSMICOS ATINGEM A TERRA NO HEMISFÉRIO SUL:
Estranhos Raios Cósmicos estão atingindo a Terra nos céus do Hemisfério sul
Raios cósmicos similares foram vistos nos céus do norte também, ainda não sabemos de nenhuma fonte próxima o suficiente na galáxia para produzir este padrão de energia cósmica. ”Nós não sabemos de (a fonte) onde eles estão vindo”, diz Stefan Westerhoff da Universidade de Wisconsin-Madison.
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@gmail.com
Os raios cósmicos que estão colidindo com a Terra sobre o Pólo Sul parecem estar vindo de locais específicos do espaço, ao invés de serem distribuídos uniformemente no céu.
Por Anil Ananthaswamy
FONTE: http://www.newscientist.com/
Westerhoff e seus colegas usaram o Observatório de Neutrinos Ice Cube localizado no Pólo Sul para criar o mapa mais completo até a presente data da direção de chegada dos raios cósmicos nos céus do hemisfério sul.
O Observatório Ice Cube detecta múons produzidos por neutrinos atacando o gelo, mas também detecta múons criados por raios cósmicos que atingem a atmosfera terrestre. Estes múons podem ser usados para se descobrir a direção de onde provêm os raios de partículas cósmicas original.
Bom mistério
Entre maio de 2009 e maio de 2010, o observatório IceCube detectou 32 bilhões de Múons dos raios cósmicos, com energia média de cerca de 20 tera eléctron-volts (TeV). Esses múons revelam, com altíssima significância estatística, um céu com algumas regiões do sul com excesso de raios cósmicos (“lugares quentes”) e outros com um déficit de raios cósmicos (“lugares frios”).
Observatório de Neutrinos Ice Cube localizado no Pólo Sul
Nos últimos dois anos, um padrão semelhante de raios cósmicos foi visto nos céus do hemisfério norte pelo Observatório Milagro de Los Alamos, Novo México, e o Observatório Tibet Air Shower Array em Yangbajain. ”É interessante que o padrão pode ser combinado entre [esses experimentos], pelo menos qualitativamente.
Eles têm técnicas muito diferentes e efeitos sistemáticos”, diz o físico em raios cósmicos Paul Sommers, da Universidade Estadual da Pennsylvania em University Park. ”Eu considero esses locais “quentes” (onde há abundância de raios cósmicos) como um bom mistério.”
O Observatório Tibet Air Shower Array em Yangbajain
É um mistério porque os pontos de origem desses raios cósmicos deveriam ser produzidos dentro da distância de cerca de 0,03 anos-luz da Terra, isso é muito perto em termos galácticos. Com pontos de origem mais distantes, os campos magnéticos galácticos devem desviar as partículas de tal forma que os hotspots estariam espalhados por todo o céu. Mas nenhuma dessas fontes que emitem os raios cósmicos são conhecidas.
Funil Cósmico
Um dos pontos de origem visto pelo observatório IceCube fica na direção do remanescente da explosão de uma supernova, na Constelação de Vela, uma possível fonte de raios cósmicos, mas esta a quase 1000 anos-luz de distância da Terra. Os raios cósmicos provenientes de tais grandes distâncias devem ser constantemente atacadas e desviados por campos magnéticos galácticos em sua rota, e devem, assim, perderem toda a direção no momento em que chegam à Terra. Em outras palavras, com raios cósmicos vindos de fonte de longa distância parecem vir de todas as partes do céu. E não é isso que tem sido observado.
O Observatório de Milagro também viu pontos que parecem vir de fontes distantes serem implausível.Como explicação, Felix Aharonian do Instituto de Estudos Avançados de Dublin, na Irlanda e seus colegas sugeriram que poderia haver um “tubo” de linhas de campo magnético que se estende entre a fonte e o nosso sistema solar, convergindo os raios cósmicos na nossa direção. No entanto, Aharonian admite que a teoria é altamente especulativa.
Observatório de Raios Cósmicos Milagro de Los Alamos, Novo México
Outros propuseram que um fenômeno local chamado reconexão magnética – em que as linhas de campo magnético solar cruzam e se reorganizam, convertendo a energia magnética em energia cinética – pode estar acelerando raios cósmicos locais de energia na escala TeV e irradiando-os em direção à Terra, criando os pontos “quentes” observado.
“Isso implicaria que então teríamos uma Tevatron no sistema solar“, diz Aharonian, referindo-se ao acelerador de partículas do Fermilab, em Batavia, Illinois. “Isso também é uma hipótese louca, mas pelo menos é menos louca do que outras explicações.”
A equipe de Westerhoff apresentou seus resultados no recente encontro da Sociedade Física Americana em Anaheim, Califórnia, no último ano, em 30 de Abril.
Permitida a reprodução desde que mantido na formatação original e mencione as fontes.
www.thoth3126.com.br
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