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domingo, 20 de novembro de 2011

ELES VIVEM:


Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança,
não permitas que o desespero te ensombre o coração.

Eles não morrem.
Estão vivos.
Compartilham-te as aflições, quando te lastimes sem consolo.
Inquietam-se com a tua rendição aos desafios da angústia
quando te afastes da confiança em Deus.

Eles sabem igualmente quanto dói a separação.
Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos
trementes no adeus, conservando na acústica do espírito
as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiam
responder às interpelações que articulaste no auge da amargura.

Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
Eles percebem quanto te custa a readaptação ao mundo e
à existência terrestre sem eles e quase sempre se transformam
em cirineus de ternura incessante, amparando-te o trabalho de
renovação ou enxugando-te as lágrimas quando tacteias a lousa
ou lhes enfeitas a memória perguntando porquê...

Pensa neles com saudade convertida em oração.
As tuas preces de amor representam acordes de esperança e devotamento,
despertando-os para visões mais altas da vida.

Quanto puderes, realiza por eles as tarefas em que estimariam prosseguir
e tê-los-ás contigo por infatigáveis zeladores dos teus dias.

Se muitos deles são teu refúgio e inspiração nas actividades
a que te prendes no mundo, para muitos outros deles és o apoio
e o incentivo para a elevação que se lhes faz necessária.

Quando te disponhas a buscar os entes queridos domiciliados
no Mais Além, não te detenhas na terra que lhes resguarda
as últimas relíquias da experiência no plano material...

Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união
sem adeus e ouvirá a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não
caminharam na direcção da noite, mas sim ao encontro do Novo Despertar.

EMMANUEL
Página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier


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