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sexta-feira, 15 de julho de 2011

DÍZIMO, A VERDADE SOBRE A LEI DO DÍZIMO, QUE JAMAIS DEVERÁ SER PAGO EM DINHEIRO, QUE SE CUIDEM OS FALSOS PROFETAS (PASTORES EVANGÉLICOS!!!)

DÍZIMO: COSTURANDO O VÉU DO SANTUÁRIO

Quantas vezes ouvimos dizer que devemos ser fiéis dizimando, para que prosperemos? Se um crente está em dificuldade financeira, logo é acusado de não dizimar. O que vemos, entretanto, são fiéis entregando 10% de seus salários para os pastores e, mesmo assim, permanecendo em sua condição miserável. Por que trabalhadores assalariados entregam o dízimo de seus proventos, deixando muitas vezes de pagar suas contas e seus filhos em falta, e nunca prosperam, mas vivem desempregados e endividados?
Vejamos, pois, a resposta que as Escrituras Sagradas nos dão para tal controvérsia. Para que entendamos o real significado do dízimo, devemos compreender sua definição, contexto histórico e social e finalidade. A princípio, deve-se ter em mente que o dízimo fazia parte da Lei Levítica, ligada ao antigo sacerdócio. "Todos os dízimos da terra, seja dos cereais, seja das frutas das árvores, pertencem ao Senhor; são consagrados ao Senhor. Se um homem desejar resgatar parte do seu dízimo, terá que acrescentar um quinto ao seu valor. O dízimo dos seus rebanhos, um de cada dez animais que passem debaixo da vara do pastor, será consagrado ao Senhor” (Levítico 27:30-32).


DÍZIMO EM DINHEIRO? E QUEM O COME?




Como visto, o dízimo era pago em alimentos, fossem da terra ou dos rebanhos, diferentemente de hoje, que é cobrado em dinheiro. Temos, assim, uma grande divergência. Será que na época não havia dinheiro? O livro de Gênesis, anteriormente à instituição do dízimo, relata Avraham (Abraão) pagando pela sepultura da esposa em moeda corrente. “Então Avraham se inclinou diante do povo da terra, e falou a Efrom, aos ouvidos do povo da terra, dizendo: Se te agrada, peço-te que me ouças. Darei o preço do campo; toma-o de mim, e sepultarei ali o meu morto. Respondeu Efron a Avraham: Meu senhor, ouve-me. Um terreno do valor de quatrocentos siclos de prata! que é isto entre mim e ti? Sepulta, pois, o teu morto. E Avraham ouviu a Efron, e pesou-lhe a prata de que este tinha falado aos ouvidos dos filhos de Hete, quatrocentos siclos de prata, moeda corrente entre os mercadores” (Gênesis: 23:12-16). Como Avraham era estrangeiro, peregrino na terra onde se encontrava, teve que comprar uma terra para ali sepultar Sarai, apesar de Efron não querer receber a princípio, e o fez em moeda corrente, ou seja, prata, dinheiro. Tem-se, desta forma, que o Eterno só queria como dízimo alimentos e não dinheiro, pois que este já existia e não foi pedido.
Os sacerdotes ficavam em tempo integral a serviço do santuário, oferecendo ali sacrifícios pelos pecados do povo e, por isso, não podiam trabalhar. Dedicavam todo o seu tempo ao Senhor. Em virtude disso, não tinham com que se sustentar, comendo das ofertas que apresentavam e dos dízimos. Além deles, também os outros levitas se beneficiavam dos alimentos que eram dizimados, dado que também participavam do serviço do Santuário. Mas por que não recebiam o dízimo em dinheiro? “Mas procurarão o local que o Senhor, o seu Elohim (D-us), escolher dentre todas as tribos para ali pôr o seu nome para sua habitação. Para lá vocês deverão ir e levar holocaustos e sacrifícios, dízimos e dádivas especiais, o que em voto tiverem prometido, as suas ofertas voluntárias e a primeira cria de todos os rebanhos. Ali, na presença do Senhor, do seu Elohim, vocês e suas famílias comerão e se alegrarão com tudo o que tiverem feito, pois o Senhor, o seu Elohim, os terá abençoado” (Deuteronômio 12:5-7). Assim, os sacerdotes, levitas e suas famílias comiam das ofertas e dízimos. Além disso, vale lembrar que a tribo de Levi não teve parte na divisão das terras e, portanto, necessitava de ajuda. “E regozijem-se ali perante o Senhor, o seu Elohim, vocês, os seus filhos e filhas, os seus servos e servas e os levitas que vivem nas cidades de vocês, por não terem recebido terras nem propriedades” (Deuteronômio 12:12).


POR QUE O DÍZIMO FICA SOMENTE COM O PASTOR?





Outro fato importante a ser lembrado é que os levitas, sejam quais fossem suas atribuições no Santuário, comiam do dízimo oferecido. É comum imaginar levitas como apenas músicos, o que seria o ministério de louvor atual, mas várias eram as funções dessa tribo na Casa do Pai.
·         Arquitetos, construtores, secretários ( 2 Crônicas 34:8-13);
·         Cantores e Músicos ( 1 Crônicas 25:1-31; 2 Crônicas 5:12; 34:12);
·         Escribas, escrivães, oficiais e porteiros ( 1 Crônicas 2:55; 2 Crônicas 34:13);
·         Juízes ( Deuteronômio 17:8-9; 21:5; 1 Crônicas 23:4; 2 Crônicas 19:8);
·         Professores ( Deuteronômio 24:8; 33:10;  2 Crônicas 35:3; Neemias 8:7).
Em virtude do serviço, partilhavam do dízimo, que não ficava somente com o sacerdote. Atualmente, nas denominações, continuam a existir tais funções, que seriam a do pastor, ministério de louvor, professores das escolas bíblicas, secretários e obreiros. Se os pastores se entendem como sacerdotes e, por isso, dignos de receber o “dízimo” (só que em dinheiro, totalmente diferente do que mandava a lei), por que não o repartem com os demais ajudantes? Por que os outros têm de trabalhar em empregos que lhes deem salário e o pastor pode receber um salário para “trabalhar” para o Pai? Nota-se que não há cumprimento da lei em nenhum ponto, mas somente distorção bíblica visando ao lucro mensal, fazendo da obra do Eterno uma profissão assalariada.

DÍZIMO MENSAL? ISSO É BÍBLICO?





Há que se atentar também para o fato de que o dízimo não era dado mensalmente como ocorre nos dias atuais, mas, como a colheita era feita anualmente, assim deveria ser separada dela a décima parte. “Separem o dízimo de tudo o que a terra produzir anualmente” (Deuteronômio 14:22). Desta feita, deveriam comer na presença do Senhor. Caso estivessem longe do lugar escolhido, tinham a possibilidade de vender os animais e alimentos agrícolas e, com o dinheiro, comprar alimento para comer onde o Eterno houvesse ordenado. “Mas, se o local for longe demais e vocês tiverem sido abençoados pelo Senhor, pelo seu Elohim, e não puderem carregar o dízimo, pois o local escolhido pelo Senhor para ali pôr o seu Nome é longe demais, troquem o dízimo por prata, e levem a prata ao local que o Senhor, o seu Elohim, tiver escolhido. Com prata comprem o que quiserem: bois, ovelhas, vinho ou outra bebida fermentada, ou qualquer outra coisa que desejarem. Então juntamente com suas famílias comam e alegrem-se ali, na presença do Senhor, do seu Elohim. E nunca se esqueçam dos levitas que vivem em suas cidades, pois eles não possuem propriedade nem herança próprias” (Deuteronômio 14:24-27). Não cabe lugar para a compra de terras, carruagens, vestimentas, mas somente alimentos. O Senhor almejava, com o dízimo, prover alimentação para os que necessitavam, como sacerdotes e demais levitas. Além deles, também havia os excluídos sociais, como os estrangeiros, órfãos e viúvas. O Altíssimo nunca quis que ninguém passasse fome e, por isso, instituiu uma ajuda aos necessitados. “Ao final de cada três anos, tragam todos os dízimos da colheita do terceiro ano e armazene-os em sua própria cidade, para que os levitas, que não possuem propriedade nem herança, e os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem na sua cidade venham comer e saciar-se, e para que o Senhor, o seu Elohim, o abençoe em todo o trabalho das suas mãos” Deuteronômio 14:28-29).
Como visto, os sacerdotes recebiam do que necessitavam, não para a vaidade ou ostentação, mas para uma vida simples de serviço ao Rei, comendo do que os agricultores e pecuários dizimavam e ofertavam, partindo também com os levitas e necessitados. Naquela época, já existia dinheiro e muitos trabalhadores recebiam seus salários. Não lhes foi, todavia, exigido o dízimo do seu salário. Que profissionais seriam esses?

PROFISSIONAIS QUE NÃO DIZIMAVAM


·         Alfaiates (Êxodo 28:3; 35:25-26; II Reis 23:7; Proverbios 31:19; Atos 9:39)
·         Artesãos (Exôdo 31:3-5; 35:31-35; II Reis 16:10);
·         Caçadores (Gênesis 10:9; 25:27; Jeremias 16:16);
·     Carpinteiros (II Samuel 5:11; II Reis 12:11; II Crônicas 24:12; Esdras 3:7; Isaías 44.13; Mateus 13:55);
·         Coletores de impostos (Daniel 11:20; Mateus 10:3; Lucas 5:27);
·         Cozinheiros (I Samuel 8:13; 9:23-24);
·         Guardas (II Reis 22:4; 25:18; I Crônicas 15:23-24; Jeremias 35:4);
·         Mercadores (Gênesis 23:16; 37:28; I Reis 10:15; Neemias 13:20; Mateus 13:45) ;
·         Mestres-de-Obra (Rute 2:5-6; I Reis 5:16; II Crônicas 2:2,18; Mateus 20:8);
·         Músicos (I Reis 10:12; I Crônicas 6:33; 9:33; II Crônicas 5:12);
·         Ourives (Neemias 3:8, 31-32; Isaías 40:19; 41:7; Jeremias 10:9);
·         Padeiros (Gênesis 40:1-2; Jeremias 37:21; Oséias 7.4);
·         Pescadores (Isaías 19:8, Jeremias 16:16; Ezequiel 47:10; Mateus 4:18: 13:48; Lucas 5:2).
As Escrituras não relatam esses profissionais comprando alimentos para dar ao sacerdote. Não há que se exigir de uma pessoa o que ela não produz. O Eterno não fez isso.
Além desses, também pequenos proprietários não deveriam dizimar, uma vez que somente o décimo era entregue ao sacerdote. Quem possuísse menos de 10, portanto, estava isento do dízimo. Em suma, somente quem tivesse muitos bens dizimava, pois não era cobrado de quem vivia com simplicidade e não poderia pagar. Hoje, o que vemos, são pessoas que quase passam fome para pagar dízimo. Será que isso é correto? As Escrituras não dão apoio para tal pensamento.

TORCENDO MALAQUIAS



É muito comum em pregações a utilização do livro de Malaquias para forçar os membros a “dizimarem” com dinheiro, alegando que, se não o fizerem, estarão roubando o Pai. Vejamos o verso em que se fiam os pastores para tal: "Pode um homem roubar de Elohim? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos? ’ Nos dízimos e nas ofertas” (Malaquias 3:8). Esquecem-se, entretanto, de que a mensagem fica totalmente fora do contexto se lida somente com este verso. Já diz o ditado: “Texto sem contexto, é pretexto”. Satan também se utilizou de textos sem contexto, versículos isolados e distorcidos, para tentar o Salvador. Faz-se necessário, para não cair no mesmo engano, entender toda a mensagem. Para começar, a advertência que os líderes religiosos de hoje atribuem ao povo, foi dirigida aos sacerdotes. Será que os pastores não leram a mensagem toda? Tudo isso é preguiça ou cegueira espiritual? Ou ainda estelionato?
A palavra do Senhor contra os sacerdotes começa a ser relatada em Malaquias, capítulo 2. "’E agora esta advertência é para vocês, ó sacerdotes. Se vocês não derem ouvidos e não se dispuserem a honrar o meu nome’, diz o Senhor dos Exércitos, ‘lançarei maldição sobre vocês, e até amaldiçoarei as suas bênçãos. Aliás, já as amaldiçoei, porque vocês não me honram de coração. Por causa de vocês eu vou destruir a sua descendência; esfregarei na cara de vocês os excrementos dos animais oferecidos em sacrifício em suas festas e lançarei vocês fora, juntamente com os excrementos. Então vocês saberão que fui eu que lhes dei esta advertência para que a minha aliança com Levi fosse mantida’, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 2:1-4).
A advertência continua com o Eterno dizendo: “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança. Também por amor de vós reprovarei o gafanhoto, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no campo lançará o seu fruto antes do tempo, diz o Senhor dos exércitos” (Malaquias 3:10-11).
É comum ver as pessoas confundindo Casa do Tesouro com Santuário (igreja) e gafanhoto com satan, mas o texto é literal, ou seja, não tem sentido figurado, simbólico. Os dízimos não estavam chegando à casa do tesouro, uma espécie de tesouraria, grande pátio onde se guardavam os mantimentos e animais, fosse por que agricultores e pecuaristas não dizimavam ou os sacerdotes não levavam os dízimos para que servissem de alimento para os levitas e depois fossem repartidos com os necessitados, como visto anteriormente. Além disso, os dizimistas, por falta de fé ou por ganância, avareza e falta de amor ao próximo, temiam perder parte do rebanho ou dos cereais e que isso lhes fizesse falta posteriormente. Por isso, o Soberano garantiu que não haveria pragas na plantação (devorador, gafanhoto) e que haveria chuva (abrir as portas do céu) para que a produção fosse abençoada. Não se pode entender como se o Pai estivesse dizendo que cairia dinheiro do céu para quem dizimasse e que satan não o roubaria. Isso é totalmente fora do contexto.
A teologia da prosperidade tem lançado muitos para longe do Salvador, fazendo com que as pessoas entreguem 10% de seus salários para os pastores esperando em troca riquezas, luxo, ostentação, que, na maioria das vezes, não chega para esses “dizimistas”. Alguma coisa está errada. Ou a Bíblia está mentindo ou o pastor. Ora, sabemos que as Escrituras são a Palavra do Eterno e que Ele não mente.
Onde está o amor ao próximo no ato dessa entrega de dinheiro às igrejas atuais? Será que o Altíssimo aprova que uma pessoa pobre alimente os luxos dos ricos? Seria correto pagar aos pastores pela pregação? Isso não seria a venda do Evangelho? O Criador não aceita que se acheguem a Ele por interesse, mas busca os puros de coração. Não adianta tentar barganhar com Ele com dinheiro. Salvação não se compra.
Muitos dos que se professam “crentes” esperam ser como Avraham e os patriarcas, que possuíam riqueza. Pagam aos pastores almejando receber do Pai bens materiais. Poucos são os que querem ser como João Batista, que mal tinha o que comer e vestir, e de graça anunciava as Boas Novas, como os discípulos, que pregavam sem pedir dinheiro em troca, como Shaul (Paulo), que trabalhava para comer. Será que os apóstolos eram burros por não pedir dinheiro das pessoas? Poderiam vender o Evangelho e ter uma vida abastada, com vestimentas caras, belas casas, bens, mas preferiram seguir a simplicidade de seu Mestre, que Se entregou sem pedir nada em troca, por amor a nós.

DÍZIMO DE ABRAÃO E DE JACÓ


Talvez o leitor, diante do que foi exposto, tente justificar o pagamento do dízimo por Avraham (Abraão) e Yaakov (Jacó). Acerca disso as Sagradas Letras descartam tal apoio para o pagamento aos líderes religiosos.
Quanto ao dízimo de Avraham, há o relato do pagamento VOLUNTÁRIO a Malkiy-Tzadeq (Melquisedec), não em dinheiro, mas em despojos de guerra. “Então Malkiy-Tzadeq, rei de Salém e sacerdote do Elohim Altíssimo, trouxe pão e vinho e abençoou Avraham, dizendo: "Bendito seja Avraham pelo Elohim Altíssimo, Criador dos céus e da terra. E bendito seja o Elohim Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos". E Avraham lhe deu o dízimo de tudo” (Gênesis 14:18-20). A carta aos Hebreus comprova tal afirmação: “Esse Malkiy-Tzadeq, rei de Salém e sacerdote do Elohim Altíssimo, encontrou-se com Avraham quando este voltava, depois de derrotar os reis, e o abençoou; e Avraham lhe deu o dízimo de tudo. Em primeiro lugar, seu nome significa "rei de justiça"; depois, "rei de Salém" quer dizer "rei de paz". Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, feito semelhante ao Filho de Elohim, ele permanece sacerdote para sempre. Considerem a grandeza desse homem: até mesmo o patriarca Avraham lhe deu o dízimo dos despojos!” (Hebreus 7:1-4). Com o Sacrifício do Cordeiro, hoje temos um sacerdócio segundo a ordem de Malkiy-Tzadeq (Melquisedec), que não tem ligação alguma com dinheiro.
Jacó fez uma promessa de dizimar. “E esta pedra que hoje coloquei como coluna servirá de santuário de Elohim (D-us); e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo" (Gênesis 28:22). Note-se que disse dizimar do que ganhasse, dando o dízimo se fosse abençoado, muito diferente da situação que presenciamos de pessoas que mal têm o que comer sendo obrigadas a entregarem 10% de seus salários. Além disso, também foi uma promessa voluntária que ligaria sua descendência. Não há exigência da parte do Senhor.

COSTURANDO O VÉU DO SANTUÁRIO




Dizem veementemente que a Lei foi abolida, que não há necessidade de se guardar o sábado, mas do dízimo, que pertence à Lei, não abrem mão, e, muito pior, torcem as Escrituras para exigir dinheiro, buscando seus próprios interesses. Se os dízimos eram dados aos sacerdotes devido ao fato de imolarem animais pelo pecado do povo, não tendo como trabalhar, mas servindo no Santuário, hoje os pastores deveriam fazer o mesmo para merecer os dízimos, deveriam morar na igreja, o que já pouparia o aluguel de suas casas, que sai do bolso dos membros, deveriam oferecer animais em sacrifício, já que se julgam sacerdotes como eles. Sabemos, porém, que o Sacrifício do Cordeiro vale até sua Volta, não havendo mais necessidade desses serviços sacerdotais. Querem costurar o véu do Santuário, que foi rasgado.
Assim, os pastores podem trabalhar, a exemplo de Paulo, que não era pesado aos irmãos. Muitos são os que nem trabalham, querendo ser sustentados pelo dinheiro das ovelhas, tendo carros, pagando salão para suas esposas, escola particular para os filhos. Onde vemos os sacerdotes segundo a lei levítica tendo uma vida luxuosa assim? Até quando você irá custear os luxos e a preguiça de seu líder religioso? Baseado em que livro das Escrituras você se sente obrigado a isso?

DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO


É muito comum os discursos que separam os tempos entre Lei e Graça. Sabe-se que Yeshua nos livrou da maldição da lei, que é a morte por causa da transgressão da lei, como, por exemplo, o apedrejamento por causa de adultério. Todavia, Yeshua disse que não aboliu a Lei, mas a plenificou. “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir” (Mateus 5:17). Notamos nosso Mestre sempre dando uma interpretação plena à Lei e aos Mandamentos, cumprindo o amor ao Pai e ao próximo. Tem-se, então, que nada foi mudado, mas tornado pleno, perfeito. O maior exemplo dessa perfeição é com relação ao Sacerdócio, que passou da mão dos sacerdotes levitas para o Messias, com seu Sacrifício. Assim, hoje Ele é o Sumo Sacerdote e quem deve receber nosso dízimo é Ele e não o pastor da sua denominação, que não é o Santuário, o Templo. Ora, mas como podemos dar de comer ao Salvador, uma vez que o dízimo deve ser em alimento e Ele está à direita do Pai e não mais feito carne entre nós? O próprio Yeshua responde a tal questionamento. Vejamos:
“Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Pois tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era forasteiro, e recolhestes-me; estava nu, e vestistes-me; enfermo, e visitastes-me; preso, e viestes ver-me. Então perguntarão os justos: Senhor, quando te vimos faminto, e te demos de comer; ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te recolhemos; ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou preso, e fomos visitar-te? O Rei responderá: Em verdade vos digo que quantas vezes o fizestes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes. Dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, destinado ao Diabo e seus anjos. Pois tive fome, e não me destes de comer; tive sede e não me destes de beber; era forasteiro, e não me recolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo e preso, e não me visitastes. Também eles perguntarão: Senhor, quando te vimos faminto, com sede, forasteiro, nu, enfermo, ou preso, e não te servimos? Então lhes responderá: Em verdade vos digo que quantas vezes o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer” (Mateus 34-45).
Claro que não se deve negar ajuda aos verdadeiros mensageiros da Palavra, mas isso não quer dizer que você tenha que lhe dar dinheiro, mesmo porque os pregadores sinceros não devem ter interesse material. “Quem vos recebe a mim me recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo. E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão” ( Mateus 10:40-42).
A vontade do Rei sempre foi que socorrêssemos os necessitados e, por isso, como dito anteriormente, instituiu uma ajuda conforme a Lei Levítica, em que sacerdotes, demais levitas (que não tinham herança e não tinham como trabalhar) e viúvas, órfãos e estrangeiros, ou seja, os necessitados, não passassem dificuldades. Era cobrado somente dos que trabalhavam com a terra a doação de alimentos para essas classes de pessoas, com a 10ª quantia de todos os seus produtos ou animais. Como a lei foi plenificada, podemos todos partilhar de nossos bens com os pobres, doando alimentos, agasalhos, roupas, remédios, acolhendo em nossa casa, visitando, pregando o Evangelho com obras e não somente com palavras. Se as igrejas atuais tivessem realmente compromisso com a Verdade, não veríamos tantas pessoas passando necessidade enquanto os líderes religiosos se fartam com o dinheiro do rebanho. Isso não o lembra uma passagem das Escrituras? “O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o que é mercenário, e não pastor, de quem não são as ovelhas, vendo vir o lobo, deixa as ovelhas e foge; e o lobo as arrebata e dispersa. Ora, o mercenário foge porque é mercenário, e não se importa com as ovelhas” (João 10:10-13).






Percebemos que aparecem as figuras mercenário e lobo. Logo, satan não pode ser o mercenário, visto que é o lobo. O mercenário seria quem finge cuidar das ovelhas, mas só se importa com o dinheiro recebido. Quem trabalha para o Pai em troca de dinheiro não passa de mercenário e é por isso que as ovelhas se encontram cada vez mais dispersas. Se os pastores se preocupassem com as ovelhas, não as deixaria em dificuldade, tanto de cuidado material, necessário para a sobrevivência, como alimentos, roupa, morada, como espiritual.



Você pode alegar que dá o dinheiro à igreja por pensar estar fazendo a sua parte, mas dar dinheiro ao mercenário é sustentar um falso pastoreado. Pode também dizer que sua “igreja” tem projetos sociais e o dinheiro pago por você é bem empregado na assistência aos pobres. Se isso realmente acontece, se o dinheiro é totalmente revestido ao amor pelo próximo, nada se pode ter contra tal pagamento, mas o que as Escrituras deixam claro é que isso NUNCA FOI DÍZIMO. Pode até ser chamado de oferta, mas nunca de dízimo, lembrando que as ofertas devem ser dadas conforme mandar o coração e não sobre uma porcentagem do salário. "Cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Elohim (D-us) ama ao que dá com alegria." (2Cor 9:7). Mais ainda: “E os discípulos determinaram mandar, cada um conforme o que pudesse, socorro aos irmãos que habitavam na Judeia” (Atos 11:29). Shaul (Paulo), também diz em sua carta: “Portanto, julguei necessário exortar estes irmãos que fossem adiante ter convosco, e preparassem de antemão a vossa beneficência, já há tempos prometida, para que a mesma esteja pronta como beneficência e não como por extorsão” (2 Coríntios 9:5).
Se o lugar onde se congrega possui contas a pagar, como aluguel, água e luz, por que não se reunir os membros e dividir as contas? Por que dar 10% do salário? Por que arrancar o couro de uma ovelha que não tem nem pra si e sua família? Isso não é bíblico.
O Salvador e os discípulos nunca cobraram dízimo, mas pregavam a Palavra por amor, nada esperando em troca, vivendo com simplicidade. Assim devemos proceder, sendo imitadores do Mestre, que é o nosso Sacerdote. Os pastores não têm as funções sacerdotais do antigo Santuário, pois o véu foi rasgado. Por que então pagar um falso dízimo a quem não tem direito? As Escrituras nos alertam sobre essas pessoas, dizendo: “Mas houve também entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição” (2 Pedro 2:1). Cobrar um falso dízimo como se fosse sacerdote é usurpar o lugar do Senhor, é negar o Sacrifício do Cordeiro, pois Ele é o Sacerdote e é a Ele que devemos entregar o “dízimo” de forma plena, que é a partilha do que possuímos com os necessitados. Reflita, leia as Escrituras. Não sustente mercenários. Façamos a vontade do Eterno e não os interesses de homens.




YESHUA ESTÁ VOLTANDO!






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