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sexta-feira, 22 de junho de 2012

A CRENÇA NOS UNE, A RELIGIÃO NOS DIVIDE:

 A crença nos une e a religião, nos divide


É impressionante a quantidade de rótulos que vemos, todos os dias, em nossa vida. A todo momento, corremos o risco de rotular, ou sermos rotulados. Nossa vida está cercada por emblemas, onde tais símbolos acabam por "definir" quem somos, ou deixamos de ser.

O preconceito é o pior dos riscos, pois, todo tempo, estamos sujeitos e fazer julgamentos e sermos cruéis com pessoas, conceitos, comunidades... A precipitação e a pressa em rotular, nos faz superficiais. Mas, tudo em nome do rótulo, da referência.

A partir desta necessidade em definir, fatiamos nossa vida em diversos segmentos: cor da pele, sexo, condição social, time de futebol, partido político, etc... Esta segmentação têm a intenção de aglutinar pessoas e pensamentos de mesma linha, formando comunidades. Como um rebanho...

Mas, é impressionante o que se faz com a religião.

Todos nós vivemos de crença em algo. De fé! Mesmo que seja a crença no nada. O Homem precisa crer em algo, precisa criar objetivos, ter esperança. Nos alimentamos diariamente desde bálsamo, chamado vida, onde depositamos todos esses ingredientes, que dão um sabor diferenciado a cada um de nós.

Os dias passam e, acreditar em algo, é primordial para manter a pegada, suportar a dura carga de sobreviver. As diversas pressões que sofremos no dia a dia, exigem de nós a crença no algo maior. Afinal, qual o sentido da vida?

Aí, eu vejo nossa crença ser rotulada. E deste rótulo, surgir uma das formas mais cruéis de preconceito.

Quem é Deus? O que é Deus? Será que devemos separar os tipos de crença que cada um tem? Será que o preconceito religioso nos guarda algum bom lugar, ao lado do Divino? Claro que não!

Independente da religião que cada um de nós tem, existe algo em comum: a fé. Muitas correntes atribuem diversos nomes e denominações a Deus. Na verdade, são cerca de 72 nomes conhecidos, em diversas culturas, idiomas, locais, tempos. Não importa. Só se sabe que Ele é o algo a mais que precisamos confiar para dar sentido à vida.

Aí, vem o problema: a religião. A linha de fronteira que separa as pessoas de fé. Ela, com seus dógmas, princípios e versões, nos limita e, muito pior, limita mais ainda os outros que não seguem este princípio. Ela divide, isola e estigmatiza as pessoas.

Hoje em dia, religião está sendo tratada como time de futebol. Há torcidas organizadas, rivalidade, desavença. Algumas religiões pregam de forma tão fanática, que seu princípio chega a ser a intolerância religiosa a outras denominações "concorrentes".

O importante mesmo, é mantermos acesa nossa esperança de conquistar cada vez mais, nossa paz espiritual. Muita gente tenta definir felicidade e associar a amor, dinheiro... mas, eu gosto de pensar em felicidade como a conquista da paz... seja ela interior, econômica, religiosa, política, ou de que natureza for.

Acima de tudo, há um Deus que cuida de cada um de nós. Mesmo que você não acredite, mesmo que você tenha um outro nome pra ele. Junte-se a quem tem fé! Independente do rótulo, respeitar as diferenças é primordial para se obter a tão desejada paz.


Vemos vários exemplos de como a fé une as pessoas diante de um bem comum.

A fé, nada mais é do que o exercício contínuo do bem. É dar ao coração a liberdade necessária para acreditar, torcer, ou seja lá o que for. Já cansei de ver pessoas totalmente diferentes unidas na mesma torcida, na mesma fé. É só pegar um exemplo de jogo do Brasil na Copa.

Este texto é apenas para fazer refletir que precisamos ouvir a voz de nosso coração e parar, de uma vez por todas, de julgar sem conhecer, de condenar sem base.

Vamos nos unir. Vamos ter fé. Juntos.

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