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quinta-feira, 1 de março de 2012

O OUTRO LADO DA DOENÇA....

O outro lado da doença

A maioria das pessoas encara uma doença como se fosse uma provação ou até mesmo um castigo dos deuses. Batemos na madeira, nos benzemos dez mil vezes, passamos por baixo do arco-íris se preciso for… Fazemos de tudo para evitar doença – xô xô xô! Pelo menos tentamos.
Sim, porque as doenças em geral exigem que mudemos a nossa rotina, que tenhamos despesas extras com consultas médicas, medicamentos, tratamentos, etc e, dependendo do caso, que até deixemos de trabalhar por alguns dias. E, tudo isso é muito incômodo, penoso até, porque gastar é complicado e mudar é mais ainda.
É claro que ter saúde é o ideal de qualquer um de nós. Para se viver bem, ter equilíbrio emocional, muita disposição para enfrentar esse nosso dia-a-dia recheado de estresse e dar conta das nossas incontáveis incumbências multidisciplinares, é preciso, antes de qualquer coisa, ter saúde. De nada adianta termos uma situação profissional e financeira estável, uma casa bem montada, um relacionamento maravilhoso se não tivermos saúde. Saúde é fundamental, é básica, vem em primeiro lugar.
Mas aí, quando do alto das nossas vidas super bem organizadas, com tudo funcionando como manda o figurino, nos deparamos com uma doença, a nossa primeira reação é nos sentirmos vítimas, às vezes até nos revoltar ou achar que não merecíamos aquilo de forma alguma. De repente, a vida da gente vira de cabeça para baixo, perdemos o chão, as cartas se embaralham, e só nos resta apontar o dedo para quem veio tirar o nosso bendito sossego: a famigerada doença!
Mas será que as doenças só aparecem para nos dar despesas, desmanchar a nossa vida arrumadinha e nos tirar do sério? Será mesmo? Será que todo esse incômodo não teria nenhum objetivo útil? Ou será que viria para nos mostrar alguma coisa, que de outra feita jamais perceberíamos?
Vivemos num tempo em que cada vez mais se consolida o entendimento de que a doença tem um outro lado: o de chamar a atenção do doente para aspectos da sua personalidade que precisam de aperfeiçoamento. Ou seja: a doença provoca toda uma revolução na vida do doente para lhe dizer que há alguma coisa na sua vida que precisa de reformulação. Exatamente por isso, vem com força e fazendo tanta arruaça. Mas é preciso afinar os sentidos para entender a mensagem que a doença vem trazer.
Profissionais de saúde consagrados internacionalmente, como por exemplo o dr. Deepak Chopra, a dra. Candace B. Pert, o médico e psicoterapeuta Rudiger Dahlke, o psicólogo Thorwald Dethlefsen, a filósofa Louise Hay, o dr. Edward Bach, entre outros, através das suas obras vêm lançando luz sobre esse assunto que ainda não é compreendido em toda a sua dimensão pela grande maioria.
O dr. Rudiger Dahlke, em seu livro A doença como caminho afirma que a medicina convencional, apesar de oferecer soluções concretas e intervenções eficientes para os casos de emergência, falha no que diz respeito à cura das doenças, porque perdeu de vista que o ser humano é um todo composto pelo corpo e pela alma que, juntos, formam uma unidade.
O famoso médico inglês, dr. Edward Bach, descobridor do sistema de cura natural dos remédios florais, sustenta que o indivíduo adoece quando contraria o desejo da sua alma, ou seja, quando não ouve o seu coração.
Em seu best-seller Você pode curar a sua vida Louise Hay se aprofunda no tema e correlaciona os sintomas das mais variadas doenças à emoção e ao pensamento que os originaram.
Essa forma de entender a doença, aliás, não é bem o que se pode chamar de novidade. Na verdade, as medicinas tradicionais e milenares como a Medicina Ayurvédica (hindu) e a Medicina Chinesa interpretam as doenças como desequilíbrios da pessoa como um todo. A maneira como a pessoa sente, vê e vive a vida, como se relaciona, o tipo de trabalho que desempenha, o que realiza, assim como o que não consegue realizar… tudo isso entra na composição das variadas doenças que acometem o ser humano.
As medicinas tradicionais, assim como os experimentos e descobertas desses eminentes pesquisadores nos revelam que a dor que originou um câncer de estômago, por exemplo, na verdade, é uma dor que se instalou na alma e que não foi digerida. Assim como as doenças de pulmão expressam profundas tristezas. Da mesma forma que os problemas cardíacos surgem quando a pessoa não dá vazão aos seus sentimentos, não se atreve a demonstrá-los ou não ouve a voz do seu coração. E, por aí vai… a lista é grande.
O dr. Edward Bach afirmava que a experiência de cada indivíduo em relação a tudo o que lhe acontece é única, por isso, não existem doenças, mas sim doentes. O grande médico inglês dizia que era preciso tratar o doente e não a doença.
É por isso que nem todo mundo desenvolve câncer, fica diabético, hipertenso ou é contaminado por uma epidemia de gripe. Cada pessoa reage de forma diferente às mesmas doenças, que são causadas por fatores internos e, não externos.
Não existem fatos isolados. A vida é uma trama misteriosa e infindável, na qual estamos inseridos e conectados a tudo que existe. Absolutamente tudo, começando pelo nosso corpo que funciona em uníssono e, em conjunto com as nossas emoções e pensamentos. Somos conectados aos nossos semelhantes e ao meio ambiente, incluindo todos os reinos da natureza.
A maneira como funcionamos dentro dessa mega trama vai determinar o nosso padrão de saúde e os tipos de doença aos quais nos tornamos suscetíveis. Afinal, a doença faz parte da nossa trajetória em busca do equilíbrio. Para vencermos a doença, precisamos compreendê-la, para que possamos compreender a nós mesmos.
E a única forma de compreendermos a doença e ouvirmos a mensagem que ela vem trazendo para nós, é nos conectarmos profunda e sinceramente com tudo o que nos cerca, começando por nós mesmos.

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