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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

INDÚSTRIA DOS TRANGÊNICOS- Nestlé, Cargil, Monsanto, Pepsico e Walmart


TRANGÊNICOS-DADOS CIENTÍFICOS
Os transgênicos são organismos vivos modificados em laboratório, onde se altera código genético de uma espécie com introdução de uma ou mais sequências de DNA (genes), provenientes de uma outra espécie – sexualmente não compatíveis – por exemplo: introduzir fragmentos de DNA de bactérias/virús no DNA do milho. Este(s) novo(s) gene(s) introduzido(s) nunca antes na Natureza pertenceram ao genoma dessa espécie e vão conferir-lhe uma “nova” característica e/ou fazer com que essa espécie produza “novas” substâncias/proteínas.As técnicas da engenharia genética consistem em isolar segmentos do material genético de um ser vivo e introduzi-los no material hereditário de outro. Esta técnica não pode ser comparada, como nos querem vender, com os melhoramentos genéticos feitos desde sempre na agricultura onde se cruzam organismos dentro da própria espécie, ou seja, que se cruza milho vermelho com milho amarelo,por exemplo.Existem 3 tipos de organismos transgênicos no momento mais comercializados para agricultura e para consumo:
– as plantas trangênicas onde foram introduzidos genes para resistir á um determinado pesticida (quando nele aplicado);
– as plantas trangênicas onde foram introduzidos genes para que a própria planta produza o seu insecticida (em todas as suas células);
– as plantas trangênicas que têm estas duas características.O cultivo e consumo de transgênicos estão ampliando os impactos ambientais, sociais e o bem-estar dos consumidores.
Post relacionado;a-complexidade-do-genoma-humano-primeira-parte
A CONTAMINAÇÃO E O IMPACTO NO MEIO AMBIENTE
Um dos principais problemas ambientais relacionados com os transgênicos é a contaminação genética (cruzamento entre plantas transgênicas com plantas convencionais). Este tipo de contaminação é irreversível, uma vez que, um gene quando “ lançado” no meio ambiente não existe forma de o eliminar doecossistema.Ora, este gene ao expressar características com consequências negativas no ambiente/saúde faz com que, os organismos que o adquirem (através do cruzamento com organismos transgênicos), transportem no seu código genético, infomação que gera poluição (pelos impactos negativos que causa) irreversível (porque não se consegue remediar) na biosfera.Além dos impactos no ambiente e na saúde imprevísiveis que as “ espécies contaminadas” podem causar, ao transportar o novo gene no seu genoma, esta espécie fica com uma patente cravada no seu código genético. E, através das patentes sobre OGMs, as companhias ganham OGMs!
O cultivo de transgênicos pode aumentar o uso de herbicidas na agricultura. Estes ao serem produzidos com o objetivo de resistir um único herbicida, pode originar que, no final de alguns anos de uso deste herbicida, o agricultor comece a ter problemas para eliminar as ervas daninhas (que adquirem resistência á esse herbicida).Para resolver este problema, o agricultor é obrigado a aplicar o herbicida mais vezes e em quantidades cada vez maiores. E isso significa que mais herbicida será depositado no solo e na água na sua exploração de cultivo. Quando essas quantidades não são suficientes, o agricultor terá que aplicar outros herbicidas que as ervas daninhas ainda não são resistentes. Toda esta lógica de aplicação de pesticidas tem efeitos na água, no solo, na saúde dos seres humanos difíceis de quantificar.
A diminuição da agrobiodiversidade não é apenas uma consequência da agricultura com transgênicos. Já antes, com a Revolução Verde e a industrialização da agricultura, se iniciou a transformação de uma agricultura eficiente para uma agricultura baseada na produtividade e no lucro. Assim, as variedades com maior valor comercial foram tomando o lugar das mais diversas variedades que se desenvolveram pela mão dos agricultores ao longo de milhares de anos. O monocultivo, assegurado por máquinas, agroquímicos e agora também por variedades transgênicas criadas no laboratório, transformou a riqueza da agricultura em campos vulneráveis a pragas e ecológicamente pobres.
O IMPACTO NA SAÚDE
As consequências que poderão existir a longo prazo (da inserção de genes a organismos que não lhe pertencem) são completamente imprevisíveis devido a toda a complexidade referente à genética e ausência de conhecimento nesta área para avaliar o risco de tal passo.No entanto, do que até hoje foi estudado, existe uma divisão de opinião a nível dos cientistas dos riscos que o cultivo de transgênicos pode causar na saúde humana, assim como, existem muito poucas avaliações de risco na saúde devido ao consumo de transgênicos, logo, existe muita incerteza em relação a este tópico.(?)Mas, é fato que efeito do aumento do uso de herbicidas e pesticidas na agricultura com transgénicos não reflete um bom sinal para a qualidade dos alimentos que ingerimos.
ALGUNS EFEITOS JÁ COMPROVADOS NA QUALIDADE DA SAÚDE
Os possíveis efeitos na saúde humana dos transgênicos estão relacionados o aumento de alergias, aumento da resistência aá tratamentos com antibióticos e alterações de peso em fígados e rins decobaias.Como não existem informações suficientes sobre a segurança do consumo de alimentos transgênicos, ingeri-los significa correr um risco desnecessário.
OS INTERESSES ECONÔMICOS-

Rotulagem como direito básico

Desde que os transgênicos chegaram clandestinamente ao Brasil, em 1997, o Greenpeace trabalhou para que o consumidor pudesse identificá-los e decidir se compraria ou não.Em 2003, foi publicado o decreto de rotulagem (4680/2003), que obrigou empresas da área da alimentação, produtores, e quem mais trabalha com venda de alimentos, a identificarem, com um “T” preto, sobre um triangulo amarelo, o alimento com mais de 1% de matéria-prima transgênica.A resistência das empresas foi muito grande, e muitas permanecem até hoje sem identificar a presença de transgênicos em seus produtos. O cenário começou a mudar somente após denúncia do Greenpeace, em 2005, de que as empresas Bunge e Cargill usavam transgênicos sem rotular, como determina a lei. O Ministério Público Federal investigou e a justiça determinou que as empresas rotulassem seus produtos, o que começou a ser feito em 2008.A partir de 2007, parlamentares da bancada ruralista, impulsionados pela indústria da alimentação e empresas de transgênicos, propuseram projetos de lei que visam acabar com a rotulagem. O Greenpeace está de olho nestas iniciativas que visam bulir com nosso acesso à informação.A rotulagem de produtos transgênicos é um direito básico dos consumidores. Todos nós temos o pleno direito de saber o que consumimos.
O CONTEXTO ECONÔMICO
A produção de transgênicos está dentro de um sistema de agro-indústria.Este tipo de sistema agro-industrial apenas beneficia as grandes empresas como Monsanto, Pioneer, Syngenta,Nestlé, Cargil, Monsanto, Pepsico e Walmart,que monopolizam a venda de produtos desta indústria (sementes e agro-tóxicos).Hoje em dia, este é o sistema que domina os princípios da agricultura latifundiária e tem consequências avassaladoras para todos os países onde a agricultura é o setor principal na sua economia.Estas consequências são traduzidas em mais fome, probreza, aumento da dívida dos países pobres para os países mais ricos/dependência etc.Muitas pessoas acreditam que os transgênicos foram inventados(?) para produzir mais e acabar com a fome no mundo(?), ou para resistir condições adversas do meio ambiente como, as chuvas, as secas e temperaturas extremas. No entanto, depois de mais de 10 anos do cultivo e comercialização de transgênicos, por exemplo, a fome no mundo para milhares de pessoas continua a ser uma realidade.
Adquirir sementes patenteadas e entrar no monopólio de sementes (transgênicas ou não) criados pela agro-indústria, conduzirá os povos à perda da sua soberania alimentar e à perda de recursos alimentares. Por isso, os transgênicos não minimizarão a crise alimementar, irão em vez disso, reforçar o aumento desta crise.
O PONTO DE VISTA/DECLARAÇÃO DO GREENPEACE BRASIL
“Introdução de transgênicos na natureza expõe nossa biodiversidade a sérios riscos, como a perda ou alteração do patrimônio genético de nossas plantas e sementes e o aumento dramático no uso de agrotóxicos. Além disso, ela torna a agricultura e os agricultores reféns de poucas empresas que detêm a tecnologia, e põe em risco a saúde de agricultores e consumidores. O Greenpeace defende um modelo de agricultura baseado na biodiversidade agrícola e que não se utilize de produtos tóxicos, por entender que só assim teremos agricultura para sempre.”

FOME NO MUNDO-A SOLUÇÃO É A AGRICULTURA PARA SEMPRE

Para os agricultores que cultivam plantações convencionais ou orgânicas, a contaminação e a inserção em massa de sementes transgênicas no mercado têm implicado em prejuízo. Eles têm perdido o direito de vender suas safras como convencionais ou orgânicas, que são mais valorizadas no mercado, e ainda por cima são obrigados a pagarem royalties por algo que eles não queriam.Os defensores dos transgênicos dizem que eles podem ser uma solução ao problema da fome no mundo, pois podem levar ao aumento da produção de alimentos. Mas a realidade é bem diferente.A totalidade dos transgênicos plantados no Brasil, e a quase totalidade dos transgênicos plantados no mundo, são plantas resistentes a agrotóxicos ou com propriedades inseticidas. A produtividade dos transgênicos não é superior à dos convencionais e orgânicos, e a semente é mais cara por conta dos royalties a serem pagos, o que aumenta o custo de produção.Considerando isso, e somando-se seus impactos sobre a biodiversidade agrícola e aumento no uso de agrotóxicos, só uma conclusão é possível: os transgênicos são um problema, e não a solução, para a fome no mundo.

Soluções

1- Proibição de aprovações de novas culturas transgênicas, em especial aquelas que são a base da alimentação de nossa população.
2-Rotulagem dos produtos transgênicos, para atender plenamente a um direito do consumidor de saber o que está comprando.
3- Fiscalização e cuidado na cadeia para que não haja contaminação.

A Empresa Monsanto foi fundada em 1901, nos Estados Unidos, e se caracteriza por um envolvimento progressivo na produção e pesquisa de produtos químicos, utilizados principalmente como matéria-prima industrial. Desenvolveu produtos inovadores como o plástico, a fibra sintética, os detergentes e outros. Praticou uma estratégia de aquisição tanto de concorrentes como fornecedores e se tornou uma gigante no ramo químico e farmacêutico.Em 1976 a empresa começou a comercializar o herbicida Roundup, que se tornou a principal fonte de receita da empresa, além de ser o mais vendido no mundo. A Monsanto se estruturou de forma multidivisional, e em 1985 acabou por vender suas unidades petroquímicas e outras menos importantes, concentrando-se em atividades capazes de gerar maior valor agregado.Em 1979 a empresa fundou o Molecular Biology Group (MBG), que era um centro de documentação sobre os principais avanços realizados na biologia capazes de serem absorvidos e aproveitados pela produção agrícola.

A partir de 1980, os trabalhos de biotecnologia do MGB se intensificaram, já que a lei de patentes, garantindo o direito à propriedade intelectual de suas descobertas, mesmo em organismos vivos, foi aprovada pelo governo Norte Americano. A nova legislação possibilitou grandes investimentos em pesquisa e tecnologia por parte da empresa que esperava retornos financeiros de suasdescobertas. Em 1982, seus pesquisadores, pela primeira vez, alteraram genéticamente as células de uma planta e a partir daí, o objetivo das pesquisas de biotecnologia da empresa se concentraram no desenvolvimento de OGMs que resistissem a insetos, a doenças e principalmente ao herbicida Roundup – conquista realizada em 1985,quando a empresa desenvolveu a primeira planta resistente ao agrotóxico.Em 1993, a empresa centralizou suas atividades em torno da química, agroquímica,hormônios de animais e farmácia. De fato, as duas primeiras áreas de pesquisa se tornaram responsáveis por mais de dois terços de suas receitas, sendo que os produtos agroquímicos da empresa ganhavam cada vez mais importância .
O fortalecimento paralelo das duas atividades principais – química e agrícola – levou,em 1997, a uma divisão dos negócios do holding Monsanto em duas empresas distintas: aMonsanto, dedicada à agricultura, à farmacêutica e à biotecnologia, e a Solutia, que passou aagregar todos os negócios da área química. O enfoque da Monsanto em agricultura foi fortalecido após a fusão, nos Estados Unidos, da Monsanto Company com a Pharmacia & Upjohn, consolidada em abril de 2000 com a criação da Pharmacia Corporation. Em agosto ocorreu a cisão entre a Monsanto e a Pharmacia, já préviamente acordada. Atualmente a Monsanto é uma empresa independente, totalmente focada em agricultura.Sua atuação no campo da engenharia genética tem sido motivada pelo interesse deaumentar a utilização de seu principal produto, o Roundup, e das sementes resistentes aoherbicida, sendo que atualmente, as pesquisas e o desenvolvimento de transgênicos vêmcrescendo muito.
MONSANTO NO BRASIL
A Monsanto se instalou no Brasil durante os anos 50, quando suas matérias-primas começaram a ser comercializadas no país. Em 1963, a empresa instalou seu escritório de vendas em São Paulo. Na década seguinte, iniciou uma série de investimentos na área química, que culminaram com a inauguração da primeira fábrica em 1976, em São José dosCampos (SP). Esta unidade é um dos mais avançados complexos industriais da Monsanto fora dos Estados Unidos e, desde 1984, concentra toda a produção do herbicida Roundup para abastecer o mercado brasileiro.Em 1989, dentro dos negócios farmacêuticos, passou a fabricar os produtos da Nutrasweet no País, integrando-se à área de alimentos. A posição de destaque como fornecedora de insumos para a área agrícola consolidou-se ainda mais com seu ingresso na área de pesquisa e beneficiamento de sementes de soja, milho, sorgo e girassol. A partir da aprovação da legislação de cultivo, a empresa desencadeou um processo de aquisições de empresas de sementes no país, detendo a partir de 1997 o primeiro lugar no mercado de sementes de milho o segundo lugar no de soja, com 60% e20% respectivamente da produção brasileira.
ALGUNS PRODUTOS VENDIDOS NO BRASIL QUE POSSUEM SOJA TRANGÊNICA NA SUA COMPOSIÇÃO
Os produtos analisados foram recolhidos entre 25 de agosto e 30 de novembro de 2004( e isto não deve ter melhorado, só piorado em 10 anos) pelas coordenadorias de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) em supermercados de Brasília, São Paulo e Santa Catarina. As amostras foram enviadas ao DPDC, que as remeteu a filial em Santos (SP) do laboratório suíço Société Générable de Surveillance (SGS). Os exames, concluídos , primeiro mostraram a existência de organismos genéticamente modificados (OGM) e depois revelaram se tratar da soja Roundup Ready, a variedade transgênica da Monsanto, multinacional que trabalha com pesquisa e produção de sementes.
Os exames mostraram que o Soymilke e o Sustare tinham material transgênico em uma quantidade abaixo de 1% e acima de 0,01%. O fato de o índice não atingir 1% desobrigava a Olvebra de colocar o alerta em forma de triângulo informando ao consumidor a presença de material transgênico, como prevê a legislação brasileira. No entanto, as embalagens dos produtos analisados continham a informação sobre a inexistência de soja transgênica, o que levou o DPDC a abrir os processos por desobediência ao Código de Defesa do Consumidor, que prevê punição para propaganda enganosa.Os rótulos das três embalagens de Soymilke, anexados aos processos, mostram em vermelho, com destaque, a inscrição “com soja não transgênica”. A mesma informação, só que na cor azul, aparece no rótulo do Sustare. Apesar de isso não constar dos processos, a fabricante também informa em seu site na internet não usar transgênicos. “A Olvebra, além de garantir a qualidade funcional de suas matérias-primas, ainda garante a origem não transgênica de seus produtos”, informa a empresa na página eletrônica.
Atualmente, se livrar de alimentos transgênicos é difícil, e tende a piorar. Grandes marcas que estão na mesa dos brasileiros fazem uso de transgênicos: Nestlé, Pepsico, Cargill (Liza), Bunge (Soya, Delícia, Primor, Mila), Quero (enlatados, molhos prontos, etc), Ajinomoto (Sazon, Ajinomoto), Kellogg’s, Linea, Bristol & Meyers (Sustagen),Garoto, Adria, Pullman, Novartis (Ovomaltine).Uma alternativa é dar preferência a marcas como Jasmine, Mãe Terra, Native, que não fazem uso de transgênicos; outra opção também é dar prioridade a alimentos orgânicos (certificados) de um modo geral. Claro que também nem sempre dá para confiar 100% no que é dito, a Olvebra, por exemplo, diz em seu site que não usa soja transgênica, mas o Ministério da Justiça identificou o contrário
Fonte;Ministério da Justiça do Rio Grande do Sul-/www.mprs.mp.br/consumidor/noticias
EXCLUSIVO: Greenpeace denuncia no Congresso multinacionais que usam transgênicos sem informar ao consumidor
Fonte-AMBIENTEBRASIL-6/08/2015
Cerca de vinte ativistas da ONG ambientalista Greenpeace, denunciaram a parlamentares no Congresso Nacional que as multinacionais Bunge e Cargill, fabricantes de duas marcas líderes de óleo de cozinha no Brasil – respectivamente Soya e Liza -, estariam desrespeitando o Decreto de Rotulagem 4.680/03, em vigor desde abril de 2004. Essa legislação obriga todos os produtos fabricados com mais de 1% de transgênicos a trazerem tal informação no rótulo – o que as empresas não estão fazendo.
O Greenpeace entregou aos deputados Fernando Gabeira (PV-RJ) e João Alfredo (PSOL-CE), da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, um dossiê com amostras de soja, documentos e imagens da realização de testes.O documento começou a ser elaborado em julho deste ano, quando a ONG coletou amostras de soja de diversos caminhões e realizou testes de fita Trait/SDI, que detectam transgênicos. O resultado foi positivo em todas as fábricas investigadas, com exceção da unidade da Bunge em Campo Grande/MS, que fabrica produtos para exportação e é certificada pela empresa SGS. Isto significa que ao menos a Bunge pratica uma política de “dois pesos, duas medidas”: ao mercado europeu, só produtos livres de transgênicos. Ao mercado brasileiro, presença de organismos geneticamente modificados, sem informar isso aos consumidores.
As demais amostras, que apontaram a presença de transgênicos, foram coletadas nas fábricas de processamento de soja da Bunge em Ourinhos/SP e Dourados/MS, e na fábrica da Cargill em Três Lagoas/MS.O dossiê também foi encaminhado à Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado e aos Ministérios de Meio Ambiente, da Saúde e da Agricultura. O Ministério Público Federal e as Comissões de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Agricultura da Câmara dos Deputados e a Associação Nacional de PROCONs receberam cópias do dossiê com as denúncias.
Em pronunciamento feito ainda ontem à tarde, no plenário da Câmara, o deputado João Alfredo discorreu sobre o assunto e cobrou providências. “Desde já, exigimos medidas imediatas do Governo para obrigar a rotulagem dos produtos transgênicos e o imediato recolhimento dos produtos fabricados pelas duas citadas multinacionais, a Bunge e Cargill”, disse, avaliando que o “Governo afrontou o meio ambiente e a saúde humana ao aprovar a Lei de Biossegurança que liberou os transgênicos, após intensa luta dos ambientalistas nesta Casa, e a despeito da pertinaz oposição da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.”Segundo o deputado, a única ressalva nos “malefícios desta Lei” foi justamente a garantia de que a soja transgênica seria rastreada em sua origem, desde a distribuição de sementes, e rotulada em todas as etapas. “A denúncia trazida pelo Greenpeace revela que nem essa parte o Governo está cumprindo”, apontou. “O consumidor brasileiro está comprando, sem saber, um produto sobre o qual não há consenso, dentro da comunidade científica, de que seu consumo seja seguro para a saúde humana.”
João Alfredo antecipou a AmbienteBrasil que estará apresentando, na próxima semana, junto com o deputado Fernando Gabeira, um requerimento na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara. O objetivo é convocar uma audiência pública com representantes dos Ministérios do Meio Ambiente, da Justiça, da Saúde e da Agricultura, além da participação de representantes do próprio Greenpeace e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor – Idec. O Ministério Público Federal também será convidado.
Rev. USP  no.89 São Paulo mar./maio 2011
Dr.Walter Colli-Professor titular  do Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da USP
Dra.Regina Helena Porto Francisco-Professora Dra. do ICQ-USP
Instituto de química de São Carlos- Universidade de São Paulo
E-mail;porto@iqsc.usp.br
“Queremos saber do Governo como está sendo feita a fiscalização dos transgênicos em suas diferentes fases – plantio, armazenamento, comercialização de sementes e, por fim, comercialização de produtos industrializados”, explica ele.
Confira a lista de produtos fabricados pela Bunge e pela Cargill, presentes no mercado brasileiro. Alguns deles podem conter transgênicos:
Bunge
* Margarinas – Cyclus, Delícia e Primor
* Creme vegetal – Soya
* Óleos e azeites – Salada, Soya, Primor, Ville e Andorinha
* Maioneses – Delícia, Primor e Soya
* Bebidas prontas – All Day e Cyclus
* Proteína texturizada de soja – Maxten
Cargill
* Óleos Liza – Soja, Nutriplus, Milho, Girassol e Canola
* Óleo de Milho Mazola
* Óleo de Canola Purilev
* Óleo de Soja Veleiro
* Óleos compostos Olívia – Tradicional, Cebola e Alho, Ervas finas, Orégano e Manjericão
* Azeites de oliva – Gallo e La Española
* Maioneses – Liza e Gourmet
* Molhos para salada – Liza e Purilev.
Mais “alimentos” que usam trangênicos em sua fabricação;
Balas e chocolates
*Adams –Arcor -Cadbury- Dan Top- Dizioli- Duitt- Garoto- Halls- Hershey’s- Santa Edwiges- Trident
Biscoitos e Salgadinhos
*Adria- Dauper- Ebicen (Glico)- Lu (Arcor)- Zabet (Adria)- Truinfo (Arcor)- Aymoré (Arcor)- Gran Dia (Arcor)
Pães e Bolos
*Santa Edwiges- Pullman- Ana Maria (Pullman)
Matinais e cereais
*Café do Ponto-Diet Shake (Nutrilatina)-Kellog´s-Linea-Melitta-Pro Sobee (Bristol & Meyers)-Sustagen (Bristol & Meyers)
Bebidas
*All Day (Bunge)- Yakult- Cyclus (Bunge)- Tonyu (Yakult)
Massas
*Adria- Frescarini (General Mills)- Mezzani- Pastitex- Santa Branca
Congelados
*Arosa- Forno de Minas (General Mills)- Pescal- Belcook

Fundação Gates, os transgênicos e a parceria com a Monsanto e Cargill

Em um discurso em Roma na Agência de Pobreza Rural da ONU, Bill recomendou investimentos tecnológicos para combater a fome, mas novamente de forma equivocada. Novamente Gates teve uma atitude digna quando diz se preocuparcom a desgraça da fome, mas erra feio na implementação, principalmente quando se sabe que a Fundação Bill e Melinda Gates é uma grande acionista da Monsanto e parceira da Cargill, uma das maiores empresas de commodities alimentícios do mundo (alimentos como mercadoria especulativa na bolsa de valores).
Não é de agora que sabemos dos males dos OGM na base da alimentação, na base do mantenedor da vida e da sociedade, principalmente em lugares pobres. Na Índia, por exemplo, aconteceu uma caso notório de introdução de OGM na base da sociedade. Resultado? Desastre! Lá Organismos Genéticamente Modificados vindo da Monsanto, mágicamente iriam resolver o problema da produção. Foi o que eles falaram.A Monsanto garantiu que as sementes modificadas deles iriam resolver tudo. E o que aconteceu foi uma calamidade. Regiões onde se plantava há 5 mil anos agora estavam dependentes de patentes da Monsanto, que detém 90% da propriedade intelectual sobre essa biotecnologia. Não só de sementes, que se espalharam por todos os cantos indiscriminadamente, mas dos agrotóxicos, que são de uso casado. Se você compra sementes da Monsanto terá que usar defensivos deles,obrigatóriamente.
O custo da plantação aumentou, a dependência ficou irreversível e os resultados eram um fracasso. Os pessoas foram levadas pela propaganda da mágica dos OGM, pela propaganda da Monsanto, e colheram desespero, tanto que o número de suicídio aumentou muito na região devia à dívidas resultante da empreitada da Monsanto na região. A Monsanto com seus Organismos Geneticamente Modificados foi responsável por uma das mais notórias catástrofes da história da biotecnologia. E não parou por aí. A Monsanto fez isso em outros países da Ásia, praticando inclusive corrupção ativa para fazer todos ficarem dependentes de seus produtos.
O custo da plantação aumentou, a dependência ficou irreversível e os resultados eram um fracasso. As pessoas foram levadas pela propaganda da mágica dos OGM, pela propaganda da Monsanto, e colheram desespero, tanto que o número de suicídios aumentou muito na região, devido à dívidas resultantes da empreitada da Monsanto na região. A Monsanto com seus Organismos Genéticamente Modificados foi responsável por uma das mais notórias catástrofes da história da biotecnologia. E não parou por aí. A Monsanto fez isso em outros países da Ásia, praticando inclusive corrupção ativa para fazer todos ficarem dependentes de seus produtos.
O lado ambiental o OGM é cruel. Desastres são preocupantes no cultivo com OGM. As culturas transgênicas podem ter uma vantagem competitiva em relação às plantas nativas silvestres, dificultando sua capacidade de sobrevivência. Além disso, insetos benéficos e outras formas de vida silvestre podem ser ameaçados pelas culturas transgênicas que produzem seu próprio inseticida ou por culturas que requerem uso mais intenso de agrotóxicos”, aponta o documento do Greenpeace. O caso indiano anterior mostrou algo que constantemente acontece. Os insetos, fungos e ervas daninhas “criam” resistência dos defensivos que são obrigados a passarem (e comprarem da empresa dona da patente das sementes). O resultado é um aumento na quantidade de agrotóxicos que gera um ciclo vicioso pois cada vez menos os defensivos fazem efeitos. É um desastre econômico e ambiental.No mesmo documento da entidade ambientalista acima citada é afirmado: “O pior ainda é o custo para a saúde. Alimentos produzidos á partir de algumas culturas transgênicas podem prejudicar sériamente o tratamento de doenças. Isso se deve ao fato de muitas variedades transgênicas conterem genes resistentes a antibióticos. Se esses genes se transferirem para bactérias patogênicas, eles poderiam torná-las imunes aos efeitos do antibiótico, contribuindo ainda mais para a disseminação de bactérias resistentes aos antibióticos comuns. Alimentos transgênicos podem aumentar o risco de alergias graves e até fatais. Muitas pessoas são alérgicas a alimentos produzidos com determinadas plantas devido a proteínas contidas neles. Evidências sugerem que culturas transgênicas apresentam um potencial alérgico ainda maior que as culturas tradicionais.
O discurso dos OGM, o discurso de Gates, é idêntico ao da Revolução Verde, que iria contribuir para acabar com a fome no mundo. A Revolução Verde, pós Segunda Guerra, realmente aumentou e muito a produção e a qualidade dos alimentos. A tecnologia para a área foi peça necessária para ocorrer o aumento vertiginoso na produção e oferta. De acordo com a FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, a produção de carnes, crustáceos, moluscos, grãos e cereais, base da alimentação mundial, subiu de 100 a quase 300%. Acabamos com a fome no mundo? Não, muito pelo contrário. O número de miseráveis mortos, literalmente, de fome é alarmante.
Gates está muito equivocado se acha que combater a fome é produzir mais, é privatizar o patrimônio genético da base da alimentação dos povos, é introduzir uma espécie estranha sem saber os resultados ferindo completamente o Princípio da Precaução . Bill Gates pode dizer que se preocupa(?) com o flagelo, mas o investimento não deve ser feito em Organismos Genéticamente Modificados. Pior ainda é fazer tudo isso em parceria com a Monsanto. Sim, a Fundação Bill e Melinda Gates é uma grande acionista da Monsanto , como dito mais acima, e é muito questionável o interesse da Fundação Gates em combater a fome com OGM, OGM de uma das empresas com piores históricos do planeta, famosa por produzir armas químicas, toxinas letais e deixar regiões onde entram uma calamidade. Críticos afirmam que o objetivo da Monsanto é dominar sobre as sementes mundiais, extinguindo todas as não-transgênicos, as que não são de propriedade da empresa.E se não bastasse a Monsanto no portfólio de investimentos da fundação de Bill Gates, eles ainda tem como parceira a Cargilluma das maiores empresas de commodities alimentícios do mundo, cujo interesse, além de produzir, é ter alimentos como mercadoria especulativa em bolsas de valores, para aumentar seus lucros e o controle sob os alimentos – Cargill (EUA), junto com outras poucas empresas como Bunge (EUA), Archer Daniels Midland (EUA), Louis Dreyfus (França) e Marubeni (Japão) controlam 90% do mercado de grãos do planeta, base da alimentação do mundo. Esse tipo de ação é responsável por uma tragédia humanitária tremenda, fazendo os preços dos alimentos dispararem de maneira assustadora, jogando milhões dentro da fome extrema. A empresa ainda tem sério histórico de devastação do meio ambiente, aqui mesmo no Brasil, invadindo à Amazônia para fortalecer o agronegócio da soja.Então a proposta de Bill Gates está muito mal explicada. Como ele quer investir no combate à fome com esse conflito de interesses, essas parcerias estranhas com Monsanto e Cargill?
Nessa última declaração, sobre as questões da fome, o alvo para ataque deve ser nas consequências das atitudes humanas que estão modificando o clima, o alvo deve ser a política colonialista e predatória das grandes potências, que pouco fazem para combater a desigualdade, que pouco fazem para criar mecanismos de crescimento econômico e humano e que muitas vezes até compactuam, por interesse próprio, com sistemas políticos criminosos. O alvo também deve ser também o lobby criminoso e a política de grandes empresas que estão destruindo toda uma estrutura social e econômica – Monsanto, parceira da Fundação Gates, é uma dessas empresas que destroem o mundo.E as pessoas? Esperarão, morrendo, até que isso mude? Não. Uma Tecnologia Alimentar então deve ser proposta, mas de modo muito mais simples, sem os evidentes problemas dos OGM e com uma política de distribuição eficiente não só de alimentos mas de recursos. É possível até investir em formas alternativas, mais baratas e eficientes de tecnologia de produção alimentar, que nunca criariam dependência, que nunca privatizariam a vida vegetal, que não afetariam a fauna, flora e a estabilidade natural. É possível investir na criação e desenvolvimento de formas sustentáveis, baratas e simples.Tecnologia eficiente nem sempre é feita em laboratórios caros, com muitos elementos químicos, moléculas e DNAs. Nem muito menos fazendo parcerias com empresas duvidosas (para não dizer criminosa), como a Monsanto. Muitas vezes investir na tecnologia simples, que é de fácil acesso, é melhor e há inúmeros exemplos de que isso é verdade. A água, por exemplo, que é essencial para a vida na Terra, é uma das que mais matam. Soluções acessíveis são possíveis, sem nada de componentes eletrônicos, mas que não deixam de ser tecnológicos. Um simples filtro de barro, para ter uma idéia, já ganhou espaço nos projetos humanitários. Uma simples garrafa PET exposta ao Sol durante horas pode tornar a água mais limpa que complicados sistemas de purificação. Plantações usando técnicas milenares, como plataformas em escadas, irrigação natural, reaproveitamento de dejetos pode ter melhores resultados. E tudo pode ser feito de maneira orgânica, usando técnicas provadas que são mais acessíveis do que produtos patenteados, produtos tóxicos, que geram dependência, que geram destruição do meio ambiente e cujo resultado quase sempre é nulo. Se Bill Gates quer combater a fome no mundo ele certamente está indo pelo pior caminho.Bill Gates deixa claro: combate à miséria é obrigatório aceitar Organismos Genéticamente Modificados (OGM) . O grande desastre disso é ocorrer o que aconteceu em outras partes do mundo: dependência tecnológica, privatização de estrutura genética de organismos vivos,aumento da dependência de agrotóxicos, desastre ambiental e social. Tudo isso sempre com empresas privadas duvidosas, envolvidas em escândalos, corrupção e outras terríveis ações, no meio de tudo.
Agronegócio: a farsa do admirável mundo novo-A questão dos transgênicos é somente mais um componente da atual situação da produção de alimentos industriais no mundo. O domínio das corporações é total.
A transgenia é uma ameaça aos camponeses, à soberania alimentar, à saúde e à biodiversidade no planeta. Ela reduz a produtividade, provoca o aumento exponencial do uso de agrotóxicos. É um instrumento chave para facilitara maior concentração corporativa da história da alimentação e da agricultura. Seis empresas transnacionais controlam a totalidade dos transgênicos semeados comercialmente. Como resultado do avanço da industrialização da cadeia alimentar nas mãos das corporações do agronegócio, aumentou o número de desnutridos e obesos, fenômeno que agora é sinônimo de pobreza e não de riqueza. O sistema agroindustrial produz 30% dos alimentos do mundo e usa 80% das terras e consome 70% da água. A tecnologia transgênica é uma técnica inexata sobre a qual não se tem controle de suas consequências.Entretanto, a questão dos transgênicos na realidade é somente mais um componente da atual situação da produção de alimentos industriais no mundo. O domínio das corporações é total. Na comercialização e exportação dos grãos apenas quatro empresas dominam 75% dos negócios – Cargill, Louis Dreyfus, Bunge e ADM. O faturamento das quatro em 2013 passou de US$230 bilhões. A maior delas, a Cargill, alcançou US$136,7 bilhões, seguida pela Louis Dreyfus – a única da Europa – com US$66 bilhões, as outras duas, Bunge e ADM, na casa dos US$15 bilhões. A questão não é somente soja, farelo e óleo, elas dominam os principais grãos, mais cacau – caso da francesa Louis Dreyfus-, açúcar e todos os derivados possíveis.
Proteína na salsicha ?
A Cargill tem a marca Innovatti e a Bunge, uma associação com a Dupont, com a marca The Solae Company. Em resumo, elas produzem proteína isolada de soja, que é utilizada na produção de suplementos alimentares, alimentos funcionais, bebidas líquidas e em pó e barras de cereais. A proteína concentrada é empregada na fabricação de salsichas, mortadelas ou itens que levam carne moída. A lecitina de soja, outro derivado, e encontrada em qualquer produto do mercado, de sorvete a biscoitos, chocolates. Em 2013, a indústria de alimentação no Brasil teve um faturamento de R$487 bilhões, sendo que 85% desses alimentos são processados.Sobre a Cargill, tem um adendo: há 14 anos, ela mantém no Brasil o Banco Cargill S/A, com ativos de quase R$2 bilhões, e carteira em vários segmentos: financiamento rural, câmbio, gerenciamento de riscos. É corrente a história no Mato Grosso, que a maioria dos plantadores de soja e milho está nas mãos das “tradings”, que financiam as lavouras, adiantam dinheiro e insumo, em troca da safra futura. A pesquisadora Emilia Jomalinis de Medeiros Silva, da UFRJ tem um trabalho sobre o funcionamento das tradings no MT e o avanço da soja na BR-163. Ela cita a safra 2005/2006 quando o financiamento chegou a R$30 bilhões.
Parceiras na dominação
O fato é que as corporações dominam o planeta de ponta á ponta. Na área de sementes e agrotóxicos começaram a realizar pesquisas conjuntas, para reduzir custos. Em 2013,Monsanto e Basf lançaram um milho transgênico que eles dizem ser “tolerante à seca”. É assim que é divulgado, como se fosse possível. A boca pequena os executivos dizem que é “resistente a uma seca moderada”. Lembrando que o lançamento sempre ocorre primeiro nos Estados Unidos, onde o Meio-Oeste sofreu a maior seca dos últimos 50 anos. Bayer e Syngenta se preparam para lançar uma semente de soja transgênica para a América Latina em 2015. A Bayer só tem 0,5% desse mercado e quer chegar a 2%. A Pionner (Dupont) pagou quase dois bilhões de dólares para ter acesso às sementes de segunda geração transgênica.
Cargill começa a vender semente de milho da Syngenta-Exame.com-
Agência Reuters
Cargill começou a vender uma variedade de semente de milhotransgênico da Syngenta que chegou a abalar as exportações de grãos dos Estados Unidos agora que a China aprovou a importação do produto.A Cargill, uma das principais exportadoras agrícolas dos EUA, começou a vender sementes com genética Agrisure Viptera no mês passado e aboliu uma política que exigia que os produtores informassem a companhia com antecedência para entregar que pudessem contar milho Viptera, disse o porta-voz Mark Klein.A gigante do agronegócio relaxou suas políticas relacionadas ao milho Viptera, também conhecido como MIR 162 depois de processar a Syngenta pelo uso da tecnologia no ano passado, quando a China ainda proibia a importação da variedade transgênica.A China(veja notícia abaixo,mudando sua opinião sobre os trangênicos), começou a rejeitar diversos carregamentos de milho dos EUA contendo genética Viptera em novembro de 2013, levando empresas como Cargill, Archer Daniels Midland (ADM) e dezenas de fazendeiros a processar a Syngenta por danos.Em abril de 2014, a Associação Nacional de Grãos e Rações estimou que as rejeições de carregamentos contendo milho MIR 162 havia custado pelo menos 1 bilhão de dólares a empresas do agronegócio dos EUA.A Syngenta afirma que os processos judiciais envolvendo o milho Viptera não têm fundamento(?).
GOVERNO DA CHINA LANÇA CAMPANHA PARA APOIAR TRANSGÊNICOS-Da Agência Reuters
O governo chinês lançou uma campanha de mídia em apoio a grãos genéticamente modificados, em um momento em que sofre com uma onda de publicidade negativa sobre a tecnologia que as autoridades projetam que terá papel essencial na garantia da segurança alimentar no país.O governo espera abafar um sentimento anti-transgênicos que ganhou força após uma série de incidentes, como relatos de que uma variedade de arroz geneticamente modificado foi vendido ilegalmente em um supermercado no centro do país.Há tempos Pequim apoia os transgênicos, que são vistos como amplamente seguros e uma ferramenta importante para ajudar alimentar a maior população do mundo.Por outro lado, críticos afirmam que a tecnologia pode impor riscos à saúde e, embora a China autorize a importação de alguns grãos transgênicos, o cultivo doméstico ainda não foi autorizado.A China importa milhões de toneladas de soja transgênica todos os anos para alimentar o maior rebanho de suínos do mundo e para produzir cerca de 40 por cento do óleo vegetal consumido no país.A China consome cerca de um terço de toda a soja produzida no planeta.
“Nós criaremos uma atmosfera social que seja benéfica para um desenvolvimento saudável da indústria de transgênicos”, disse o Ministério da Agricultura em um comunicado.
Considerada a inimiga número um da indústria de transgênicos, a física e ativista indiana Vandana Shiva afirma que há uma ditadura do alimento, onde poucas e grandes corporações controlam toda a cadeia produtiva. E dá nome aos bois: Nestlé, Cargil, Monsanto, Pepsico e Walmart.
“Essas empresas querem se apropriar da alimentação humana e da evolução das sementes, que são um patrimônio da humanidade e resultado de milhões de anos de evolução das espécies”, diz.Crítica feroz à biopirataria, Shiva ressalta que a única maneira de combater o controle sobre a alimentação é o ativismo individual na hora de consumir produtos mais saudáveis e de melhor qualidade.Leia os principais trechos da exclusiva à Folha durante o 3º Encontro Internacional de Agroecologia, em Botucatu;
É possível alimentar o planeta sem usar transgênicos?
O único modo de alimentar o mundo é livrando-se das sementes transgênicas. Essas sementes não produzem alimentos, mas produtos industrializados. Como isso poderia ser a solução para fome? Só estão criando mais controle sobre as sementes. Desde 1995, quando as corporações obtiveram o direito de controlar as sementes, 284 mil fazendeiros cometeram suicídio na Índia. Nós perdemos 15 milhões de agricultores por causa de um design de produção agrária criado para acabar com a agricultura familiar.
Como mudar a alimentação do modelo agroindustrial para outro baseado na produção familiar e na distribuição local?
As pequenas fazendas produzem 80% dos alimentos comidos no mundo. As indústrias produzem commodities. Apenas 10% dos grãos de milho e soja são comidos por pessoas; o resto é ‘comido’ pelos carros, como biocombustíveis, e por animais. É possível elevar esses 80% para 100% protegendo a biodiversidade, a terra, os fazendeiros e a saúde pública. É apenas por meio da agroecologia que a produtividade agrícola pode aumentar.
Como as grandes corporações dominam a cadeia mundial de alimentos?
Se você olha para as quatro faces que determinam nossa comida, são todas controladas por grandes corporações. As sementes são controladas pela Monsanto por meio dos transgênicos; o comércio internacional é controlado por cinco empresas gigantes; o processamento é controlado por outras cinco, como a Nestlé e a PepsiCo; e o varejo está nas mãos de gigantes como o Walmart, que gosta de tirar o varejo dos pequenos comércios comunitários e com conexões muito diretas entre os produtores de comida e os consumidores. São correntes longas e invisíveis, onde 50% dos alimentos são perdidos.
Temos sim uma ditadura do alimento. A razão que eu viajei todo esse caminho até o Brasil é porque eu sou totalmente a favor da liberdade alimentícia, porque uma ditadura do alimento não é só uma ditadura. É o fim da vida.
Como as corporações chegaram a esse domínio?
Infelizmente, o chamado livre comércio trouxe a liberdade para as corporações, mas não para as pessoas. As corporações estão escrevendo as regras e se tornando os governantes.
Os direitos intelectuais acordados entre as organizações mundiais foram escritos pela Monsanto. Para eles, o problema era que os fazendeiros estavam guardando as sementes. E a solução que ofereceram foi dizer que guardar as sementes agora é um crime de propriedade intelectual. É isso o que dizem as regras da OMC. A Índia, o Brasil, a América Latina e a África deveriam dizer: ‘Você não pode patentear a vida porque a vida não foi inventada. Pare com a biopirataria’.Até agora, a revisão dessas regras não foi permitida, o que mostra que essas corporações ditam as regras. E não é apenas na OMC. A Monsanto escreveu o ato de proteção para o orçamento nos EUA. O vice-presidente da Cargill foi designado para escrever a lei de comércio e agricultura dos EUA.
É possível modificar esse cenário?
A única maneira de reverter essa situação é cada pessoa fazer seu papel de recuperar a liberdade e a democracia do alimento. Afinal, cada um de nós come duas ou três vezes ao dia. E o que nós comemos decide quem somos, se nosso cérebro está funcionando corretamente, ou nosso metabolismo está saudável ou, se por conta de micronutrientes, estamos nos tornando obesos. Isso afeta todo mundo: os mais pobres porque lhes foi negado o direito à comida; mas até os que podem comer porque não estão comendo comida. Chamo isso de anticomida, porque a comida deveria nos nutrir. A comida mortal que as corporações estão trazendo para nós destrói a capacidade da comida de nos nutrir e no lugar disso está nos causando doenças.Cada um de nós deve se tornar um forte ativista da liberdade da comida e das sementes no nosso dia a dia. O que significa que temos que apoiar mais os fazendeiros e a agroecologia. Devemos ser comprometidos com a alimentação saudável.
Qual a importância do Brasil nesse jogo?
Provávelmente, o Brasil tem a maior proporção de diversidade de alimentos em sua agricultura. No entanto, a maior parte não é usada para a alimentação humana. Por exemplo, as plantações de cana-de-açúcar e soja vão para a alimentação de animais e para fabricação de combustíveis.
O Brasil é parte do que eles chamam de Brics. Eu não gosto de ‘tijolos’. Eu prefiro plantas. Mas é um forte jogador na cena global, e os jogadores vão decidir como os outros jogam.
Qual o papel da sociedade urbana em relação à agricultura familiar?
É muito feliz. Não porque eu acredito que as áreas urbanas têm mais riqueza e mais poder, mas porque, por terem mais riqueza, têm mais responsabilidade. E porque eles controlam a tomada de decisões, tanto em termos de governamentais como a sua própria atitude em termos de consumo. Se eles mudassem sua postura de consumo para longe das corporações, comprando, sim, alimentos dos pequenos produtores, eles ajudariam não apenas o agricultor familiar, mas também ajudariam a Terra e seus próprios corpos.
Recentemente o presidente da Nestlé afirmou que é necessário privatizar o fornecimento da água. Quais as consequências desse processo?
Tudo que é essencial à vida desde o começo da história, em todas as culturas, tem sido reconhecido como pertencente à sociedade. E isso inclui a semente, porque a semente é a base da comida, inclui a água porque água é vida. E são esses recursos que essas corporações gigantes querem enclausurar. Essas são as novas inclusões comerciais. Assim como na Inglaterra, eles enclausuraram a terra, e a tiraram dos camponeses para terem a revolução industrial.
Hoje, as corporações gigantes estão assumindo os bens comuns que são as sementes, a biodiversidade, a água. Quando a Nestlé diz que é necessário privatizar a água, eles estão, obviamente, pensando na necessidade de aumentar os lucros deles. Eles não estão pensando na necessidade dos aquíferos de serem sustentados e recarregados, porque corporações somente podem construir uma economia extrativa. Se eles privatizam a água, eles vão somente tirar a água para eles, o que significa que as comunidades locais são deixadas sem água. Então é um assalto.
As Nações Unidas têm de reconhecer que o direito à água é um direito humano. A Coca-Cola agora quer entrar no meu vale, um vale lindo no Himalaia, chamado Dune Valey. Em maio nós iniciamos uma campanha porque a privatização da água por essas empresas de engarrafamento significa, primeiro, que o direito universal à água é destruído. O aquífero, que pertence a todos, está agora engarrafado numa garrafa de 10 rupis que é acessível só aos ricos. Os pobres bebem apenas água contaminada.
A segunda coisa é que ela destrói água, e eu não sei por quanto tempo essa mineração poderá aguentar. A terceira é que ela polui. Sobram poucas fontes de águas puras, e, se eles realmente se importassem, deveriam limpar o pouco que sobra, ao invés de roubar o que resta limpo. Isto é roubo de água e, portanto, um crime contra a humanidade.
Essa dependência da Coca-Cola é um dos vícios da vida moderna. Nós temos muito mais bebidas saudáveis.Na Índia, começamos uma campanha para as avós ensinassem aos seus netos as bebidas geladas que elas costumavam fazer. Somos um país tropical, sabemos como transformar qualquer fruta em uma bebida saborosa: um suco de manga crua, que é ótimo para prevenir insolação, uma mistura maravilhosa de sete grãos, que é como uma refeição completa e, se tomada no café da manhã, você não precisa de mais nada. As bebidas venenosas que são vendidas pela Nestlé e pela Coca-Cola roubam o nosso dinheiro, a nossa água e a nossa cultura.
Qual é a forma alternativa à globalização?
Originalmente, o livre comércio deveria reconhecer a liberdade de todas as espécies e por isso não destruiria nenhuma espécie nem ecossistema. Originalmente, o livre comércio reconheceria os direitos dos camponeses e dos povos indígenas e, por isso, não iria cortar as raízes. Reconheceria também os direitos dos pequenos agricultores familiares e iria cuidar para que existam preços justos, ao invés de tentar debilitar o preço por meio de dumping e jogando fora os produtos.
Um verdadeiro livre comércio seria a liberdade para as pessoas e não a liberdade para as corporações. O que nós temos agora é uma corporatização global com uma negligência total, uma destruição negligente e desatenta. O que precisamos é uma consciência livre que esteja profundamente ciente de nossa interconexão com outras espécies, outras culturas e com toda a humanidade. Temos que ser conscientes do dano que fazemos aos outros. Dessa forma, não vamos incrementar o tamanho de nossa pisada ecológica, mas vamos a reduzi-la.
E, na alimentação, a única forma em que você pode reduzir sua pisada é de mudar de agroindústria para agroecologia, mudar da distribuição global para distribuição local, mudar de um sistema violento, que depende do governo corporativo, para um sistema pacífico, que depende da comunidade e da solidariedade. No momento em que mudamos para isso, a pisada se reduz. Podemos ir do industrial e global para ecológico e local.
Como acelerar o processo de alinhamento entre os vários movimentos para um estilo de vida mais sustentável?
Agroecologistas, camponeses e agricultores familiares são, na minha opinião, os maiores, protetores do planeta. É o momento de os movimentos ecológicos perceberem que os verdadeiros ambientalistas são os agricultores, que realmente reconstroem o solo, que fazem o cultivo de uma forma que os besouros não sejam mortos, que protegem a água.
E o movimento pela saúde tem que perceber que os agricultores são os médicos, que fazer crescer comida saudável é a melhor contribuição que podemos fazer. No momento em que fazemos essas conexões, existe uma nova vida, porque a vida cresce por meio de inter-relações.
TRANGÊNICOS CAUSAM ATÉ 3 VEZES MAIS CÂNCER EM RATOS
Ratos alimentados com alimentos transgênicos morrem antes do previsto e sofrem de câncer com mais frequência do que os outros animais da espécie, destaca um estudo publicado  pela revista Food and Chemical Toxicology.Os resultados são alarmantes. Observamos, por exemplo, uma mortalidade duas ou três vezes maior entre as fêmeas tratadas com organismos geneticamente modificados [OGM]. Há entre duas e três vezes mais tumores nos ratos tratados dos dois sexos”, explicou Gilles-Eric Seralini, coordenador do estudo e professor da Universidade de Caen, na França.
Para fazer a pesquisa de dois anos, 200 ratos foram divididos em grupos e alimentados de maneiras diferentes. Eles seguiram proporções equivalentes ao regime alimentar nos Estados Unidos. O primeiro grupo teve 11% de sua dieta composta pelo milhoOGM NK603; o segundo comeu também 11% do milho OGM NK603 tratado com Roundup, o herbicida mais usado no mundo; e o terceiro foi alimentado com milho não alterado genéticamente, mas tomava água com doses de Roundup usadas nas plantações.O milho transgênico (NK603) e o herbicida são produtos do grupo americano Monsanto, comercializados em vários países. No Brasil, amostras foram aprovadas em setembro de 2008 pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia e, no começo de 2009, o Ministério da Agricultura aprovou o registro de doze híbridos de milho com a tecnologia Roundup. O certificado de biossegurança foi aprovado pela comissão em novembro de 2010.
Segundo o estudo francês, 50% dos machos e 70% das fêmeas dos três grupos morreram prematuramente, contra 30% e 20%, respectivamente, do grupo de controle. Os tumores na pele e nos rins aparecem até 600 dias antes nos machos do que no grupo de controle. No caso das fêmeas, os tumores nas glândulas mamárias aparecem uma média de 94 dias antes naquelas alimentadas com transgênicos. A hipófise foi o segundo órgão que mais sofreu alterações prejudiciais no período de testes – é ela quem produz hormônios importantes para o organismo, o que a torna a glândula principal do sistema nervoso.“Os resultados revelam uma mortalidade muito mais rápida e importante durante o consumo dos produtos”, afirmou Seralini, cientista que integra comissões oficiais sobre os alimentos transgênicos em diversos países. “O primeiro rato macho alimentado com OGM morreu um ano antes do rato indicador (que não se alimenta com OGM). A primeira fêmea oito meses antes. No 17º mês foram observados cinco vezes mais machos mortos alimentados com milho OGM”, explica o cientista.”Pela primeira vez no mundo, um transgênico e um pesticida foram estudados por seu impacto na saúde a mais longo prazo do que haviam feito até agora as agências de saúde, os governos e as indústrias”, disse o coordenador do estudo.
Séralini faz parte de um grupo, o Criigen, que faz uma série de pesquisa sobre segurança de alimentos. Em dezembro de 2009, ele publicou um estudo com ratos alimentados com os três principais tipos de milhos transgênicos, tanto administrados em rações de animais quanto vendidos para humanos. As amostras dos milhos NK603, MON810, MON863, da Monsanto, causaram danos sérios nos rins e nos fígados das cobaias, além de outros efeitos notados no coração, em glândulas supra-renais e no baço.
Fonte;Long term toxicity of a Roundup herbicide and a Roundup-tolerant genetically modified maize-
Ratos trangênicos e células T-A Pós-Graduação em Imunologia Básica e Aplicada da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP ; Professor Tim Sparwasser do Institut fur Infektionsimmunologie, Hannover, na Alemanha.
-CHINA INVESTIGA USO DE CRIANÇAS COMO COBAIAS COM ARROZ TRANGÊNICO
As autoridades chinesas iniciaram uma investigação para verificar se mais de 20 crianças foram alimentadas com arroz geneticamente modificado e utilizados como cobaias em estudos de cientistas da China e dos Estados Unidos, informou a agência oficial Xinhua.O Centro Chinês para o Controle e a Prevenção de Doenças já suspendeu o pesquisador Yin Shi’an por seu envolvimento no projeto, depois que foram apresentadas demandas que afirmam que as crianças foram alimentadas com o arroz, conhecido como “arroz de ouro”.A organização não-governamental Greenpeace apresentou as ações. Em um comunicado publicado em agosto, a ONG afirma que o arroz genéticamente modificado foi utilizado para reduzir as carências de vitamina A e para alimentar 24 crianças de seis a oito anos em 2008. As experiências aconteceram na província de Hunan, denunciou.
Segundo o Greenpeace, os cientistas americanos envolvidos são ligados á um centro para a alimentação da Universidade de Tufts, em Boston.“É incrivelmente perturbador pensar que um organismo de pesquisa americano utilizou crianças chinesas como cobaias para alimentos geneticamente modificados”, lamenta a ONG.O organismo chinês para a prevenção de doenças negou ter autorizado ou participado nos testes clínicos, segundo a Xinhua.A publicação de um artigo sobre as pesquisas em uma revista especializada americana, a American Journal of Clinical Nutrition, também não foi submetida à aprovação do ministério chinês da Saúde, completou a agência.Os defensores do arroz genéticamente modificado(?), cuja cor varia entre amarelo e laranja, afirmam que o produto poderia reduzir a mortalidade infantil com vitamina A às crianças com carência nutricional.
ASSITAM AO VÍDEO-O MUNDO SEGUNDO A MONSANTO-LEGENDADO EM PORTUGUES-NÃO DEIXE DE VER
Alguém já ouviu falar da “Doença de Morgellon”?
Até fevereiro de 2007, foram relatados no website da fundação Morgellon mais de 10.000 relatórios desta doença misteriosa.Os relatórios vêm de 15 nações, incluindo Canadá, o Reino Unido, Austrália e os Países Baixos, assim como todos os 50 estados de EUA onde a maioria dos relatórios são dos estados Texas, Califórnia e Flórida.As pessoas com doença de Morgellon descrevem-na como uma sensação de insetos ou parasitas “andando” sob a pele, acompanhada de lesões medindo alguns centímetros. Abertas, elas expõem estranhas fibras de coloração azul, preta ou branca e que curam muito lentamente. A fibra se parece com plástico modelável e pode ser tão fina quanto o fio de uma teia de aranha mas, contudo, forte o bastante para dilatar a pele e provocar, ao ser retirada, uma dor parecida com a extração de uma bala do corpo.O CDC (Centers for Disease Control and Prevention, Canadá e USA), raramente lento em dar respostas à população, informava que estes sintomas poderiam, somente, serem descritos como uma manifestação nova. Finalmente, no site da instituição, fazem uma referência sobre o fenômeno chamando-o de uma “dermatopatia inexplicada”. O site do CDC  lista, ainda, mais sintomas adicionais incluindo fatiga, confusão mental, a perda de memória a curto prazo, a dor constante, mudanças na visão, e deficiência orgânica social, incluindo o suicídio.De acordo com um artigo do Natural News, a doença de Morgellon pode ser ligada ao alimento geneticamente modificado.Quando o CDC enfim, moveu-se, uma equipe de investigação ligada à universidade de Oklahoma / Dr. Randy Wymore, estudou algumas das fibras enviadas por vítimas de Morgellons e observou que as fibras de diferentes pacientes de diversos países, eram notavelmente similares entre elas, contudo não combinam com nenhuma das fibras comuns no meio ambiente.Vitaly Scitovsky, professor da bioquímica e biologia em New York, descobriu que as fibras contêm a substanciaAgrobacterium, um gênero das bactérias gram-negativas capazes de transformar geneticamente, não somente plantas, mas igualmente outras espécies eucarióticas, incluindo células humanas.Estaremos agora no limiar do maior desastre alimentar que temíamos desde o início das pesquisas transgênicas?
Leia mais;-
The video The Future of Food –www.mercola.com/future-of-food/index.htm
TRANSGÊNICOS ATÉ NA CERVEJA
Todos nós sabemos da preferência nacional por cerveja, o que não sabemos é que as cervejas brasileiras são feitas de milhos transgênicosPesquisa feita pela USP e Unicamp, com marcas de cervejas nacionais e internacionais, apontam que as marcas nacionais possuem grandes quantidades de milho em sua composição.Grandes produtores justificam o uso do milho a fim de adequar a cerveja ao paladar brasileiro, o qual prefere a bebida leve, refrescante e de corpo suave. Mas a verdade é que o milho é uma alternativa mais barata que a cevada.A análise feita mostra que as grandes empresas de aceitação brasileira, como Antarctica, Brahma, Nova Schin, Skol, Kaiser, Itaipava, Bohemia e todas as marcas que apresentam no rótulo o ingrediente “cereais não maltados”, apresentam concentração de milho no limite do que é permitido na legislação brasileira, de 45% para o uso dos chamados adjuntos cervejeiros.OBrasil é o segundo maior produtor de transgênicos no mundo e sua produção de milho transgênicoequivale a mais de 89% do produzido em todo o país. A preocupação das indústrias cervejeiras é que a cerveja entre em pauta na discussão sobre os OGMs.($$$$$).
Acredite, a indústria da Cerveja está longe de ser uma indústria que passa por dificuldades, pelo contrário… De cada R$ 100 vendidos pela cervejeira, R$ 49,80 é lucro, mas andam reclamando porque SÓ lucraram 1,8 bilhão no trimestre passado.Cevada, lúpulo e água são conhecidos pela maioria das pessoas como as matérias-primas principais para a fabricação da cerveja. Porém, o que poucos sabem é que o milho é um importante ingrediente da bebida nacional e que pode estar presente em, aproximadamente, até metade de sua composição. Para chegar a esta comprovação, uma pesquisa promovida pelo Laboratório de Ecologia Isotópica no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em Piracicaba, analisou 77 marcas do produto, incluindo 49 produzidas no Brasil e 28 importadas, fabricadas na Europa, Américas do Sul e do Norte e na China.A legislação brasileira estabelece que parte da cevada pode ser substituída por adjuntos como milho, arroz, trigo, centeio, aveia e sorgo. Porém, a substituição da cevada não deve ultrapassar 50%. Caso outro cereal seja utilizado em maior proporção que a cevada, o produto deve ser chamado com o nome do vegetal predominante, como a cerveja de trigo, por exemplo.Ossuplementos mais utilizados são o xarope e sêmola de milho e arroz. “As cervejarias não são obrigadas a descrever detalhadamente todos os ingredientes existentes na cerveja e, normalmente, usam o termo genérico cereais não maltados, ao invés da especificação de cada produto que a constitui”, afirma Sílvia Fernanda Mardegan, coordenadora do estudo.
A constatação se deu por conta de uma análise realizada na disciplina Aplicações de isótopos estáveis e suas variações naturais em estudos ambientais, pertencente à grade curricular do doutorado de Sílvia na instituição, quando foi atestado que muitos fabricantes utilizam milho em substituição aos ingredientes originais da cerveja (instituídos na Alemanha, em 1516, quando se promulgou a Lei de Pureza da Baviera, criando um padrão ao fermentado de cevada).O uso de isótopos estáveis do carbono possibilitou determinar a composição das marcas pesquisadas, uma vez que a análise isotópica é uma ferramenta importante na determinação da composição de origem de alimentos e bebidas. “Por meio dessa ferramenta, pudemos constatar que o milho é um importante componente das cervejas brasileiras”, explica Silvia.
Isso se deve ao fato de que diferenças no tipo de fotossíntese das plantas refletem em variações na composição isotópica do carbono. Plantas como a cevada, principal constituintes da cerveja, apresentam ciclo do tipo C3, enquanto que o milho é uma planta tipo C4, o qual é utilizado como adjunto em certas bebidas alcoólicas, uma vez que aceleram o processo de fermentação e reduzem os custos de produção. “Com base nesses dados, descobrimos que, do total de cervejas pesquisadas, apenas 21 utilizam somente cevada. Por outro lado, os valores isotópicos de 16 cervejas brasileiras indicam a presença de aproximadamente 50% de milho em sua composição”, conta Sílvia.A partir dessa metodologia, a pesquisa desvendou uma substancial diferença entre as cervejas comerciais (produzidas em grande escala) e as estrangeiras ou artesanais. “O estudo concluiu que as marcas convencionais são compostas de uma mistura de milho e cevada, enquanto a maioria das pequenas cervejarias, que fabricam de maneira artesanal e têm uma produção limitada, parecem visar à produção de bebidas utilizando exclusivamente a cevada”, completa.

Pesquisa USP/ESALQ: Laranja Transgênica

Anualmente, os produtores de citros têm constatado significativo aumento nos custos de produção na tentativa de controlar fitopatógenos bacterianos, em especial aqueles disseminados por insetos vetores. No Brasil, destaque deve ser dispensado à Clorose Variegada dos Citros (CVC), causada por uma bactéria restrita ao Xilema e o huanglongbing (HLB), associado a outras bactérias, que colonizam vasos do Floema. “Os métodos utilizados para controle dessas doenças são restritos ao uso de mudas sadias, erradicação de plantas doentes e o controle de insetos vetores”, comenta Lísia Borges Attílio, engenheira agrônoma e doutora em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Fitotecnia, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ).Segundo a pesquisadora, estes métodos não são totalmente eficientes para controlar as doenças bacterianas de citros. Além disso, as cultivares comerciais de laranja doce não apresentam resistência a estas doenças, o que impossibilita o melhoramento destas cultivares através do método convencional, por cruzamentos. “Uma das alternativas para obter resistência sem alterar as características fitotécnicas destas plantas é o desenvolvimento de materiais superiores por transformação genética”.
 A PESQUISA
Em seu doutorado, Lísia produziu plantas transgênicas de laranja doce com um gene que codifica o peptídeo antimicrobiano sintético D4E1, derivado de um peptídeo encontrado em insetos, promovendo a expressão em todas as células da planta ou somente nas do floema. Em etapa posterior, estas plantas serão avaliadas quanto à resistência a fitopatógenos bacterianos de citros. “Resultados de estudos realizados por outros grupos de pesquisa indicaram que este peptídeo apresenta efeito significativo no controle de fitopatógenos in vitro e in vivo em outras espécies”, afirma a agrônoma.O trabalho de pesquisa realizado permitiu a obtenção de plantas transgênicas de laranja doce das cultivares ‘Hamlin’, ‘Pêra’ e ‘Valência’, contendo o gene D4E1. A transgenia foi confirmada por PCR e por Southern blot, e a expressão do transgene foi confirmada por PCR quantitativo em tempo real. “Com a obtenção de plantas transgênicas expressando um peptídeo antimicrobiano sintético, será possível selecionar as plantas com maior expressão do transgene, para que estas sejam propagadas e desafiadas contra fitopatógenos bacterianos de citros”.Com orientação de Francisco de Assis Alves Mourão Filho, professor do Departamento de Produção Vegetal (LPV), o projeto foi realizado no Laboratório de Biotecnologia de Plantas Hortícolas, em parceria com Ricardo Harakava, pesquisador do Instituto Biológico de São Paulo, e da professora Beatriz Madalena Januzzi Mendes, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) da USP. O professor Mourão complementa que “os resultados dos trabalhos desta pesquisa se somam aos outros já produzidos e em andamento pelo grupo da ESALQ e do CENA, os quais incluem a produção de plantas transgênicas de citros visando resistência a fitopatógenos por meio de diversas estratégias”.O projeto contou com o apoio financeiro do Fundecitrus e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
EFEITOS DOS TRANSGÊNICOS PARA A SAÚDE HUMANA-por Jeffrey Smith
Diretor executivo do Instituto pela Tecnologia Responsável, e autor dos livros “Sementes da Decepção” e “Roleta Genética”, Jeffrey Smith dedica boa parte do seu tempo viajando o mundo para dar palestras e alertar governos sobre os riscos da biotecnologia aplicada aos alimentos. Smith veio ao Brasil participar do seminário Alimentos Transgênicos e seus Impactos na Saúde. Em seguida, concedeu esta entrevista à revista do Greenpeace;
01. Qual é a sua principal preocupação em relação aos transgênicos hoje em dia: contaminação genética, riscos à saúde humana ou a ameaça econômica dessa tecnologia?
Resp. Eu me especializei nos perigos à saúde dos organismos genéticamente modificados (OGMs), que hoje estão ligados a milhares de doenças, casos de esterilidade e morte, milhares de reações tóxicas e alérgicas em humanos, e danos a virtualmente todo órgão e sistema estudados em animais de laboratórios. Esses perigos, no entanto, ganham ainda mais força pelo fato dos OGMs contaminarem as plantações não-transgênicas e as espécies selvagens, permanecendo no meio ambiente por muito tempo.
02. O governo francês anunciou recentemente que vai congelar o cultivo de transgênicos no país até que seja possível provar que esses organismos não oferecem risco aos humanos e ao meio ambiente. Outros países europeus fizeram o mesmo. Por outro lado, países como Brasil, China e Índia estão ampliando suas plantações de transgênicos. Como você explica isso?

Resp. Está claro para mim que o assunto ganhou força no Brasil graças a uma combinação de desinformação e forte influência da Monsanto e outras corporações multinacionais, além dos Estados Unidos. Isso é também verdade para outros países que estão apostando nos transgênicos, mas sua adoção é um passo ruim em termos econômicos para os agricultores e para a economia do país em geral.O impacto dos transgênicos nos Estados Unidos e no Canadá foi um desastre econômico. As exportações de milho e canola para a Europa se perderam, as vendas de soja estão baixas e o governo americano gasta de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões por ano para assegurar os preços das colheitas de transgênicos que ninguém quer. A expansão dos transgênicos no Brasil prejudica a oportunidade do país de se aproveitar do crescente mercado para produtos não-transgênicos?
03. Muitos países têm regras sobre a rotulagem de produtos que são fabricados com matéria-prima transgênica, mas quase ninguém as respeita. No Brasil, acontece o mesmo. Como o direito do consumidor de escolher entre transgênicos e não-transgênicos pode ser respeitado?
Resp. A rotulagem funciona bem na União Européia, mas é praticamente ignorada no Brasil. Isso é uma vergonha terrível e deixa os consumidores sem escolha de obter produtos não-transgênicos mais saudáveis. Não conheço os recursos legais ou legislativos que os brasileiros podem ter para forçar as empresas a seguir a lei. Nos Estados Unidos não temos regras de rotulagem para transgênicos. Como uma alternativa, estamos promovendo um rótulo que diz “ não-transgênico”. Já os vi em alguns produtos no Brasil. Sem essa afirmação (ou um rótulo de produto orgânico), consumidores teriam de evitar todos os produtos brasileiros contendo derivados de soja ou óleo de semente de algodão – que são plantados no país. Para produtos americanos, os consumidores também teriam que evitar derivados de milho e canola, que são, em sua maioria, transgênicos.
04. Em sua apresentação no seminário sobre transgênicos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, você observou que, quanto mais os consumidores sabem sobre os transgênicos, mais eles o rejeitam. Que tipo de informação ainda não chegou ao público e que deveria chegar imediatamente, devido a sua importância?
Resp. Variedades de milho e algodão são genéticamente modificados para produzir uma proteína pesticida chamada toxina Bt (do Bacillus thuringiensis). Ela é usada por agricultores na forma de spray e por isso foi considerada inofensiva para o ser humano. Mas isso é claramente equivocado. As pessoas expostas ao spray com a toxina Bt tiveram todos os tipos de sintomas alérgicos, e ratos que ingeriram o Bt tiveram alterados seus sistemas imunológicos e apresentaram crescimento anormal e excessivo de células. O Bt encontrado em alguns transgênicos é mais tóxico, e milhares de vezes mais concentrado do que o spray, e vem sendo acusado por inúmeros casos de doenças em humanos e outros seres vivos.Outro problema é que os genes inseridos nesses organismos genéticamente modificados podem ser transferidos da comida para a bactéria que temos em nosso aparelho digestivo ou outros órgãos internos. Essa possibilidade foi descartada antes baseada na suposição de que genes ingeridos são destruídos rapidamente pelo sistema digestivo. Não é bem assim.Estudos em animais demonstraram que o DNA ingerido pode viajar pelo corpo, incluindo até o feto por meio da placenta. Os transgenes de plantações geneticamente modificadas ingeridos por animais foram encontrados no sangue, fígado e rins. O único teste publicado sobre alimentação humana com comida transgênica verificou que o material genético inserido na soja transgênica foi transferido para o DNA das bactérias do intestino.Agora, junte os dois riscos acima a um terceiro. Se o gene do milho que cria a toxina Bt for transferido para as bactérias de nosso sistema digestivo (como partes do gene da soja vem fazendo), nossa flora intestinal pode ser transformada numa fábrica viva depesticida.Além desse problema, animais de laboratório alimentados com comida transgênica tiveram problemas de crescimento, no sistema imunológico, sangramento estomacal, crescimento anormal e potencialmente cancerígeno de células no intestino, desenvolvimento anormal de células sanguíneas, problemas nas estruturas celulares do fígado, pâncreas e testículos, alteração da expressão genética e do metabolismo celular, lesões no fígado e rins, fígados parcialmente atrofiados, rins inflamados, cérebros e testículos menos desenvolvidos, fígados, pâncreas e intestinos inchados, redução das enzimas digestivas, alta no açúcar no sangue, inflamação no tecido pulmonar, e aumento nas taxas de mortalidade. Dezenas de agricultores relataram que variedades transgênicas de milho causaram esterilidade em seus porcos e vacas, pastores afirmam que 25% de suas ovelhas morreram ao comer plantas de algodão Bt (cerca de 10 mil ovelhas mortas), e outros afirmam que vacas, búfalos, galinhas e cavalos também morreram após comer plantações transgênicas. Agricultores filipinos, em pelo menos cinco vilarejos, ficaram doentes quando o milho Bt de plantações vizinhas estava polinizando, e centenas de trabalhadores na Índia relataram reações alérgicas ao manusear algodão Bt.
05.  Pessoas que comem produtos transgênicos por longos períodos podem ter problemas de saúde? Há casos ou evidências disso?
Resp. Uma das afirmações mais anti-científica e perigosa já feita pela indústria de biotecnologia é que milhões de pessoas nos Estados Unidos comeram alimentos transgênicos durante uma década e ninguém ficou doente. Pelo contrário, os transgênicos podem estar contribuindo para sérios problemas de saúde, mas, como ninguém estava monitorando isso, pode levar várias décadas até que seja possível identificar esses problemas.Nos anos 80, cerca de 100 americanos morreram e entre cinco mil e dez mil ficaram doentes devido a um suplemento alimentar transgênico, chamado L-tryptophan. Apesar de ter havido um esforço concentrado para desviar a culpa para outras causas, é quase certo que a epidemia aconteceu devido ao processo de engenharia genética. A epidemia quase foi ignorada. A razão pela qual foi descoberta foi que os sintomas eram únicos, agudos e apareceram rapidamente.Na Inglaterra, alergias à soja dispararam em 50% depois que a soja transgênica foi introduzida no mercado. Mas sem pesquisas e testes clínicos em seres humanos, não podemos saber se a soja transgênica é realmente a culpada. Os alimentos transgênicos podem estar contribuindo para vários tipos de problemas de saúde nas pessoas, mas a essa ligação pode não ser descoberta em anos, se é que vai.
Mais Enfermidades Ligadas ao Milho Transgênico Bt-pelo Dr. Mae-Wan Ho 
Evidências posteriores emergem em conexão entre proteínas transgênicas comuns e sérias reações alérgicas enquanto as autoridades fazem ouvidos surdos e continuam aprovando mais plantios.As mesmas proteínas estão implicadas em dois tipos diferentes de culturas transgênicas
Recentemente relatamos enfermidades e mortes entre os moradores de pequenas comunidades no sul de Mindanao nas Filipinas que há suspeitas de estarem conectadas ao cultivo do milho geneticamente modificado ‘Bt’ com a proteína inseticida da bactéria de solo Bacillus thuringiensis.Desde então, enfermidades similares estão sendo relatadas no estado da Índia central, Madhya Pradesh, como resultado de exposições ao algodão ‘Bt’ genéticamente modificado com a mesma proteína (s) inseticida, ou similar.A Índia começou o plantio comercial do algodão Bt em 2002/03 com 38.038 ha (0,78 por cento da área de híbridos), aumentando para 6,4 por cento e 11,65 por cento respectivamente em 2003/4 e 2004/5. Atualmente, cerca de 9 milhões de ha de algodão estão crescendo na Índia, 2,8 milhões são de algodão híbrido.Madhya Pradesh é o quinto estado que mais planta algodão na Índia, sendo Malwa e Nimad as regiões algodoeiras mais importantes. As variedades de algodão BT plantadas foram desenvolvidas pela Monsanto, e levam a proteína inseticida Cry1Ac (Bollgard) ou ambas, a Cry1Ac e a Cry1Ab (Bollgard II), de acordo com artigo do website da indústria.
Sintomas similares
A equipe entrevistou 23 trabalhadores rurais e de manufaturas que se sentiram doentes depois de terem manuseado o algodão Bt. Todos tiveram comichões na pele, vinte com erupções no corpo e treze com inchaço no rosto. Em alguns casos, a comichão estava tão intensa que tiveram que interromper o trabalho várias vezes, tomando medicamentos antialérgicos para que pudessem voltar às atividades.
A pesquisa resultou num relatório que conclui : “Toda a evidência reunida durante a investigação mostra que o Bt vem causando alergia de pele, do trato respiratório superior e nos olhos entre pessoas expostas ao algodão…. A alergia não está restrita aos trabalhadores rurais envolvidos na colheita, mas também naqueles que carregam e descarregam o produto dos vilarejos para o mercado bem como os que manuseiam ao pesá-lo e descaroçá-lo além dos que armazenam em suas casas e lidam com ele de outras formas.”
O grupo de trabalho consistia do Dr. Ashish Gupta do Jan Swasthya Abhiyan (Movimento de Saúde Popular, Índia); Ashish Mandloi, um emérito graduado pela Faculdade de Barwani e que trabalho com o Narmada Bachao Anolan (Movimento Salve o Rio Narmada) e associado aos Movimentos Nacionais de Aliança dos Povos; e também Amulya Nidhi, ativista da saúde pública que trabalha tanto em Maharastra como em Madhya Pradesh e especializado em Desenvolvimento de Comunidades Urbanas e Rurais além de associado com Shilpi Trust e Jan Swasthya Abhiyan.
A pesquisa cobriu seis vilarejos nos distritos de Barwani e Dhar da região de Nimad em Madhya Pradesh, entrevistando vários grupos de pessoas envolvidas no manuseio do algodão – mulheres que fazem a colheita, trabalhadores que carregam e descarregam e operários das fábricas que descaroçam o algodão – além do médico local e um cientista agrícola.
Sintomas de alergia nos trabalhadores agrícolas e outros operários que manuseiam o algodão GM Bt.
O grupo detectou sintomas alérgicos em pessoas que têm contato direto com o algodão Bt com suas mãos, pés, rostos, olhos e narizes com aspectos de “doença muito severa.”Os cabelos era os locais de alergia mais comum: comichões, vermelhidão, erupções e inchaço. De maneira constante, depois de 4-5 horas de exposição a maioria das pessoas reclamava de comichão no rosto e nas mãos. Logo a comichão aumentava e no final da jornada de trabalho, apresentavam vermelhidão nas mãos e na face além de inchaços no rosto. Depois de uma exposição continuada de um a dois dias, pequenas erupções poderiam aparecer na maioria das vezes no rosto. Os sintomas começavam a declinar depois de períodos que variavam de quatro a cinco dias até cinco a seis meses, quando descolorações negras poderiam aparecer sobre a pele.A população afetada não tinha história pregressa de alergias mesmo que estivessem envolvidos em colheita anterior de algodão.Aqueles que apresentaram sintomas mais severos no cabelo tendiam também a terem alergias associadas aos olhos e trato respiratório. Irritação nos olhos, inchaço, comichões e olhos lacrimejantes afetou 11 de 23 indivíduos; 9 tiveram sintomas no sistema superior respiratório com coriza nasal e excesso de espirros. Três tiveram sintomas brandos enquanto 10 tiveram cada um sintomas que variou de severo a moderado respectivamente.Uma mulher teve que ser removida das áreas do plantio e levada para o Hospital Distrital de Barwani onde permaneceu por 9 dias.A fibra vegetal do algodão pareceu ser a causa da alergia. (No caso do milho Bt nas Filipinas, o pólen ficou como sendo o suspeito de ser o culpado principal). O dono da fábrica de descaroçamento Mr. Sunil Patidar disse que sintomas tipo comichão, vermelhidão e umidade dos olhos além de tosse foram detectados em trabalhadores em sua fábrica. A maioria dos trabalhadores tiveram problemas e no ano anterior já foi mais prevalente. Disse que era porque os trabalhadores não terminaram o descarregamento do caminhão que transportava de Maharastra.Os trabalhadores que trabalham em diferentes fábricas de descaroçamento dizem que a comichão em todo corpo era muito comum e sómente quando eles ingeriam Tab.Avil (um medicamento anti-alérgico comum) diáriamente tornava-os habilitados para o trabalho.
DEPOIMENTOS
Kalibai de Kothra disse que ela trabalhou por 20 anos colhendo algodão e nunca apresentou nenhum sintoma até 2004 quando ela sofreu uma forte alergia ao colher o algodão Bt.O dr.Ramesh de Saigaon, médico ayurvédico, atuava em Aawli, Tal Thikri no distrito Barwani,disse que ele já recebeu em torno de 150 casos de alergia de dois vilarejos de Aawli e Saigaon em 2005. Em 2004 ele teve mais ou menos 100 casos. Prescreveu a injeção de Dexona e Levocentrigen para a pele e um anti-alérgico em gotas para os olhos.O dr. Debashish Baner, um cientista agrícola, concluiu que o algodão Bt produziu a toxina Bt em todos os seus tecidos inclusive as fibras musculares.
A bactéria Bt e seus esporos foram associados anteriormente às reações alérgicas.
As toxinas vêm da bactéria de solo Bacilllus thuringiensis (Bt), cepa comum da qual produz uma grande família de proteínas inseticídicas Cry cada um dirigindo-se a diferentes variações de insetos- pestes. Cepas de Bt têm sido empregadas para ser aspergidas para controlar insetos pragas nos EUA por muitos anos antes dos cultivos transgênicos serem criados.
Um estudo publicado em 1999 financiado pela US Environment Protection Agency/EPA ( Agência Norte-americana de Proteção Ambiental) detectou que a exposição das pulverizações do Bt “podem desencadear sensibilização alérgica da pele e indução aos antibióticos IgE e IgG ou a ambos”.
Trabalhadores agrícolas que colheram hortaliças que exigiram pulverização de Bt foram avaliados antes e depois da exposição à pulverização de Bt e um e quatro meses depois. Dois grupos de trabalhadores com baixa e média exposição não expostos diretamente à pulverização de Bt, mas trabalhando em diferentes distâncias dos campos pulverizados foram também avaliados. Investigações incluíram questionários, lavagens nasais e bucais, avaliações de funções respiratórias e testes de pele. Para autenticar a exposição para o organismo presente na preparação comercial, bactérias foram isoladas de espécimes lavadas e testadas para os genes Bt pela hibridação DNA-DNA. Imunoglobulinas do sangue G e IgE que responderam aos extratos de esporos e vegetativos Bt foram experimentados.
Testes positivos em punções na pele para vários extratos de esporos, foram vistos principalmente em trabalhadores. Em particular, houve um aumento significativo no número de testes positivos de pele para extratos de esporos entre um e quatro meses depois da pulverização de Bt. O número de respostas aos testes de pele positivo em grupos de trabalhadores foram também significativamente grandes tanto em altas como em baixas e médias exposições. A maioria das culturas de lavagens nasais de trabalhadores expostos foi positiva dos organismos comerciais de Bt, como demonstrado por provas de moléculas específicas genéticas. Antibióticos IgE específicos estavam presentes na maior parte dos trabalhadores de grupos de altas exposições do que de grupos de baixa e média exposição. Antibióticos IgG específicos também ocorrem mais freqüentemente em grupo de alta do que de baixa exposição.
Numa pesquisa de saúde pública anterior com um grande número de pessoas expostas a um programa de pulverização mássica de agrotóxico Bt, alguns dos sintomas relatados incluía brotoeja e inchaço profundo. Um trabalhador desenvolve inflamação na pele, comichões e pele ruborizada com vermelhidão dos olhos. O Bt foi cultivado dos olhos vermelhos.
Em 1992, o Bt foi utilizado num programa de controle da mariposa asiática e foi detectado estar associado com sintomas de renite clássica alérgica (inflamação da mucosa nasal), exacerbação de asma e reações cutâneas entre os indivíduos expostos que reportaram possíveis efeitos de saúde após as operações de pulverização. Descobertas similares ocorreram durante outra aspersão de Bt na primavera de 1994.
Alergias desencadearam 75% dos casos de asma.
Alergenicidade é uma preocupação particular em razão de aproximadamente 75% dos casos de asma serem desencadeados por alergênicos e doenças e mortes foram constatadas em anos recentes. Mortes por asma triplicaram nos EUA de 1.674 em 1977 para 5.438 em 1998. Os custos da asma dobraram de 6,2 bilhões de libras esterlinas em 1990 para 12,7 bilhões em 2000.Os cultivos Bt foram pela primeira vez introduzidos nos EUA, em 1996, e teve uma rápida expansão em área desde então, com pequeno ou nenhuma pesquisa anterior quanto à toxicidade ou alergenicidade das proteínas Cry liberadas em maiores e maiores quantidades no ambiente. Estudos limitados executados por grupos de pesquisa em Cuba, demonstraram que a Cry1Ac é um poderoso antígeno e quando dado como alimento a camundongos, induz a respostas antibióticas similares aqueles obtidos com a toxina da cólera. Além disso, a Cry1ac conecta-se ativamente à superfície interna do intestino delgado do camundongo, especialmente às membranas do bordo em escova nas células que cobrem o intestino delgado .Isto também demonstrou que todas as proteínas Cry nos cultivos Bt têm seqüência de aminoácidos com similaridades ao conhecidos alergênicos , e que são portanto alergênicos potenciais.
Regulamentadores têm culpa por sua grande negligência.
Por enquanto, a indústria biotecnológica tem agido agressivamente na promoção dos cultivos GM em todo o mundo, especialmente aqueles com os bio-agrotóxicos Bt e em países em desenvolvimento como Índia e as Filipinas. A última pesquisa executada pelo grupo ISAA financiada pela indústria ,clama que a área dada para os cultivos GM cresceu de 81 milhões de hectares em 2004 para 148 milhões em 20015 . Os cultivos Bt agora compreendem 29% do total (18% de Bt e 11% misturam Bt e tolerante a herbicida).Os regulamentadores públicos continuam a aprovar cultivos de Bt, apesar do fato de que sucessivas pesquisas realizadas tanto por cientistas como por organizações não governamentais demonstrarem que estes cultivos falharam ao compararem seu desempenho com as variedades locais e os fazendeiros que se deixaram envolver pela agressiva propaganda que findou em débito e pior, em suicídio, até o ponto que uma “crise agrária” fosse declarada em Maharastra.As últimas evidências dos impactos sérios de saúde conectando o cultivo Bt que chegam, corroboram as descobertas anteriores retornando aos anos oitenta quando poderia ter sido estancado então o desenvolvimento e a aprovação dos cultivosBt.Por agora, isto é simplesmente uma grande negligência não ser imposto o banimento de posteriores liberações dos cultivos Bt, até que eles tenham sido constatados ser seguros através de pesquisas completamente independentes.
PESQUISAS DE OPINIÃO
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CONCLUSÃO E NOTA DO BLOG
Por milênios, os fazendeiros conservaram sementes de estação á estação. Mas quando a Monsanto(pioneira) desenvolveu as sementes genéticamente modificadas que resistiriam a seu próprio herbicida, o famoso Roundup, a multinacional norte-americana patenteou as sementes. Em toda sua história, o escritório de patentes e marcas registradas dos EUA se recusou a conceder patentes nas sementes, entendendo-as como forma de vida e com variáveis demais para ser patenteadas. Mas, em 1980, a corte suprema dos EUA permitiu patentes da semente em uma decisão apertada (5 a 4 votos), abrindo portas para um punhado dos corporações tomarem o controle da cadeia alimentar em todo o mundo.Desde os anos 80, a Monsanto tem sido a líder mundial na modificação genética das sementes e ganhou 674 patentes da biotecnologia, mais do que todas as outras companhias. Os fazendeiros que compram sementes Monsanto têm que assinar um acordo comprometendo-se a não conservar as sementes produzidas após cada colheita para o replantio, ou mesmo vende-las para outros fazendeiros. Isto significa que os fazendeiros devem comprar sementes novas a cada ano.A Monsanto pressiona fazendeiros e cooperativas, negociantes de sementes e qualquer um que seja suspeito de transgredir seus direitos sobre as sementes geneticamente modificadas. Para fazer isto, a Monsanto mantém um exército oculto de investigadores e agentes para recolher informações sobre o cultivo e as atividades dos agricultores. Secretamente, gravam e fotografam fazendeiros, proprietários de lojas, e cooperativas, infiltram-se reuniões da comunidade rural. Alguns agentes da Monsanto fingem ser topógrafos; outros confrontam fazendeiros em sua terra e pressiona-os a permitir o acesso da Monsanto a seus registros confidenciais. Os fazendeiros os chamam de “a polícia da semente”, “agentes da Gestapo” e “mafiosos” para descrever suas táticas.Complicando esse quadro, Monsanto está profundamente ligada à industria farmacêutica. A Pharmacia Corporation foi criada em abril 2000 com a fusão de Pharmacia & Upjohn com a Monsanto. Poucas pessoas sabem da conexão entre colheitas de GMO (Organismo Genéticamente Modificado) e mercado de medicamentos.Nós acreditamos que a questão dos GMOs é um dos desafios mais significativos para a saúde no futuro. E a indústria de medicamentos tem como paradigma tradicional o foco no tratamento caro, mas superficial, dos sintomas das doenças. Desta forma, uma pessoa começa doente e fica mais doente, cada vez mais e sempre dependente do “self-service” de remédios caríssimos para aliviar apenas os sintomas. Nesse ciclo, não há como fugir destes dois desastres para a saúde onde um está alimentando os lucros do outro. O quadro geral é, certamente, desolador. È hora de dizer apenas NÃO à esta loucura e à falta de ética.
Rejeitemos tudo que contenha produtos GMO. Isso significa a abstenção de alimentos processados trocando-os por aqueles orgânicos, de produção local e preparados por nós em nossas casas.
EQUIPE DA LUZ É INVENCÍVEL
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Bibliografia para consulta
Transgênicos-As Sementes do mal
Richard Fuchs
Transgênicos e a segurança alimentar
John Wilkinson
Alimentos Transgênicos
Jen Green
A controvérsia sobre os Transgênicos
Hugh Lacey
Transgênicos -Uma visão estratégica
Rafaela Di Sabato Guerrante
Transgênicos-Inventando Seres
Samuel Branco
Organismos Transgênicos
Francisco Aragão
PDF sobre Transgênicos-USP -http://www2.iq.usp.br/bioquimica/imagem/Transgenicos.pdf
Divulgação: A Luz é Invencívela

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