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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

FAZER LUZ, SOB A ÓTICA ESPÍRITA:

Fazer  Luz...

* Referência: Capítulos do Livro Seara dos Médiuns – Chico Xavier/Emmanuel (FEB).
Objetivo: estudo de questões do Livro dos Médiuns (LM) de Allan Kardec.
Roteiro: Meditação – Leitura da Questão – Curiosidades.
(Meditação sobre o capítulo 11 – Fome e Ignorância)
Reunião Pública de 8-2-60
Questão LM no. 32 
Um rei viajou a negócios, confiando seu reino ao Grão-Vizir, e sua casa e filhos à adorada esposa, a Rainha. Durante uma caçada, uma grande tragédia ocorreu e ambos os filhos vieram a desencarnar.
A mãe dos rapazes entrou em profunda aflição. Primeiramente, perdera os dois filhos. Segundo, cabia-lhe dar a notícia ao Rei, seu marido.
Após todo um dia de tormento, sem saber como agir, foi procurar um grande mestre, em busca de conselhos. O mestre, ouvindo-lhe os tormentos, se colocou em oração e trouxe a palavra dos Devas para aquela mãe aturdida:
– Dois grandes flagelos da Humanidade são a fome e a ignorância. São algozes que mutilam, cada um com sua assinatura peculiar.
– A fome esgota o corpo, atormenta, protesta, aflige a hora que passa e grita sua desdita.
– A ignorância obscurece a alma, anestesia, ilude, ecoa longe no tempo e na distância e permanece desequilibrando, qual um quisto.
– Quem sofre pela fome, busca o pão com empenho, sabe sua necessidade, mostra-se, anuncia ao mundo sua dor.
– Quem sofre pela ignorância, desconhece sua própria carência de luz, vive indefinido, esconde-se e engana a si mesmo.
– Qualquer pessoa poderá saciar a fome de pão, de notícias e de carinho do Rei. Mas poucos poderão socorrê-lo na ignorância.
– Para saciar a fome, basta estender o pão. Para extinguir a ignorância, é indispensável fazer luz.
A Rainha agradeceu a orientação e se recolheu para meditar nas palavras ouvidas.
***
E o Rei retornou, cheio de saudades e presentes. Encontrou a esposa com ar triste e logo perguntou o que houve, onde estavam seus filhos, quais eram as notícias.
– Meu Rei, antes de trazer as notícias, preciso de um conselho seu em assunto muito grave. Ocorre que peguei emprestadas duas lindas jóias em um reino vizinho. Apaixonei-me pelas jóias. São incomparáveis. Mas o dono solicitou-me devolver e eu não quero. Que devo eu fazer?
– Devolvê-las! – disse o Rei. Não são suas! Nada mais justo que entrega-las de volta.
– Mas, não consigo!
Sinto imensa dor só em pensar que estarei separada delas! O coração me salta a boca, meu corpo parece desfalecer.

– Que bobagem, mulher! O que não nos pertence, deve voltar ao dono por direito. Dê-me sua mão e eu te ajudarei a devolver estas jóias. Sempre teremos um ao outro.
– Na verdade, meu Rei, as jóias já foram devolvidas … – E, abraçados, eles choraram longamente.
***
Se o pão multiplicado por Jesus nada exigiu para lenir a fome, a luz entregue pelo Senhor nos exige, ainda hoje, uma perseverança incansável no serviço do bem, com espírito de amor e sacrifício.
Valendo-nos, pois, da conceituação que a fome e a ignorância nos sugerem, concluímos que, na Doutrina Espírita, não nos bastam aqueles amigos que nos mostrem médiuns e fenômenos, para dissipar-nos a inquietação da fome de ver, mas, acima de tudo, precisamos dos companheiros valorosos, com atitude e exemplo, que nos arranquem ao comodismo da ignorância, para ajudar-nos a discernir.

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