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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

ESPECIL ASTROLOGIA ( PARTE II DE III) - O QUE UNE A CABALA E A ASTROLOGIA - O REAL SIGNIFICADO DO SOL IMVICTUS







O que os arquétipos da Astrologia, o movimento dos astros no céu e a Cabala têm em comum? No primeiro texto desta série aprendemos a diferenciar os signos das constelações e como o movimento orbital dos astros no plano da eclíptica influenciou a criação e o estudo dos arquétipos da Astrologia. Neste segundo texto, daremos um passo além: como a Cabala criou um sistema semelhante, também baseando seus arquétipos, no movimento dos astros no céu e a partir dessa compreensão nós entendermos como muitas das mitologias e lendas do passado, como o Sol Invictus, estão baseadas também em arquétipos com íntima relação ao movimento dos astros e sua representação nos ciclos cósmicos da Terra e da evolução humana ao longo dos éons.


A primeira parte do Especial Astrologia está aqui:
http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2016/01/especial-astrologia-parte-i-de-iii.html




PERÍODO ORBITAL





Vamos primeiro entender o básico: o período orbital, segundo a Astronomia, de cada um dos 10 astros estudados na Astrologia.


Lua: 29 dias
Mercúrio: 88 dias
Vênus: 225 dias
Sol: 365 dias (movimento aparente do Sol em relação à Terra na sua translação ao redor do Sol)
Marte: 687 dias
Júpiter: 11 anos e 315 dias
Saturno: 29 anos e 167 dias (29, 5 anos)
Urano: 84 anos e 5 dias
Netuno: 164 anos e 288 dias
Plutão: 248 anos e 157 dias


Considerando que os astros com órbitas mais curtas são influenciados pelos astros com órbitas mais longas, temos a seguinte tabela:


Lua - influenciada por 9 astros
Mercúrio - influenciado por 8 astros
Vênus - influenciada por 7 astros
Sol - influenciado por 6 astros
Marte - influenciado por 5 astros
Júpiter - influenciado por 4 astros
Saturno - influenciado por 3 astros


Essa é a explicação para o significado filosófico das kameas, quadrados "mágicos" estudados pelos cabalistas, nos quais a soma das linhas horizontais equivale à soma das linhas verticais:


Saturno 3x3 (possui 3 linhas e 3 colunas)
Júpiter 4x4
Marte 5x5
Sol 6x6
Vênus 7x7
Mercúrio 8x8
Lua 9x9


O número de linhas e colunas de cada kamea é explicado exatamente pelo número de astros com órbita maior do que a kamea de determinado astro.


Tendo por base esse exemplo, a kamea de Saturno (3 linhas por 3 colunas) tem 9 quadrados, com números de 1 a 9, dispostos de tal forma que a soma de cada linha e cada coluna será sempre 15.


Na kamea solar teremos 6 colunas e 6 linhas, com números de 1 a 36, sendo que cada linha e cada coluna somarão 111 e o número total da kamea, a soma de 1 a 36 será 666.







Agora que sabemos por que cada astro possui esse número, em virtude da influência que a sua órbita recebe dos astros com órbitas maiores que as suas, veremos algo interessante:




A ÓRBITA CELESTE NA ÁRVORE DAS VIDAS







Na Árvore das Vidas temos os 10 astros estudados na Astrologia e também temos a Terra, representada pela esfera Malkuth recebendo toda a energia dos 10 astros ou esferas "acima". Agora, vejamos que interessante: dentro de cada esfera temos o número correspondente às órbitas que influenciam cada um dos astros:


Netuno = 1 (no caso, Plutão que é o único astro com órbita maior que Netuno)
Urano = 2
Saturno = 3
Júpiter = 4
Marte = 5
Sol = 6
Vênus = 7
Mercúrio = 8
Lua = 9


Como Plutão é que influencia todas as demais órbitas, que são mais curtas que a dele, ele é representado como Daat, a esfera oculta, que na tradição cabalista representa exatamente o somatório de todas as outras esferas da Árvore. Na Astrologia, Plutão também representa o inconsciente, o interior mais profundo da pessoa, aquilo que está oculto, metaforicamente representado como o abismo, a travessia que todos nós precisamos vencer ao longo da jornada pelas encarnações para conhecermos a nós mesmos, o auto empoderamento do nosso herói solar interior.



Para maiores informações sobre Daat aconselho a leitura destes 2 textos:
http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2014/06/daat-e-o-dragao.html


http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2014/11/astrologia-e-jornada-do-heroi-nos.html


Como podemos observar pelos cálculos até aqui as filosofias da Astrologia e da Cabala estão profundamente interligadas, mas não para por aí...


Temos na Astrologia o estudo dos ciclos de 36 anos. "Coincidentemente" são os mesmos 7 astros que possuem kameas (Lua, Mercúrio, Vênus, Sol,Marte, Júpiter e Saturno) os que regem alternadamente esses ciclos. Sendo assim, um grande ciclo engloba 252 anos (7 ciclos de 36 anos). Para compreender melhor sobre os ciclos de 36 anos aconselho a leitura adicional desse texto:
http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2016/01/previsoes-2016-parte-i-prenuncio-do.html


Nesse mesmo período, de 252 anos, Plutão realiza uma volta completa ao redor do Sol, Urano 3 voltas completas, Saturno 8 voltas completas e Júpiter 21 voltas completas (reparem que todos são números da seqüência de Fibonaci que dá origem a proporção áurea). Astrologia, Cabala, Matemática e Astronomia eram estudadas juntas na Antiguidade e rezam as “lendas” que alguns povos “primitivos” uniam os estudos dessas 4 ciências à Engenharia e Arquitetura em um passado remoto.


E porque 36 anos como o marco temporal para a influência de um astro durante um ciclo astrológico? A primeira resposta é que 36 é o número da kamea solar, portanto nada mais lógico do que estipular uma contagem com esse número de anos para os grandes ciclos, pois todos os planetas do Sistema Solar orbitam o Sol.


Mas existe algo ainda mais impressionante e que explica porque os sábios da Antiguidade, que eram astrólogos e também cabalistas, profundos observadores dos movimentos celestes escolheram o 36 como o número da kamea solar, o número do Sol:


Cada Era Astrológica engloba 2160 anos (período no qual o pólo celeste sai de um signo de entra em outro). Maiores informações podem ser vistas no link a seguir:
http://www.espacoastrologico.org/astrologia-mundial-e-grandes-ciclos/


Pois bem, 2160 anos equivale exatamente a 60 períodos de 36 anos. O ciclo de 36 anos de um astro representa tão somente um segundo na escala cósmica, sendo que um minuto equivale exatamente à passagem de uma era para a outra.


(1 minuto = 60 segundos, 60 períodos de 36 anos = 2160 anos).


Uma Era Astrológica = 2160 anos


Um ciclo Astrológico = 36 anos


Uma Era Astrológica ( 1 minuto cósmico) = 60 ciclos astrológicos (1 ciclo astrológico = 1 segundo cósmico)


Sendo assim uma Grande Era ou a Precessão dos Equinócios equivale a 25.920 anos ou 12 minutos na escala cósmica.


Esse é o motivo porque os antigos "dividiram" o céu em 12 áreas com 30 graus cada (signos), 12 meses ao ano, pois toda a interligação desses números e arquétipos está baseada no movimento da Terra e dos astros em relação ao Sol em uma Grande Era, sendo a Astrologia "apenas" a interpretação dos arquétipos dessa interligação.


Mas aí alguém poderia perguntar: Mas Zé, se existe essa ligação entre o movimento dos astros do sistema solar e a Cabala (e não me pergunte como os antigos cabalistas da época de Moisés e da época de Enoch sabiam disso) porque eles colocaram exatamente 22 caminhos (os 22 arcanos maiores do Tarô, a jornada do herói) dentro da Arvore das Vidas interligando as esferas?


Agora sim é a “cereja do bolo”:


25. 920 anos = 12 minutos cósmicos
129.600 anos = 1 hora cósmica
3 milhões 110 mil e 400 anos = 1 dia cósmico


Sendo assim, temos figurativamente os 7 dias da Criação em 21 milhões 772 mil e 800 anos, ou seja, os 22 caminhos da Árvore das Vidas representam os 22 milhões de anos que englobam 7 dias cósmicos (mais precisamente 7 dias, 1 hora, 45 minutos e 11 segundos).


Ao observarmos todo o segundo capítulo da Gênesis, podemos observar que nos 7 dias de Criação o livro narra, figurativamente, o florescimento do homem semelhante a uma árvore em um jardim (Gn 2:8) e mostra claramente que a arvore da vida estava no meio do jardim (Gn 2:9) e que dele saia um rio dividido em 4 braços... Ora, qual a sephira que está no meio da arvore da vida, no meio do jardim, com 4 “braços” e que simboliza o fluir das águas e a sustentação?







A resposta é Yesod, a Lua, a Mãe, o fluir da vida em direção a Malkuth (Terra), pois simbolicamente na descrição da Gênesis os rios que nascem no éden fluem na direção de locais físicos na Terra (Malkuth) simbolizando exatamente a encarnação do homem, vindo à terra através das águas (útero).


Os 7 dias da Criação são, portanto, uma forma simbólica de explicar o despertar da consciência, quando o homem abandona o primitivismo, deixa de ser apenas instintos ou humanóide para despertar a razão, o intelecto e a consciência dos nobres sentimentos, um processo simbolizado pelos 7 dias cósmicos ou, aproximadamente, 22 milhões de anos ao longo de incontáveis encarnações em mundos primitivos e posteriormente provacionais.


Seguindo essa linha de pensamento e observando que ao longo dos relatos bíblicos Jesus associa sempre a árvore à uma figueira e que esta leva em média um ano para frutificar, então teremos a noção exata de quanto tempo em média levaremos, ao longo de várias e várias encarnações até que realmente o Cristo seja gerado dentro de nós e possamos frutificar apenas o bem, totalmente regenerados, finalmente triunfando na “jornada do herói” .


E falando em Cristo, vamos compreender a lenda do Sol Invictus....




A LENDA DO SOL INVICTUS





Todas essas observações dos ciclos orbitais e a criação de arquétipos relacionados a esses ciclos e como estes poderiam servir de marcadores para as grandes transformações do gênero humano é que originaram as lendas sobre a vinda de avatares, desde o Antigo Egito até a vinda de Jesus.


Assim como vimos a pouco que a Árvore das Vidas é um grande marcador cósmico para o ciclo encarnatório humano no despertar e amadurecimento da razão, mostrado de forma lúcida no início da Gênesis, a lenda do Sol Invictus consiste numa série de arquétipos atrelados ao movimento orbital dos astros em relação à Terra, que representam a ação da Divindade sobre a vida da humanidade


Se observarmos os mitos e lendas sobre os grandes heróis solares todos nasceram de uma virgem, tiveram 12 discípulos, o que para o grande público era interpretado de forma literal, ou seja, o Messias era nascido de uma mulher virgem e tinha 12 fiéis seguidores, mas para os iniciados o significado era muito mais profundo: o nascimento da “virgem” simbolizava a passagem do Sol pela constelação de Virgem, quando o Sol, o Astro-rei que representa o Messias nascia, após ter sido concebido ao final de dezembro, durante o período do inverno no hemisfério norte, quando o Sol parece que fica muito próximo a linha do horizonte por 3 dias como se tivesse descido a Terra antes de "ressuscitar", após os dias mais longos de escuridão, quando o Sol "fica parado no horizonte" exatamente para “depositar” o herói solar concebido no ventre da "virgem" que vai pari-lo em setembro, quando o Sol passa pela constelação de Virgem! Justamente em setembro, quando o Messias solar "nasce" da Virgem é que acontece a colheita das frutas, quando as Árvores (das vidas?) dão os frutos (sephirot).


Isso explica porque os planetas estão dispostos como "frutos" na "Arvore" das vidas ou ainda porque os antigos cabalistas criaram esquemas baseados em quadrados perfeitos na forma de kameas, pois a base dos antigos templos era feita com base no quadrado perfeito (as pirâmides ou ainda o lugar mais sagrado do Templo, o "Santíssimo" no qual era depositada a Arca da Aliança), são representações, arquétipos, que para o grande público era (e é) apenas uma questão de “tradição” religiosa, mas que possui um significado muito mais profundo, além de simples mitos.


Por esses e outros motivos, explicados ao final do livro "Armagedoom 2036" é que os grandes iniciados já sabiam quando e onde o Messias nasceria, pois a própria localidade na qual ele nasceu definida como Belém (Beit – Lehem), que significa "a casa do pão", que é feito com trigo, simbolizado na espiga de trigo que a Virgem segura na representação antropomórfica da constelação pela qual o Sol passa em setembro.


Para o grande público o "dia de reis" (leia-se cabalistas e astrólogos da Antiguidade) simbolizava o nascimento do Messias, para os iniciados simbolizava a sua concepção, quando as três estrelas da constelação de órion (as 3 marias ou os 3 reis) ficavam alinhadas junto a estrela mais brilhante do céu noturno (Sirius) como se estivessem apontando na direção do Sol, o "seguindo", quando o Sol simbolicamente ficava "parado" 3 dias no horizonte para deixar o seu herói solar, o seu Messias na Terra, concebido no ventre da virgem, para que nascesse em setembro, quando o Sol saísse da Virgem.


Essa é a mitologia iniciática do Sol invencível, da luz sempre derrotando as trevas e agindo sobre a Terra, um dos muitos mitos e representações que os sábios da Antiguidade criaram para explicar de forma poética como o Universo através dos seus marcadores celestes apontava para o momento da vinda de um grande enviado de Deus para auxiliar a humanidade, simples e lúdicas histórias para o grande público, mas com profundos significados para os grandes iniciados que trabalhavam e trabalham em favor da humanidade.


O livro “Armagedoom 2036” estará em promoção entre os dias 10 e 16 de fevereiro de 2016 por 37,73 reais no Clube dos Autores, para adquirir o livro clique no banner abaixo


Quem quiser um pdf com trechos do livro peça pelo email: profecias2036@gmail.com



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Na terceira e última parte deste especial sobre Astrologia vamos entender se realmente os astros afetam a personalidade humana e qual a real essência do estudo da Astrologia.


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