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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A ORAÇÃO QUE LIBERTA:

A oração que liberta:

UNIDADE
"Tudo quanto suplicais e pedis, crede que o tendes recebido, e tê-lo-eis."
- Mateus 11: 25



Muita gente pensa que orar significa simplesmente pedir ou suplicar – implorar a Deus que afaste um pecado, uma doença ou uma tristeza. Orar não é fazer rogos a um Deus obstinado; é intercomunhão com Deus. “Vós pedis e não recebeis, porque pedis mal”. Pedimos mal, não ao pedir o que Deus não nos quer dar, nem o que nós, como Seus filhos, não temos o direito de pedir ou reivindicar; mas em rogar em suplicar como se Deus não nos quisesse atender, como a induzi-Lo a mudar de ideia e conceder a nossa petição. Isto é um conceito falso. “Por que eu, o Senhor, não mudo”, “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para todo o sempre”.

Se lhe parece que alguma vez Deus não respondeu à sua oração, saiba que Ele responde sempre. Qualquer falha aparente nesse princípio está naquele que ora. A nossa falta de compreensão da vontade e da natureza de Deus impede que nossas orações sejam atendidas. A oração não modifica Deus, o Imutável, mas modifica os mortais e torna-os receptivos ao bem que está sendo dado sem limites. “Deus é Espírito e importa que os que O adoram, O adorem em espírito e em verdade”. Substitua os desejos materiais por seus equivalentes espirituais e declare que, em espírito e em verdade, você recebe aquilo que deseja. Então você o receberá materialmente, tanto quanto espiritualmente. “Mas buscai primeiro o reino de Deus, e Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas”.

Deveríamos antecipar convictamente o que pedimos em oração. “Mas tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto, e teu Pai, que vê secretamente re recompensará”.

Deve-se ter a convicção de que Deus é o único poder e a única presença reais no universo. Este poder e esta presença universais são vida, amor, inteligência, Verdade e Espírito. O homem espiritual, a ideia divina, criado à imagem e semelhança de Deus, é perfeito, assim como seu Pai no céu é perfeito. “Se eu pretendo ajustar o meio em que vivo, devo reajustar primeiro a mim mesmo, reconhecendo que eu sou a própria substância daquilo que desejo”.

“O reino de Deus está entre vós”. Ao nos tornarmos conscientes da nossa unidade com o bem universal, a crença no mal – pecado, doença, tristeza e morte – desaparece, e não mais nos enganamos pelas aparências. Então nos apercebermos de que o reino do céu está dentro de nós e que de acordo com a nossa fé ele se manifestará na terra produzindo paz, alegria, saúde, abundância e tudo aquilo que constitui a nossa mais elevada concepção de céu como um estado de alma.

As declarações precedentes podem parecer abstratas, mas o seguinte relato de uma pequena demonstração prática deste princípio talvez possa tirar-lhe o aspecto de abstração e tornar a verdade uma palpitante realidade para você.

Uma senhora a quem a Verdade havia curado de uma deficiência física, tinha um filho único que estava aparentemente entregue à bebida e a uma vida dissoluta. Durante muitos meses essa boa mãe estivera orando com a alma agoniada: “Ó Deus, salva meu filho da destruição, do pecado e da morte”. Porém, esperar que Deus ouvisse tal oração era tão absurdo como esperar que o sol pudesse ouvir e compreender a oração de um homem, que orasse com os olhos fechados: “Ó sol, para de enviar raios de escuridão, manda-me um raio de luz”. Enquanto isso, o sol espargiria ininterruptamente seus raios de luz, e a culpa não seria dele, mas sim do homem que não queria abrir os olhos.

Finalmente, a mulher, curada e vivificada pelo Espírito, para compreender a perfeita filiação e unidade do homem com Deus, parou de pedir e suplicar a Deus para que Ele salvasse seu filho, e disse: - “Em vez disso renderei graças a Deus”. E passou a orar: “Eu te agradeço, ó Deus, porque o filho que me deste é Teu filho, espiritual, perfeito, puro e santo, sem o desejo real de pecar, com amor por Ti apenas, pois ele foi realmente feito à Tua imagem e semelhança”.

Depois, mentalmente, ela se dirigia a seu filho: “Desperta, ó tu que dormes, ...e Cristo brilhará para Ti”. Tu és Espírito. Bem sabes que não há ausência de vida, substância ou inteligência. Os apetites carnais e sensuais não têm influência sobre ti, pois és filho de Deus. Teus desejos são puros. Tu não desejas satisfação sensual, mas sim satisfação espiritual. Quem pensa que a sua felicidade depende de beber, praguejar e de viver dissolutamente não és tu, pois és filho de Deus, puro e santo, e bem o sabes. Desperta! Compenetra-te de tua verdadeira natureza e deixa que a “tua luz resplandeça diante dos homens, para que vejam as tuas boas obras e glorifiquem a teu Pai que está nos céus”.

A mulher não disse uma única palavra de exprobação, de censura ou de súplica, a seu filho, nem lhe disse que estava orando por ele. Todavia ele continuava a beber e ela continuava firme na Verdade, declarando, com fé, que Deus, o Bem, é tudo que realmente existe, recusando-se a adorar senão a Deus, apesar de seus olhos, ouvidos e sentidos materiais tentarem impor-se eloquentemente, dizendo: “Teu filho está a caminho da perdição. Ele é um beberrão estúpido e um tanto libertino”. Por vezes lhe vinha a tentação de descrer de Deus e de clamar a Ele que salvasse o seu filho, mas nada a demovia. Ela punha em prática a sua fé, resolvida a crer e a confiar no bem, a despeito das aparências.

A fiel mãe perseverou, recusando-se a julgar pelas aparências ou pelos resultados exteriores e após algumas semanas sem modificação aparente, seu filho voltou uma noite para casa e disse: “Mãe, eu estou cansado de viver animalizado, resolvi ser homem. Seria uma lástima a gente não poder se firmar e recusar-se a ser escravo das paixões e da bebida. Já estou farto de conviver com brutos e transviados”.

A mãe, com santa calma proveniente da certeza da real identidade de seu filho com Deus, não se deixou empolgar nem sequer por uma alegre emoção, ao constatar que o filho havia cessado de personificar o homem dos sentidos e começado a manifestar a sua verdadeira natureza. Calmamente, ela disse: “Tu estavas sonhando apenas, Eduardo. Agora acordaste e podes sorrir ao pensar que tu imaginavas estar preso pelas cadeias dos sentidos. A Verdade te libertou. Tu és filho de Deus, livre pela liberdade do Espírito”.

Se essa mãe tivesse continuado a orar: “Ó Deus, salva meu filho!” em vez de compreender que Deus já o tinha salvo, em lugar de continuar a afirmar e reconhecer, até que o próprio moço se tornasse consciente disso – acha o leitor que tal resultado teria sido obtido?

Experimente este método de oração por si mesmo. Suponhamos que os sentidos manifestem uma dor de cabeça. Imediatamente refute essa manifestação como falsa, dizendo:

“Espírito não sente dor; eu sou Espírito, filho de Deus, livre do mal e cheio de bem; Deus é a minha saúde”.

Agarre-se fiel e firmemente a esta declaração da Verdade, a despeito de tudo que pareça contradizê-la, e a dor de cabeça desaparecerá.

Se um amigo o ofende por algo que possa ser considerado cruel e desumano, julgado pelas exterioridades, em vez de orar com coração angustiado: “Ó Deus, toca o coração de meu amigo para que ele possa perceber quanto foi cruel para comigo e torna-o bondoso e justo”, diga, pelo contrário: “Ó Deus, eu Te agradeço porque meu amigo é Teu filho e porque realmente não tem nenhum desejo de ser cruel e mau, nem de dizer coisa alguma que me irrite ou me ofenda”. E, coisa admirável, primeiro o aguilhão da mágoa desaparecerá e logo o seu amigo manifestará publicamente o que ele realmente é – um filho de Deus cheio de afeto, delicadeza e amor.

Não receie adotar os métodos de oração aqui apresentados. A verdade que o liberta é a compreensão da verdade de que Deus, o bem, é tudo que na realidade existe.
 

 
Postado por Luísa afonso

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