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domingo, 22 de maio de 2016

CHAVES PARA O AUTOCONHECIMENTO E A CURA-Princípios fundamentais de uma pessoa feliz







FELICIDADE

A busca da felicidade na Terra sempre foi o alvo e motivo das atitudes humanas. O ser humano, na sua trajetória rumo à perfeição, em todos os níveis evolutivos, dedica suas idéias e motivações a essa incessante busca, muitas vezes deparando-se com seu oposto, pela ignorância que caracteriza seu estágio de aprendizado. Conhecendo e vivenciando as leis que regem a Vida, alcançaria com mais equilíbrio e menos sofrimento seu desejo, para cuja realização foi criado. Nem sempre soube escolher dentre os vários caminhos, qual o mais adequado ao seu desejo de felicidade. Andou por veredas diversas, caindo e levantando, aprendendo e ensinando, sem contudo encontrar-se consigo mesmo e com a Vida. Vislumbrar caminhos e estabelecer estratégias de viver torna-se fundamental para alcançar o sucesso desejado. Existem alguns caminhos que podem ser úteis ao encontro da paz consigo mesmo. São princípios aplicáveis nas várias circunstâncias da vida e que certamente levarão a um estado de plenitude interior. Foram extraídos dos princípios básicos do Espiritismo, codificado por Allan Kardec. Não são regras de conduta, visto que, às vezes, se tornam artificiais, mas tão somente estados de consciência nas atitudes da vida cotidiana. São aplicáveis no todo ou em parte, sendo imprescindível perseverar e aceitar suas conseqüências imediatas e a longo prazo.

RECICLAR É RENOVAR

Ninguém cresce sem sacrifício nem modificações profundas. Cada etapa exigirá que se abandone estratégias antiquadas e princípios rígidos ultrapassados. O espírito é o ator e simultaneamente o diretor do filme de sua própria vida, cuja autoria é divina. Os princípios básicos do Espiritismo dos quais extraímos os caminhos para a felicidade pessoal são os seguintes:

1. Existência de Deus como causa primeira de todas as coisas;

2. Existência, individualidade e imortalidade do Espírito;

3. Evolução do princípio espiritual (mais tarde Espírito) através da reencarnação;

4. Existência de leis gerais que regem a Vida;

5. Comunicabilidade dos Espíritos pela mediunidade;

6. A existência de uma moral espírita, como a de Cristo, em fazer o bem que se possa amando a si mesmo e ao próximo;

7. Tornar-se útil com os meios dispostos por Deus;

8. Viver em sociedade e no contato com os semelhantes.

Tais princípios serão detalhados em capítulos posteriores a fim de facilitar sua compreensão. Muitos são os caminhos que se podem derivar desses princípios, bem como todos os atos humanos podem se encaixar neles, porém elegemos alguns que consideramos fundamentais para se alcançar a paz, a harmonia e a felicidade possível na Terra. Alguns não decorrem diretamente deles, porém são fundamentais para se atingir o estado de felicidade desejável à aquisição das leis de Deus.

Primeiro princípio:

Trabalhar visando colaborar com Deus;

Segundo princípio:

Considerar-se uma individualidade eterna, sendo responsável por tudo que acontece a si mesmo, aprendendo a viver coletivamente;

Terceiro princípio:

Conscientizar-se que sua Vida evolui na medida em que se conhece e se transforma;

Quarto princípio:

A cada dia perceber, cada vez mais, como as leis espirituais se processam;

Quinto princípio:

Perceber que sua mente é um canal de comunicação com o universo a sua volta;

Sexto princípio:

Princípios espirituais são válidos principalmente nas suas relações consigo mesmo;

Sétimo princípio:

Buscar, após conhecer o Espiritismo, perceber a Vida de outra forma e alcançar a felicidade;

Oitavo princípio:

Viver buscando levar esperança e felicidade aos que fazem parte de seu meio. Ser feliz é um estado de espírito e não um domínio sobre coisas ou pessoas.



O VERDADEIRO SENTIDO DE SER FELIZ

O ser humano coloca sua felicidade como um objetivo a ser alcançado e luta por toda a vida para consegui-lo, sem saber ao certo como ele é. Quando encontra algo que se assemelhe a ele, descobre que ainda falta alguma coisa que lhe complete e que possa dar continuidade à sua marcha evolutiva. Após repetidas frustrações das tentativas de cristalizar a felicidade momentânea em objetos externos, ele percebe que aquela situação é efêmera e que não lhe trouxe o que esperava. A felicidade procurada só será possível quando o ser humano transitar na esfera do bem coletivo e da consolidação da paz a sua volta. Muito embora o ser humano possa adquirir um estado de paz e equilíbrio sem necessariamente tornar-se espírita, certamente que o desconhecimento a respeito da Vida Espiritual provocará um vazio em suas questões referentes à morte. Tais questões, muitas vezes sem respostas, influenciarão na sua vida presente, provocando um estado de felicidade aparente. O Espiritismo, pela condição de lidar diretamente com o espiritual, se vivido interiormente, proporciona que se alcance esse estado de felicidade permanente. Quanto mais o ser humano expõe os motivos pelos quais age, mais cresce e se fortalece no que faz. Saber explicar a própria vida e as ações em que se envolve é garantia de crescimento espiritual. O estado de espírito de felicidade nos possibilita condições de melhor falar da própria vida, dos processos humanos e de tudo o que nos diga respeito. Ser feliz é compreender a lei de amor, a qual contém a harmonia, o Bem, o belo, a doação, a totalidade, e tudo aquilo que eleva o ser humano da materialidade à espiritualidade. A forma como utilizamos nossa energia física e psíquica, pode nos levar à felicidade ou não. Quando a energia psíquica é usada para o corpo físico em adição à energia dele, nem sempre há um ganho para o desenvolvimento espiritual. Uma pessoa feliz utiliza sua energia psíquica, bem como a física, para um propósito superior, onde sua alegria vai ao encontro da alegria do outro, onde seus interesses vão também ao encontro dos interesses do próximo. Considerando que a realidade é uma percepção pessoal, ser feliz é enxergar o mundo pelo coração que ama e compreende a Vida como algo maior que a existência corporal. O indivíduo que já alcançou esse estágio compreende que todas as ações que um ser humano pode realizar são humanas, permitindo-lhe, dessa forma, um alto grau de paciência e tolerância para com os equívocos alheios. Na sua trajetória a pessoa feliz sabe que nada pode acontecer consigo senão para o próprio bem. Busca aprender com as pessoas, sobretudo com as mais simples, o valor da Vida e o respeito pelos outros. A pessoa feliz sabe que não há destino inflexível, pré- determinado e imutável. Você pode alterá-lo, mesmo aquele que faz parte de seu carma negativo, pois todo planejamento reencarnatório se baseia em probabilidades que respeitam o livre arbítrio de cada um. A todo momento nos utilizamos das leis do espírito de forma consciente ou inconsciente. A utilização consciente é sinal de elevação pessoal, que está presente nas pessoas efetivamente felizes. O ser humano feliz não tem medo da morte ou de qualquer coisa que possa retirar sua paz; respeita os eventos do mundo e da natureza sem lhes atribuir qualquer relevância, a não ser o próprio respeito aos desígnios divinos; cultiva o não-medo, consciente de que a atitude mental negativa atrai circunstâncias aversivas ao indivíduo. Quando em dúvida sobre seu próprio comportamento, a pessoa feliz sabe que o momento que vive deve e merece ser observado por alguém diferente dela, a fim de buscar uma visão melhor que a sua, cultivando a humildade. Já conseguiu desligar-se psicologicamente das influências retrógradas e de tendências às imitações coletivas, buscando o caminho da realização pessoal, assumindo seu destino com confiança e determinação. Procura ter prazer naquilo que faz não esperando apenas para o futuro a possibilidade de realizar o que deve em favor de si mesmo e da Vida. Não vive apenas para a paz, mas em paz, cultivando o amor e a sabedoria. Busca não se ocupar tanto de detalhes menores, que dizem respeito à vida material, indo em busca de realizações da alma, que fortalecem o espírito. Sabendo que na Terra ninguém está seguro de nada, aprende a viver na incerteza, reconhecendo que sabe apenas do passado, indo em busca de viver na direção do futuro que lhe é desconhecido. Vive o mistério da Vida com encantamento e aventura, não excluindo a magia e a beleza do universo como partes integrantes da alegria de viver, visto que elas se encontram no sentido de sua própria vida.

PESSOAS REALMENTE FELIZES

A pessoa feliz reconhece que todos têm o direito de ser como querem. Não se admite aprovar ou desaprovar a personalidade de ninguém nem se coloca na postura de juiz do mundo. Procura sempre descobrir não só seu talento pessoal como também o das pessoas que convivem consigo. Alegra- se em colaborar no desabrochar dos dons singulares das pessoas. Tem consciência de que todos somos espíritos que, de vez em quando, estamos no corpo e não que somos corpo e que, de vez em quando, somos espíritos. Percebe a todos como espíritos em evolução em busca de realização pessoal, cada um vivendo seus processos, pelos quais ele já passou ou passará. Preocupa-se em ajudar a Deus, questionando-se como pode ajudar aos outros com o que realiza para si. Ama sempre fazendo desabrochar o bem interior, o Deus em si mesmo. Uma pessoa feliz descobriu-se espírito e está em busca de realizar seu Eu superior, ou Eu divino, ou sua Alma, ou Self, não importa o nome pois, na essência, significa algo que transcende o ego e o corpo físico, cuja consciência de sua existência faz parte de sua vivência. Experimenta conscientemente viver sob o domínio e o uso das leis espirituais como atividade constante, cotidianamente e persistentemente. A cada momento de sua vida percebe estar em contato com leis imutáveis e perfeitas, oriundas do amor de Deus. Sabe que está em constante mudança, e que ela é uma eterna presença, e um estado real e permanente do ser humano. Sempre se vê um ser em mudança e transformação, da mesma forma que o universo a sua volta. As principais mudanças de sua vida são atravessadas com equilíbrio e discernimento, buscando absorver tudo que for necessário ao seu aprendizado e crescimento. Reconhece que todos tendemos ao mesmo tempo para avançar a uma nova maneira de ser, como também para manter o antigo ego. Por esse motivo busca precaver-se contra os modismos, bem como contra a rigidez de sua própria personalidade. Não se cansa em remover mágoas passadas, em eliminar medos, em liberar repressões possíveis, aumentando sua autoconfiança. Vive para realizar a própria vida em favor da Vida Universal.

A felicidade segue uma fórmula simples onde muitos processos ocorrem. Para alcançá-la é preciso: conhecer as leis do Universo, aprender a sentir e a agir de acordo com elas. Dentre os processos que o ser humano tem que atravessar há um que se torna fundamental para que ele consiga ultrapassar os outros: necessidade fundamental do encontro e convivência com seus opostos. Essa convivência com seus opostos significa entrar em contato com tudo que o ser humano considera negativo, a fim de conhecer o que deseja de positivo. Nesse contato com o oposto, não se pode desprezar a necessidade de viver o espiritual, que transcende à sua idéia de ser material.

Uma pessoa feliz possui um guia pessoal de Vida, no qual procura pautar-se como se tratasse de seu credo interior:

1. Deus está presente em minha vida, dentro de mim mesmo, sendo Ele minha mais íntima essência;

2. Eu sou um ser indestrutível, eterno e jamais morrerei;

3. Em que pese as circunstâncias, estou vivendo o melhor de minha vida e devo aproveitar o momento presente;

4. Minha existência está conectada à de outras pessoas às quais devo respeito e amorosidade;

5. Sinto-me ligado ao universo como parte integrante da natureza, de onde recebo e transmito vibrações a todo momento;

6. Tenho um caminho próprio e devo descobri-lo conscientemente;

7. O trabalho é minha fonte de criatividade e favorece meu crescimento interior;

8. Sinto-me em paz e cultivo a todo momento um estado interior de auto-satisfação no convívio com meu semelhante.

A vida de uma pessoa feliz se constitui numa consciência da própria morte do corpo. Dimensiona seu tempo de acordo com sua expectativa de vida, considerando certas prioridades de aprendizagem. Não se estressa nem se torna ansioso, face à fugacidade do tempo no corpo. Experimenta a morte a cada dia de sua vida, confiante em seu destino. Sabe que se constitui numa dialética a responsabilidade sobre o próprio destino, pois tem consciência de que há uma linha da Vida definida por Deus, porém é necessária a participação pessoal para determinar seu traçado. 161 Trabalho visando colaborar com Deus Minha vida é um trabalho de Deus. Ele é o autor dela e, certamente, estabeleceu metas e possibilidades de alcançar Seus intentos. O ser humano, sendo Sua obra, inserido no Universo, faz parte de um destino tão grandioso quanto seja seu Autor. As civilizações legaram ao ser humano modos de entender e se relacionar com o que ele chama de Deus. Em paralelo a esses modos há um Ser (Deus) cuja existência e objetivos são independentes do ser humano. As diversas culturas bem como a relação do próprio ser humano com a natureza, determinaram aqueles modos, estabelecendo paradigmas de contato com o que se acreditava ser Deus. Sem ter uma dimensão precisa de Sua essência, esses modos se perpetuaram sem que se tivesse a idéia adequada Dele. O principal paradigma dessa relação estabelece que a Ele deve-se pedir ou louvar Sua glória. O agradecer está estritamente relacionado ao pedir, porque supõe ter alcançado algo ou ter recebido gratuitamente. O paradigma gira em torno do dar-receber. Essa relação de opostos inesgotável e simplória não encontra lugar de exclusividade no Espiritismo. Em que pese se manter o pedir e o louvar, há uma outra ordem de relação que se sobrepõe à anterior: o colaborar com Sua obra. Essa nova relação com Deus, dada Sua natureza transcendente ao humano, reveste-se de caráter especial, não se limitando ao pedir ou louvar. Nela, o trabalho profissional, a oração, os comportamentos e outras atitudes cotidianas, quando feitos dentro daquela perspectiva, passam a se constituir em autênticos meios de comunicação com a divindade. Relacionar-se com Deus deixa de ocorrer em lugares específicos ou para pessoas religiosas, sendo componente consciente e natural de todas as atitudes do ser humano.

UMA VISÃO ESPÍRITA DA FELICIDADE

O Espiritismo nos ensina que a melhor maneira de se relacionar com Deus é colaborando com Seus objetivos. Partindo do princípio de que Ele nos fez com algum objetivo próprio e de que, a tomada de consciência desse objetivo representa uma aquisição importante na evolução pessoal, passar a viver em função de alcançá-lo, torna-se, então, fundamental. A Vida tem então mais sentido quando vivemos em função dos objetivos de Deus. Vivemos para Ele, sem qualquer necessidade de nos tornarmos religiosos profissionais. Não só o trabalho caritativo em favor do próximo representa serviço altruísta, mas também o próprio trabalho remunerado que, sendo encarado como um dos meios de realizar os objetivos de Deus, constitui-se em fator de alegria e bem estar pela certeza de seu propósito divino consciente. O ser humano não só é considerado filho de Deus, como também co-partícipe da construção do mundo, sem qualquer inflação de seu ego. Nessa perspectiva, as escolhas profissionais, comuns na adolescência, tornar-se-ão mais flexíveis, tendo em vista a possibilidade futura de modificar-se por uma nova escolha que seja mais adequada à percepção de si próprio, condicionada a estar de acordo com objetivos maiores. Terminada a tarefa num campo, o espírito pode decidir-se por atuar em outro. As mudanças profissionais deixam de ser traumáticas. Descoberta uma nova vocação, verificada sua pertinência evolutiva e assumidas as conseqüências decorrentes de uma mudança, pode-se buscá-la sem culpa, consciente de seu valor para aqueles objetivos. O trabalho, ainda que penoso e mal remunerado, recebe uma contribuição psicológica, dada pela consciência de sua importância para a construção de um novo mundo. Tal consciência, não representa prescindir-se das necessidades reinvindicatórias no campo dos direitos e deveres dos que fazem parte da relação de trabalho. Nesse particular o ser humano é meio e fim do próprio trabalho que executa, não se tornando escravo de interesses egoístas. A oração, antes forma petitória ou bajulatória, ganha conotação como forma de comunicação com Deus a fim de Lhes conhecer os objetivos ou corrigir rumos pessoais. A oração é ação em favor de si e de outrem. É um poderoso antídoto às agressões psíquicas. Não há lugar para altares, oferendas ou sacrifícios. O único sacrifício exigido é o sacro ofício de fazer o Bem ao alcance de cada um. O único altar é a consciência em paz a Seu serviço. Nesse sentido, Deus deixa de ser uma metáfora psicológica, utilizada para os momentos de crise, passando a tornar-se o Alterego Superior ou referencial de diálogo constante com a consciência do próprio ser humano.

NOVOS PARADIGMAS

As fórmulas prontas de comunicação com Deus passam a pertencer aos primórdios da consolidação do ego, ainda frágil em sua fé. Quando o ser humano alcança a compreensão do significado essencial de viver, passa a ter uma nova relação com Deus. Metaforicamente dizendo, aquele que antes punia e castigava, e que mandava provas e expiações acerbadas, passa a ser um educador na condução de seu aluno, a fim de que, mudando a relação, ela se assemelhe com a de um colega ou colaborador, na mesma tarefa de construir um mundo digno, melhor e agradável de se viver. O trabalho de promoção social, numa instituição religiosa ou não, constitui-se num campo de aquisição de valores morais e se torna excelente terapia para a cura dos males da alma. No entanto, sua prática não pode cristalizarse como uma obrigação ou mesmo como um feudo para aquele que o executa. O trabalho que se faz em favor do próximo não é, em si, fator de crescimento para quem o executa, mas, principalmente, como é feito e que sentimentos e valores faz surgir no seu autor, bem como em seu beneficiário. Conseguir o benefício ao carente não é garantia para o crescimento espiritual de quem o faz. É preciso encontrar no trabalho a satisfação pessoal ao lado da satisfação e do crescimento do outro. Conscientizar-se da existência de Deus é viver de acordo com esse princípio, como um sentimento, como uma faculdade interior, um sentido a mais, algo muito maior que qualquer outro. Se o corpo possui cinco sentidos e o espírito outros tantos, um deles certamente é aquele sentimento de Deus em si mesmo e de sentir-se integrado ao todo universal. Esse sentimento implica numa alegria interior, num estado de espírito de íntima satisfação em viver e existir. Nada pode acontecer ao ser humano que não seja para seu bem e sua felicidade. Poderíamos, num arroubo de pensamento, imaginar que Deus deseja estar no lugar mais alto da consciência humana, visto que Ele se realiza através do humano que concebeu Sua existência a seu modo.

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Seis chaves para ser feliz, segundo a Universidade de Harvard

Parece cada vez mais claro que a nova febre do ouro não está ligada a ficar milionário ou encontrar a fonte da juventude eterna. O tesouro mais cobiçado de nossos tempos é a felicidade, um conceito abstrato, subjetivo e difícil de definir, mas que está na boca de todos. Como ser feliz é até objeto de estudo da prestigiosa Universidade Harvard.Alguns dos estudantes de psicologia dessa universidade americana têm sido um pouco mais felizes há vários anos, não apenas por estudar numa das melhores faculdades do mundo, mas também porque de fato aprenderam com um curso. Seu professor, o doutor israelense Tal Ben-Shahar, é especialista empsicologia positiva, uma das correntes mais presentes e aceitas no mundo e que ele próprio define como “a ciência da felicidade”. De fato, Ben-Shahar diz que a alegria pode ser aprendida, do mesmo modo como uma pessoa aprende a esquiar ou a jogar golfe: com técnica e prática.

Com seu best-seller Being Happy e suas aulas magistrais, os princípios tirados dos estudos de Tal Ben-Shahar já deram a volta ao mundo sob o lema “não é preciso ser perfeito para levar uma vida mais rica e mais feliz”. O secreto parece estar em aceitar a vida tal como ela é; isso, segundo Ben-Shahar, “o libertará do medo do fracasso e das expectativas perfeccionistas”.

Embora mais de 1.400 alunos já tenham passado por seu curso de Psicologia da Liderança, ainda seria o caso de fazer a pergunta: será que alguma vez temos felicidade suficiente? “É precisamente a expectativa de sermos perfeitamente felizes que nos faz ser menos felizes”, ele explica.

Seguem os seis conselhos principais do professor para ajudar as pessoas a se sentirem afortunadas e contentes:

A FELICIDADE SEGUNDO TAL BEN-SHAHAR, PROFESSOR DE HARVARD

1.Perdoe seus fracassos. E mais: festeje-os! “Assim como é inútil se queixar do efeito da gravidade sobre a Terra, é impossível tentar viver sem emoções negativas, já que fazem parte da vida e são tão naturais quanto a alegria, a felicidade e o bem-estar. Aceitando as emoções negativas, conseguiremos nos abrir para desfrutar a positividade e a alegria”, diz o especialista. Temos que nos dar o direito de ser humanos e perdoar nossas fraquezas. Ainda em 1992, Mauger e seus colaboradores estudaram os efeitos do perdão, constatando que os baixos níveis de perdão estão relacionados à presença de transtornos como depressão, ansiedade e baixa autoestima.Aceitar a vida como ela é o libertará do medo do fracasso e das expectativas perfeccionistas.

2.Não veja as coisas boas como garantidas, mas seja grato por elas.Coisas grandes ou pequenas. “Essa mania que temos de achar que as coisas são garantidas e sempre estarão aqui têm pouco de realista.”

3.Pratique esporte. Para que isso funcione, não é preciso malhar numa academia até se cansar ou correr 10 quilômetros por dia. Basta praticar um exercício suave, como caminhar em passo rápido por 30 minutos diários, para que o cérebro secrete endorfinas, essas substâncias que nos fazem sentir-nos “drogados” de felicidade, porque na realidade são opiáceos naturais produzidos por nosso próprio cérebro, que mitigam a dor e geram prazer. A informação é do corredor especialista e treinador de easyrunning Luis Javier González.

4. Simplifique, no lazer e no trabalho. “Precisamos identificar o que é verdadeiramente importante e nos concentrar sobre isso”, propõe Tal Ben-Shahar. Já se sabe que quem tenta fazer demais acaba conseguindo realizar pouco, e por isso o melhor é se concentrar em algo e não tentar fazer tudo ao mesmo tempo. O conselho não se aplica apenas ao trabalho, mas também à área pessoal e ao tempo de lazer: “É melhor desligar o telefone e se desligar do trabalho nessas duas ou três horas que você passa com a família”.

5. Aprenda a meditar. Esse simples hábito combate o estresse. Miriam Subirana, doutora pela Universidade de Barcelona, escritora e professora de meditação emindfulness, assegura que “no longo prazo, a prática regular de exercícios de meditação ajuda as pessoas a enfrentar melhor as armadilhas da vida, superar as crises com mais força interior e ser mais elas mesmas baixo qualquer circunstância”. Ben-Shahar acrescenta que a meditação também é um momento conveniente para orientar nossos pensamentos para o lado positivo; embora não haja consenso de que o otimismo chegue a garantir o êxito, ele lhe trará um grato momento de paz.

6. Treine uma nova habilidade: a resiliência. A felicidade depende de nosso estado mental, não de nossa conta corrente. Concretamente, “nosso nível de felicidade vai determinar aquilo ao qual nos apegamos e a força do sucesso ou do fracasso”. Isso é conhecido como locus de controle, ou “o lugar em que situamos a responsabilidade pelos fatos” – um termo descoberto e definido pelo psicólogo Julian Rotterem meados do século 20 e muito pesquisado com relação ao caráter das pessoas: os pacientes depressivos atribuem seus fracassos a eles próprios e o sucesso a situações externas à sua pessoa, enquanto as pessoas positivas tendem a pendurar-se medalhas no peito, atribuindo os problemas a outros. Mas assim perdemos a percepção do fracasso como “oportunidade”, algo que está muito relacionado à resiliência, conceito que se popularizou muito com a crise e que foi emprestado originalmente da física e engenharia, áreas nas quais descreve a capacidade de um material de recuperar sua forma original depois de submetido a uma pressão deformadora. “Nas pessoas, a resiliência expressa a capacidade de um indivíduo de enfrentar circunstâncias adversas, condições de vida difíceis e situações potencialmente traumáticas, e recuperar-se, saindo delas fortalecido e com mais recursos”, diz o médico psiquiatra Roberto Pereira, diretor da Escola Basco-Navarra de Terapia Familiar.

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Bibliografia para consulta
1-O despertar de uma nova consciência
Eckhart Tolle
2-Momento de despertar
Shakti Gawain
3-Psicologia da Alma
Dr Joshua David Stone
4-Um Curso em Milagres
Foundation for de Inner Peace
5-Ascenção Cósmica-roteiro para os reinos desconhecidos da luz
Dr Joshua David Stone
6-Sua missão ascencional-O seu papel no Plano Maior
Dr Joshua David Stone
7-Ascenção Cósmica
James Tyberonn
8- O processo da Iluminação Espiritual
Judith Blackstone
9-Modern Physics and Vedanta
Swami Jitatmananda
10-Vedanta Monthly
Vedanta Center
11-Manuscritos -acervo pessoal



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Divulgação: A Luz é Invencível

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