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sexta-feira, 8 de julho de 2016

ENTENDENDO A RELAÇÃO ENTRE O ORGÂNICO E O HOLOGRÁFICO:



Em meu e-Book eu falo sobre o fato de que somos seres orgânicos tendo uma experiência holográfica. Uma vez que este é um tema tão complexo e relevante, gostaria de entrar em mais detalhes.
Orgânico vs Holográfico.

O Universo em que vivemos é de natureza orgânica. Ao contrário da narrativa atual dentro da comunidade alternativa, o Universo não é totalmente holográfico.

Vou tentar explicar.

Além em toda a criação e todos os Universos, somos seres eternos, existentes dentro de um estado interno absoluto do eu. Você pode pensar nisso como a Fonte, alma ou essência verdadeira do núcleo. Ele não tem uma forma, não pode ser definido, simplesmente é. Ele não foi criado, ele não pertence a alguma outra coisa, não tem começo nem fim, é infinito na natureza, auto sustentável (não requer nenhuma coisa para existir) e é infinitamente capaz de criar.

Quando a alma cria, ela basicamente traz vida orgânica à existência. Ela projeta de dentro para fora, como uma extensão de si mesma. A vida orgânica (e implicitamente o Universo orgânico) é simplesmente algo que vem diretamente da Fonte, uma continuação real do eu, o que significa que é absolutamente eterna, auto sustentável e ilimitada por natureza. Não há separação real em qualquer ponto entre a Fonte e a vida orgânica.

A vida holográfica, é apenas um pequeno ato de criação dentro da totalidade da vida orgânica. Apenas uma subcategoria, uma única página dentro de um grande livro.

A vida holográfica é uma experiência temporária localizada, trazida à vida pelo Universo orgânico, dentro de parâmetros específicos, com o objetivo de obter uma experiência particular. Não está diretamente ligada à Fonte, é uma expressão indireta da Fonte, facilitada pela vida orgânica (que é basicamente a intermediária). A vida holográfica tem um começo, e, consequentemente um fim, quando então se dissolve retornando para dentro do Universo orgânico. É limitada na expressão e não é auto sustentável. Ela não pode existir por si só, prescinde do Universo orgânico a fim de mantê-la viva. Sem o Universo orgânico, ela simplesmente não pode existir.

Além disso, a vida holográfica somente replica a vida orgânica. Por si só, o Universo holográfico não tem nenhum poder criativo, ele só recria o que já existe. Ele só pode funcionar com as ferramentas que o Universo orgânico lhe fornece, dentro de limites predeterminados.
Os Princípios da Vida Orgânica vs os Princípios da Vida Holográfica

Existe um conjunto de princípios subjacentes presentes em toda a criação, que são: tempo, energia, forma, vazio e vida e eles podem ser encontrados tanto no tecido da vida orgânica quanto da holográfica. A maneira pela qual eles são expressos dentro das duas expressões é, no entanto, muito diferente. É através destas diferenças que podemos compreender melhor a relação entre uma e outra.
Vida OrgânicaVida Holográfica
Tempo
Não linear Linear
Tudo acontece de uma só vez Existe um início e um fim
Não repetitiva Pode ser cíclica e redundante
Energia
Sempre abundante A fonte de energia é externa
Auto-suficiente (verdadeira energia livre que vem de dentro) Requer energia orgânica para existir
Não requer nada além de si mesma para existir Recursos limitados
Forma
Em constante mudança, em constante evolução Capacidade limitada para evoluir ou mudar
Não fica doente ou morre (Sempre ditada pelos parâmetros da experiência)
De natureza eterna De potencial limitado, finita, se degrada, fica doente, morre
Vazio
O sagrado sempre presente, profunda ligação com a Fonte Desconectada da fonte
A verdadeira força da gravidade a partir do interior Falta de contato direto com o Eu
A relação entre a alma e a criação/vida orgânica O vazio
Vida
Eterna, fagulha da fonte Finita
Sempre foi, sempre existiu Tem um início e um fim
Não é criada por outra coisa É criada por algo mais e morre


Ao estudar os dois conjuntos de princípios, fica bastante claro que a nossa atual realidade aqui na Terra e nossa experiência humana é de natureza holográfica. Nós experimentamos o tempo de uma forma linear, passamos por um processo de nascimento e morte, somos criados por outra coisa (nossos pais), experimentamos uma desconexão da Fonte, somos limitados em capacidade e potencial e necessitamos de um sustento de alguma outra coisa, a fim de permanecermos vivos.

Não somos nada mais do que hologramas então ? Não !!! A ilusão da realidade holográfica quer nos fazer crer que isto é tudo o que somos, mas na realidade, somos muito mais ! Somos verdadeiros seres eternos orgânicos, simplesmente experimentando a vida através dos olhos de um corpo holográfico, dentro de uma realidade holográfica, em uma verdadeira Terra orgânica, que está contida dentro de um corpo planetário holográfico.

Há duas versões de Eu que estão sempre presentes: o verdadeiro Eu orgânico e o Eu holográfico e é a relação entre os dois que precisamos entender e curar antes que possamos sair da experiência holográfica.
Como é o Eu Orgânico ?

Debaixo da camada holográfica, estamos sempre em evolução, auto sustentável (nós não temos a necessidade de consumir qualquer coisa), eterno (nunca morremos ou ficamos doentes) e totalmente ligado não só à Fonte, mas a toda vida orgânica em volta de nós. O corpo orgânico da Terra também está em constante evolução, é completamente auto sustentável (a natureza não precisa matar outra coisa/ser para existir), eterno e totalmente conectado à humanidade e ao Universo.

No nível orgânico nós temos a capacidade de nos comunicar plenamente, de ter empatia totalmente, de conhecer verdadeiramente o outro. Se eu lhe causar alegria, eu também vou sentir esta alegria. Se eu lhe causar algum tipo de desconforto ou dor, eu também vou sentir esta dor. Devido a esta transparência em nossas interações e compartilhamento, a relação sagrada é muito natural, muito fluida, muito fácil de sustentar no Universo orgânico. No momento que eu passar além dos limites do seu espaço sagrado e de quem você é como um ser, vou me tornar ciente disso e sei que devo parar. Se eu continuar mais, significaria manter não só a dor, mas me manter na dor.

Como seres orgânicos, temos um relacionamento saudável com nossos pensamentos, emoções, sentimentos e podemos facilmente fluir em harmonia com o Universo ao nosso redor. Somos muito honestos, muito autênticos, muito naturais e isto permite manter relações equilibradas surpreendentes com base na honestidade absoluta.

Isso tudo é por causa do toque orgânico.

Um toque orgânico ocorre quando dois seres orgânicos interagem. Porque dois seres orgânicos são totalmente compreensivos um com o outro, não há distorções, mal-entendidos, preconceitos ou deturpações. Um toque orgânico é sempre muito autêntico, muito claro, exato, preciso. Não há espaço para suposições. Você acabou de conhecer o outro ser. Quando interagimos com o planeta, sabemos plenamente como ser. Quando interagimos com um animal, uma árvore, uma pedra ou uma folha de grama, nós instantaneamente sabemos quem eles são.

No entanto, se olharmos para a nossa experiência humana atual, podemos ver que isto não está acontecendo. Então o que mudou ?

Nós mesmos não mudamos propriamente dito. No nosso âmago, ainda somos de natureza totalmente orgânica. No entanto, isso não é mais tudo o que somos. Sobre o Eu orgânico existe agora uma máscara holográfica. Um corpo holográfico que é parte de uma realidade holográfica.
Como é o Eu Holográfico ?

O Eu holográfico é basicamente um personagem na matrix que pode operar dentro da realidade holográfica. Quando um ser orgânico entra numa realidade holográfica, precisa “vestir” automaticamente um terno holográfico. Sem esta ação, o Eu orgânico não pode existir dentro da matrix. É este órgão artificial que basicamente, liga o orgânico ao mundo holográfico.

Em certo sentido, o Eu holográfico é a interface que nos permite interagir com a matrix e fazer parte dela. Ele é o intermediário entre o Universo orgânico e o universo holográfico.

Uma vez que a matrix não é algo introduzido sobre a humanidade de uma forma amigável, a transição do orgânico para o holográfico é brusco e muito traumático. Ali estamos nós, seres eternos de potencial infinito, de repente contidos dentro de uma caixa limitada, finita. De complexidade infinita, dentro de uma estrutura simples, rígida.

Foi uma conversão altamente antinatural que nos deixou cicatrizes muito profundas. Nós perdemos o toque orgânico e pior ainda, ficamos com um toque holográfico muito estranho.

No nível orgânico tudo que precisávamos fazer era apenas ser nós mesmos e instantaneamente conseguíamos ser capazes de sentir o mundo em torno de nós, de nos entender. Nossas relações uns com os outros eram altamente transparentes, empáticas e de fluxo livre. O nosso próprio espaço sagrado era claro para todos os seres que nos rodeavam e nossas interações eram naturalmente muito equilibradas e respeitosas.

Com a camada holográfica porém, as nossas ligações foram cortadas. Pela primeira vez o que sentimos e pensamos não era mais transparente para aqueles que nos rodeavam. Todas as nossas reações estão acontecendo atrás de uma parede holográfica, que danifica fortemente as nossas conexões sagradas. Não conseguimos mais nos entender uns com os outros, não podemos mais sentir os limites um do outro e nossa capacidade de empatia foi tremendamente reduzida.

Nós estamos operando ternos/corpos estranhos que não entendemos, vivendo dentro de uma realidade externa que nos confunde completamente. Nós não sabemos como nos expressar através deste personagem da matrix e muito menos sabemos lidar com um corpo finito que experimenta doença, envelhecimento e morte. Um corpo que precisa consumir para existir e não tem nenhuma conexão direta com a Fonte e o resto da vida no Universo.

Isto está em completa contradição com a nossa verdadeira natureza e causou uma grande dose de conflito interno. Um conflito que causou um trauma profundo e por sua vez levou à nossa dissociação do nosso eu interior orgânico. Nossa verdadeira natureza eterna era dolorosa demais para lembrarmos dentro de uma condição tão limitada, portanto, escolhemos esquecer lentamente quem realmente éramos e começamos a nos identificar com o nosso ego holográfico em vez disso.

A nossa relação com o nosso interior orgânico através de pensamentos, sentimentos emoções também tornou-se altamente disfuncional e começamos a operar principalmente a partir de um lugar de medo e dor. Um medo que nos despojou da nossa autoconfiança e amor pela soberania. Tornou-se mais fácil permitir que os outros tomem decisões por nós, do que assumirmos a responsabilidade total sobre os nossos papéis holográficos.
A Forma de Sair Desta Bagunça

Por enquanto estamos habitando esta realidade holográfica, somos seres orgânicos tendo uma experiência holográfica. Quer queiramos ou não, estamos nela e precisamos lidar com isso. Não podemos desejar que ela suma, não podemos ignorá-la e não podemos fingir que ela não existe. Esta é a forma que agimos no passado, não sabemos por quanto tempo e que nunca funcionou para nós.

A matrix pode ter sido imposta a nós de maneira hostil, que é literalmente uma extensão da imposição. A experiência em si que nós temos dentro da matriz é uma decisão da humanidade. Ninguém pode controlar a maneira que podemos optar por participar dentro da realidade holográfica. Como escolhemos nos comportar e nos expressar é nossa responsabilidade. Como escolhemos lidar com nossos pensamentos, sentimentos, emoções e interagir uns com os outros é unicamente nossa decisão. Pode existir um esforço contínuo para nos manter em um estado de auto aversão disfuncional, mas permitir que o esforço tenha sucesso ou não, depende de nós e somente nós.

Pode parecer que não temos poder, mas está longe de ser assim. Somos extremamente poderosos e até mesmo de dentro das limitações da nossa experiência holográfica, temos a palavra final, sempre.

Se a maioria dos seres humanos lembrar da sua verdadeira natureza eterna e curar a relação entre o eu da matrix e o eu orgânico, retornando a um lugar de autenticidade e relacionamento sagrado, nossa realidade seria muito diferente. Os sistemas de controle se dissolveriam, a matrix começaria a se dissolver também, e nós lentamente retornaríamos ao verdadeiro Universo orgânico.

Se, no entanto, a maioria do coletivo não operar a partir de um lugar saudável, a nossa viagem tomará um caminho muito diferente. Por favor, leia o meu e-book livre para entender melhor a história da humanidade nos tempos à frente, a divisão dos caminhos que ocorrerão e os meios através dos quais vamos voltar para o verdadeiro cronograma orgânico.

Meus próximos artigos vão se concentrar menos nos detalhes da nossa história (já que o livro trata sobre isto), e mais sobre como realmente podemos nos curar e navegar melhor na experiência holográfica.

©Irina Iosub

Origem: irina-iosub

Tradução e Divulgação: A Luz é Invencível

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