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domingo, 29 de julho de 2012

OS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS, PARTE 5:

Os Cavaleiros Templários – Parte 5

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De forma bastante resumida, o que foi dito até agora é a história oficial do inicio e fim da ordem dos templários, muitos historiadores a reconhecem como a versão final, porém nossas pesquisas nos levaram a caminhos diferentes a partir de agora.

Caro leitor, tudo o que for escrito aqui, para muitos terá uma nova dimensão. Pois a história se torna mais difusa, e mais provocativa e agora o leitor será apresentando com mais profundidade sobre temas, como Baphomet e Graal.

Ainda durante a existência da ordem dos templários, os mesmos viviam sobre o mito de serem magos, feiticeiros e adeptos dos segredos da alquimia. Muitas pessoas os repreendiam como no caso do Papa Inocêncio III, que os reprendeu explicitamente por práticas de necromancia (lembram do Gole?). Por outro lado, haviam pessoas que os elogiavam como os mais destemidos e fanáticos guerreiros. No fim do séc. XII, Wolfran von Eschenbach visitou o Ultramar, a fim de conhecer a ordem em ação, e por volta de 1195 e 1220 o maior dos romancistas, compôs um romance épico "Parzival", na qual ele exalta a ordem como detentora do cálice sagrado.

O mito que envolveu a ordem sobreviveu a mesma, segundo os últimos registros sobre a ordem, enquanto o ultimo Grão Mestre, Jacques de Molay, era queimado  em Março de 1314, dizem-se que enquanto o fogo e a fumaça o consumiam - de acordo com a tradição ele chamou seus acusadores Clemente o Papa e o rei Felipe - para se juntarem com ele e se apresentarem diante de Deus para ver quem teria razão, naquele mesmo ano.
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O Papa Clemente morreu um mês depois de diarréia aguda, e no fim daquele mesmo ano, o rei Felipe morreu também de causas obscuras até hoje. Não há motivos para explicações sobrenaturais nesse caso (porém até caberia). Pois era conhecido de todos que os templários aprenderam muitas técnicas de venenos para serem utilizados em flechas, a durante essa perseguição haviam pessoas simpáticas as causas templárias em diversas camadas da sociedade para executar a vingança.

Entretanto, a aparente concretização da praga do grão mestre deu crédito a crença geral nos poderes ocultos da ordem. Mas a praga de Jacques de Molay não parou ai, projetando ainda infortunos, nas gerações futuras de toda a linhagem real da França e seus ecos, ainda encontram poderes místicos através dos séculos.

No séculos seguintes muitas fraternidades secretas e semi-secretas admiravam os templários como magos e iniciados místicos. Muitos maçons se consideram os próprios predecessores dos templários (sendo que muitos afirmam que eles descendiam da parte de construtores dos mesmos). Algumas afirmações são absurdas, porém tem uma certa validade, pois a ordem se manteve muito coesa na Escócia (e em Portugal).
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Em 1789, as lendas sobre a ordem tinha adquirido proporções místicas e sua realidade histórica foi obscurecida por uma aura romântica e mística. Eles eram conhecidos como adeptos do oculto e das artes alquímicas, "iluminados", magos e sábios além de mestres construtores, e verdadeiros conhecedores do oculto - quase super homens embutidos de um incrível e misterioso arsenal de poder e conhecimento. Eram tidos também como heróis e mártires, anunciadores do espírito anti-clerical da época, muitos maçons ao conspirarem contra Luix XVI sentiam-se ajudando a implementar a praga lançada por Jacques de Molay sobre a linhagem real francesa.

Dizem que quando a cabeça do rei caiu dentro do cesto após sua decapitação pela guilhotina, um homem desconhecido subiu ao cadafalso. Ele teria mergulhado sua mão no sangue do monarca e respingado sangue na multidão e gritando aos berros: "Jacques de Molay! tu estais vingado",

Após os eventos da revolução francesa, muitas lojas maçônicas adotaram o grau templário e afirmam possuir uma genealogia que remonta desde 1314 (caso desejem, tentaremos postar).

No fim do séc. XIX, uma sinistra ordem que reclamava para si o título de Ordem dos novos templários se estabeleceu na Alemanha e na Áustria, e de dentro desse movimento nasceu um partido ao qual seu emblema era uma cruz suástica, ao qual conhecemos como partido NAZI.
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Figuras como H.P Blavatsky (veja a Parte 14 da série para entender mais) fundadora da teosofia e Rudolf Steiner afirmavam ser uma antiga tradição esotérica que retrocedia através dos séculos pelos rosas cruzes até os cátaros e os templários. Nos EUA adolescentes são admitidos na Sociedade De Molay, sem eles ou seus mentores, não tem grandes noções sobre a origem do nome, como na Inglaterra assim como em outros lugares. No Ocidente, os Rotary Clubes reconditos, se dignificam com o nome templário e incluem figuras públicas eminentes.

Lá no reino celeste que sonhou conquistar com sua espada, o mundo de Hugues Payen deve agora olhar com certa perplexidade para os cavaleiros de hoje - calvos, barrigudos de óculos - que ele engredou. Deve também estar impressionado com a durabilidade e a vitalidade do seu legado.

Continua…

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